quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capítulo 4 - Every Rose Has Its Thorn

Fanfic Apartamento 306 - Capítulo 4 - Every Rose Has Its Thorn 



Haviam se passado quatro dias desde o episodio um pouco não digo assustador, mas sim surpreendente com Justin Bieber no corredor da escola, desde aquele dia não troquei nenhuma palavra com o mesmo, nem olhares, nada, nem o vi tanto assim, só algumas vezes no corredor quando se tinha a troca de aulas, mas mesmo assim parecia que Justin não se preocupava tanto assim com minha presença, sentia com se ele estivesse me evitando o que por um lado parece bom e pelo outro talvez nem tanto.

Estava deitada em minha cama observando um ponto fixo no teto do quarto há algumas horas, em uma sábado novamente já se fazia uma semana que eu estava em Stratford, e em um sábado acinzentado e chuvoso não podia fazer nada a não ser ficar em casa, que é totalmente o contrario do que eu queria fazer, como meus pais estavam dizendo eu precisava sair e tentar obter um pouco de diversão.
Uma batida fraca na porta seguida de mais algumas me tirou dos pensamentos e me fez desviar o olhar até a porta.

- pode entrar. – tentei falar alto, mas pela quantidade de tempo sem dizer algo minha voz falhou.

- porque você não sai dessa cama e vai tentar se divertir? – minha mãe adentrou o quarto fechando a porta atrás de si. – já faz uma semana que estamos aqui e a maioria do tempo você passa dentro desse quarto, esta com algum problema? – ela disse me olhando com a sobrancelha arqueada e com o tom preocupado.

- não, só não estou querendo sair, estou bem aqui mãe. – murmurei cansada.

- porque não vamos jantar em algum restaurante hoje à noite? – disse sorrindo.

- tanto faz. – respondi fechando os olhos e me virando de barriga para baixo.

- então se prepare para sair hoje. – disse e continuou. – então Scarllet teria algum problema se chamarmos os Bieber’s?

- como? – disse levantando rapidamente e ficando sentada na cama.

- estou pensando em chamar eles, são uma ótima companhia principalmente o filho deles, é um ótimo menino, deveria se aproximar dele. – respondeu.

- sim mãe. – disse e soltei uma risada debochada. – Justin Bieber é um ótimo menino, vai nessa senhora Whille. – disse com um sorriso ainda debochado.

- porque esta falando isso? – respondeu curiosa.

- por nada, chame quem quiser. – disse e voltei a me jogar em meio aos edredons e travesseiros respirando fundo.

[...]

Ótimo, que droga onde eu posso esconder?


Pensei enquanto tentava me acalmar diante dos olhares e daquele sorriso debochado de lado de Justin Bieber.
A vontade de pular encima da mesa e arrancar aquele sorriso irritante dele ainda não tinha passado, eu sentia como se estivesse pronta a explodir de raiva, desde que chegamos no restaurante esse garoto não parou um segundo sequer de me encarar, não trocou uma palavra comigo, nem um simples “Oi” o desgraçado foi capaz de falar, e se ele não me cumprimentou porque eu deveria?
Todos já estavam desfrutando dos pratos pedidos incluindo eu e o ser debochado a minha frente, mas que continuava me olhando, levantei o olhar com fúria ate ele como se dissesse para ele parar e logo volteio para o prato, ouvi uma gargalhada alta e levei o olhar ate o som, ele estava rindo  e todos da mesa pararam de comer e o olharam confusos menos eu claro, uma exceção, já sabia o porque da risada, por isso apenas o ignorei.

- o que foi Justin? – senhor Jeremy perguntou.

- nada, só estava lembrando de alguns momentos divertidos, nada demais. – respondeu com aquela voz rouca e que eu por um lado estava considerando atraente, a quem eu quero enganar, tudo nele é atraente.

- mãe, eu não estou me sentindo bem, será que já podemos ir? – perguntei sussurrando a minha mãe que estava sentada ao meu lado esquerdo.

- esta sentindo o que Scarllet? – respondeu me com o olhar preocupado.

- eu não sei, eu estou me sentindo um pouco enjoada. – eu desviei o olhar, não gosto de mentir para ela, e acho que meu olhar é capaz de entregar que eu não estou me sentindo nada mal.

- eu posso a levar, eu já estava pensando em ir embora agora. – a voz calma de Justin chamou a atenção de todos, ele estava prestando atenção na minha conversa? Foi a primeira coisa que se passou em minha mente.

- já que voc... – minha mãe ia dizendo até que foi interrompida.

- não. – meu pai que a tinha interrompido rude, e é por isso que eu amo meu pai, dei um sorriso para ele que pigarreou e continuou. – não precisa se preocupar com isso pode continuar aqui, se Scarllet estiver se sentindo mal nós vamos a levar.

- só pensei que se vocês fossem precisar conversar sobre algo eu poderia levar Scarllet sem problemas, eu estou um pouco cansado e já estou indo. – Justin respondeu e se levantou com um sorriso de lado que o deixava mais atraente para mim.

- não tem problemas Justin. – minha mãe disse sorrindo, qual o problema dela? Eu não quero ir com ele, se eu inventei que estou me sentindo mal para fugir dele ela vai me fazer fugir com ele?

- então Scarllet? – ele disse me dando um dos melhores sorrisos, que no caso parecia ser o mais falsos de todos os sorrisos, eu não sou idiota o bastante para achar que aquele sorriso dele para mim era verdadeiro.

- tanto faz. – respondi com a voz arrastada e me levantei com ma vontade.

- nos vemos em casa filha. – minha mãe disse.

- é, nos vemos em casa. – eu respondi e dei um sorriso para Pattie e Jeremy.

Sai andando na frente enquanto Justin falava algo com os seus pais, o esperei em frente ao restaurante.

- você não foi nem um pouco educada sabe? – ele disse passando ao meu lado e indo a direção ao estacionamento.

- como? – perguntei acompanhando seus passos e ficando ao seu lado.

- poderia ter respondido com um pouco mais de vontade, aquele “tanto faz” não foi muito delicado da sua parte, se eu fosse outro teria saído na mesma hora e te deixado. – disse dando um dos seus sorrisinhos de lado debochado como se escondesse algo. – mas eu sou muito bom, como pode ver. – continuou parando em frente a um grande carro e abrindo a porta para mim.

- claro você é muito bom. – disse debochando dele.

Ele ignorou e passou pela frente do carro abrindo a porta do motorista e dando partida.
Como minha mãe podia ser tão desnaturada às vezes? Deixar-me entrar em um carro de um menino qualquer e nem se preocupar se vai acontecer algo comigo.

- você não finge muito bem, qualquer um percebe que você não esta mal, foi tudo invenção da sua parte para fugir de mim não foi? – ele disse enquanto dirigia e me deu uma olhada rápida e deu uma risada contagiante, eu até poderia acompanhar a risada dele, mas não estava me sentindo a vontade para isso. – e sua mãe não percebeu e simplesmente aceitou que eu te trouxesse, engraçado não é? – continuou.

- primeiro, porque eu ia querer fugir de você? – comecei já raivosa. – e segundo eu não vejo nada de engraçado nisso, eu não tenho o porque de inventar que estou me sentindo mal, eu estou de verdade então cala a sua boca Justin Bieber. – respondi e o imitei dando um sorriso falso.

- você devia prestar mais atenção no que fala, eu não tenho muita paciência. – disse entre dentes.

- serio? Eu ainda não tinha percebido isso. – respondi no mesmo tom de voz que ele.

- que droga Scarllet. – ele disse e parou o carro rapidamente no meio da rua, o movimento fez com que eu fosse para frente e depois batesse com as costas no banco com força por não estar com o cinto de segurança.

- o que foi isso? – disse assustada, Justin apenas olhava para frente. - qual o seu problema? Você se estressa muito fácil, eu não falei nada demais, não precisava disso. – disse o olhando.

Justin não disse nada, ligou o carro e começou a dirigir pelas ruas solitárias de Stratford, eu estava com o olhar perdido no meio das ruas frias.

Qual o problema dele? E mais uma vez essa pergunta se repetia, era a único pensamento.


Capítulo 3 - Take You



Scarllet Whille – POV On
Havia acabado de chegar na frente de casa, soltei um suspiro
de alivio, parei o carro em frente à casa e apoiei a cabeça no volante, já se
passavam das duas da tarde, minha mãe e meu pai deveriam estar preocupados com minha demora.
Eu acabei me perdendo quando voltava, por isso a demora, eu
pretendia nunca mais voltar naquele local.
Respirei fundo mais uma vez, levantei a cabeça e procurei o controle da garagem, o peguei e abri a garagem, logo entrei com o carro e a fechei, peguei minha bolsa e abri a porta do carro, sai e fui em direção à porta que havia dentro da garagem que dava dentro da casa, a entrei e coloquei a bolsa no sofá, a casa estava silenciosa, joguei a chave do carro em cima da mesa.
– Mãe? – gritei da sala. – Pai? Tem alguém em casa? – gritei mais uma vez e fui até as escadas, parei no primeiro degrau assim que ouvi um barulho no segundo andar, o barulho era parecido com o que quando se bate alguma coisa na parede. – Pai? É você? Mãe? – Chamei mais uma vez es como não ouve resposta fiquei nervosa, mais devagar comecei a subir as escadas, estava com as mãos no corrimão da escada e assim que estava quase no último degrau outro barulho de algo batendo, passei pelos corredores e percebi que o barulho vinha do quarto de meus pais, assim que fui andando o barulho continuava algo se batendo, parei em frente à porta do quarto e ela estava apenas encostada, a abri lentamente tremendo de medo, assim que a abri totalmente um vento forte e frio passou por mim me fazendo tremer mais ainda, assim que olhei não havia ninguém no quarto e o barulho vinha da janela que estava aberta e batendo pelo vento de Stratford fui correndo até a janela para fechar olhei para o céu e ele estava completamente cinza e com áreas pretas, fechei rapidamente a janela e continuei a olhar o tempo e imaginar aonde meus pais poderiam ter ido, o céu estava com uma aparência de como se fossem desabar, folhas voavam para todos os lados, uma paisagem que eu desejava nunca ter visto, preferia o tempo ensolarado de onde morava a esse frio e sombrio de Stratford. Fui em direção à porta e sai do quarto na intenção e ir até o telefone e ligar para meus pais.
Assim que estava descendo a escada a porta de entrada abriu e tive a imagem de minha mãe e meu pai com várias sacolas e rindo.
– Pai, Mãe? Eu cheguei e não tinha ninguém onde vocês foram? – disse confusa já no ultimo degrau observando meu pai colocar as sacolas na mesa.
– Nós fomos fazer compras, seu pai não quis esperar você voltar com o carro então fomos em um mercado aqui perto. – minha mãe disse e foi em direção a cozinha com outras sacolas.
– Cansado? – perguntei para meu pai enquanto me jogava no sofá da sala e ligava a televisão.
– Sim. – ele disse me encarando e sentou ao meu lado.
– O que foi? – disse assim que percebi que ele ainda me encarava
– Não é nada, então, deu uma olhada na cidade? – ele me perguntou olhando agora para a televisão.
– Sim, eu olhei um pouco, nada de mais. – disse dando de ombros enquanto fitava a parede.
Ele murmurou algo e me olhou.
– Acho melhor você descansar hoje porque amanha é segunda e você vai a aula está me entendendo? Não quero que perca matéria e já vai ser um problema repor tudo já que estamos no meio do ano. – ele disse se levantando.
– Claro, mas eu nem sei como é essa escola pai, eu não sei nada sobre aqui, imagina como vai ser, eu não conheço absolutamente ninguém, eu tenho certeza que vão me excluir. – eu disse fazendo uma careta.
 Se eu fosse você não teria tanta certeza, as pessoas vão saber seu sobrenome então... Talvez você arrume mais colegas do que imagina. – ele disse saindo da sala, eu já havia entendido o que ele queria dizer sobre saberem meu sobrenome, vão todos saber que meu pai é sócio de Jeremy Collins então todos vão se aproximar de mim por esse motivo obvio.
Deitei-me no sofá e várias coisas vieram em minha mente e
logo comecei a pensar em Justin, estava tudo tão suspeito, tinha algo de muito
errado com ele, não é apenas o motivo de eu achar que ele seja Bipolar, em um
instante ele está sorrindo e conversando e no outro ele está misterioso, sério,
sem expressão alguma, na maioria das vezes não demonstra sentimentos, é sempre frio no jeito que fala.
É assustador o jeito que ele já toma conta dos meus
pensamentos em menos de um dia de mudança, eu tento entender o porque dele
entrar naquele local, mas não vem nenhum motivo pra isso na minha mente, o pior
é que não consegui desvendar o que eu fiz de tão ruim para ele sentir pena de
mim, mas como Justin disse ele não sente pena de ninguém.
[...]
Já eram 21:00 e eu já estava subindo para o meu quarto
preparar tudo para amanha, ia acordar muito cedo para não me atrasar para a
escola, a minha mais nova forma de tortura daqui dessa cidade que se chama High School Stratford Northwester.


Assim que cheguei ao meu quarto fechei a porta e fui em direção a cama,
olhei pela janela e pude perceber o tempo, chovia muito e podia ver as luzes de
trovões no céu, parecia ventar muito e não havia ninguém nas ruas, nem carros
passavam, suspirei e fui em direção a cama mais uma vez, só que um barulho de
motor me chamou a atenção e voltei meu olhar para a janela e pude ver um carro
parar em frente a residência dos Collins, era o carro do próprio, dele Justin,
pude ver ele entrando na garagem e logo a fechando.


Balancei minha cabeça a fim de tirar pensamentos e perguntas que vieram
na mente e voltei para a cama logo me cobrindo e adormecendo.
Ouvi um barulho irritante que fez com que sentisse uma dor insuportável
na cabeça , olhei para o lado e avistei minha cômoda com o despertador
barulhento, desativei-o e olhei as horas, eram 06:20 e ia para a escola as
07:30, levantei com preguiça e já sentia que hoje eu ia estar com um péssimo
humor, fui ao banheiro tirando a roupa e prendendo o cabelo para entrar no
chuveiro, tomei um banho demorado e pelo sono acabei perdendo noção do tempo quando sai fui direto para o closet e antes olhando o horário e faltavam 40
minutos para sair de casa, coloquei uma calça clara um pouco justa e coloquei
uma blusa de manga branca solta e um moletom colocando-o em seguida, calcei
meus vans de um azul claro.
Voltei para o quarto e peguei minha mochila que era preta a colocando pendurada em um braço, olhei a hora e já estava quase na hora, andei pelos corredores e desci lentamente a escada indo a cozinha sentido um cheiro forte de café.
– Bom dia pai, mãe. – disse adentrando a cozinha e colocando a mochila na cadeira ao lado da que eu tinha acabado de sentar.
– Bom dia, pode se servir. – disse minha mãe sorrindo e se sentando na minha frente.
– Bom dia filha. – disse meu pai me dando um beijo na testa.
Eles começaram a conversar e eu a me servir, tomei meu café e olhei no relógio faltavam 20 minutos para a entrada.
– Pai o senhor vai me levar para a escola? – perguntei me levantando e pegando a mochila.
– Claro, vamos – ele disse terminando o café. – Tchau Elizabeth. – ele disse para minha mãe.
– Tchau mãe. – disse e dei um beijo no seu
rosto.




– Tchau filha e boa sorte na
escola, nada de se envolver com pessoas problemáticas e não arrume problemas, seja simpática, por favor. – 
ela disse me olhando com um olhar de preocupada.




Eu murmurei um “claro” e sai indo até a porta com meu pai, a paisagem era de inverno, as ruas estavam com poças de água e as folhas de arvores estavam
caídas por todos os lados, ainda ventava então entramos na garagem e depois no
carro, eu sentei no carona e logo meu pai ligou o carro e já estávamos a
caminho da escola, liguei o rádio do carro e tocava uma música qualquer, não
prestei atenção na letra e me “desliguei” de tudo, apenas fiquei encarando
minhas mãos que estavam sobre minhas pernas, esfreguei-as uma na outra por
estarem geladas, e suspirei dando uma olhada pela janela, meu pai ligou o
aquecedor do carro em silencio e continuou o trajeto.




– Preparada? – meu pai perguntou e me olhou
com um olhar como se quisesse me confortar, e foi ai que me toquei de que já
estávamos na frente da escola, havia uma placa grande com o nome da escola High
School Stratford Northwester, era parecida com qualquer outra escola comum de
Nova York.





– Mesmo que não estivesse, eu teria escolha? – eu disse olhando pra ele.
– Não. – ele deu uma
leve risada e me olhou – Está na hora o
sinal já vai tocar, melhor ir ainda vai ter que procurar a sala. – 
ele
disse e olhou em volta prestando atenção na escola.
– Tudo bem. – falei e suspirei pesadamente, olhei pela janela e tinham uma grande quantidade de alunos, todos estavam com roupas de inverno e alguns conversavam na frente da porta de entrada. – Já está na hora, eu tenho que ir. – eu disse e sorri para meu pai abrindo a porta.
– Boa sorte, na hora da saída vou estar aqui te esperando, qualquer coisa me ligue. – falou e eu
fechei a porta me virando e ouvindo o barulho do motor, virei o rosto e pude
ver o carro virando a esquina e sumindo.
A maioria das pessoas me olhavam como se nunca tivessem visto um ser
humano na vida, comecei a andar em direção a entrada e alguns comentavam, fingi não estar prestando atenção neles e entrei na escola, apertei a alça da mochila que estava nas minhas costas e continuei andando pelos corredores procurando a diretoria para pegar meus horários e livros.
Olhei para o lado procurando uma porta que dissesse “Diretoria” mas não
encontrei nenhuma, só avistei meninas me olhando com expressão de raiva e
algumas de nojo, os garotos me olhavam comentando com os outros e me encaravam de cima a baixo, aquilo estava me deixando nervosa e com raiva, o estilo das outras garotas eram totalmente diferente do meu, elas usavam saias extremamente curtas e saltos finos altos, me perguntei como elas não estavam sentindo frio com aquelas roupas, talvez já estejam acostumadas, algumas tinham maquiagem forte usavam roupas extravagantes, comecei a me sentir estranha diante de tudo aquilo, eu devia estar parecendo uma menininha com medo de tudo aquilo, a minha expressão devia chegar a ser engraçada, já que vi uma menina rindo de mim, e o que mais me surpreendeu foi um grupo que me olhou com pena, porque tudo aquilo?
Tentei ignorar tudo e levantar a cabeça, e foi isso que fiz, assim que
vi a diretoria dei um suspiro de alivio e entrei nela rapidamente.
– Olá, sou Scarllet Wh... – ia terminar de falar quando uma senhora que aparentava ter 50 anos apareceu ao meu lado e me interrompeu.
– Senhorita Whille, é um prazer a ter aqui na nossa instituição, seja bem vinda –ela disse sorrindo e eu como na obrigação correspondi o sorriso com um falso, claro. – Sou a diretora, Falks, Ramona Falks. – ela disse e esticou a mão e eu a apertei.
– Claro, obrigada, eu vim pegar meus horários e livros. – disse
sorrindo e tentando parecer simpática, e como disse, tentando.
– Seus livros já estão em seu armário que é o número 215, e os seus horários estão bem aqui. – Senhora Falks disse e me entregou um papel
com meus horários – logo atrás tem o número de seu armário e a combinação para a senhorita não esquecer. – ele disse e percebi que ela me olhou de cima a baixo e deu um sorriso dessa fez forçado.
– Muito obrigada, eu já vou procurar a sala, não quero chegar atrasada é meu primeiro dia. – falei indo a porta.
– Sim, qualquer coisa pode falar comigo tudo bem? – Falks
disse.
– Sim, qualquer coisa eu venho, obrigada mais uma vez. – disse e
sai.
Olhei procurando o meu armário, estava ficando cada vez mais difícil, os alunos no corredor aumentava a cada
minuto, e um barulho alto soou e todos começaram a andar em direções e entrar
em salas, o sinal já tinha batido, os corredores já estavam praticamente
vazios, os números estavam ficando próximos do 215.
Assim que olhei era o 215 olhei a combinação e abri o armário olhei-o e vi os meus livros, eram muito, chequei os meus horários e o meu primeiro era Biologia, procurei o livro e o guardei na mochila, aproveitei e coloquei o dos próximos horários junto, fechei a mochila a colocando nas costas novamente e fechei o armário, agora os corredores já estavam totalmente vazios, olhei o número da sala que era 19, procurei as salas do primeiro andar e nenhuma era a minha, achei escadas que levavam ao segundo andar e subi, já estava começando a ficar frustrada com o motivo de não estar achando a sala, eu já estava atrasada 15 minutos para a aula, se eu soubesse que seria tão difícil assim achar a sala teria pedido para a Senhora Falks me acompanhar, olhei para o lado e continuei andando, senti um enorme empurrão e cai no chão com muita força, meu corpo foi todo contra o chão.
– Me desculpe, por favor, você está bem? – olhei
para frente e vi um menino com o cabelo preto e olhos extremamente azuis, e com
a expressão preocupada e desesperada, ele se abaixou a minha altura.
– Minhas costas estão doendo um pouco. – disse
fazendo uma cara de dor, realmente estava doendo, ele se chocou contra meu corpo com muita força, ele parecia estar correndo na hora.
– Me desculpe, eu te ajudo vem. – ele colocou uma das mãos nas
minhas costas e com a outra segurou minha mão me ajudando a levantar.
 Tudo bem, não precisa se preocupar foi só dor momentânea. – eu
disse já em pé, enquanto observava ele pegando minha mochila e o papel com meus horários do chão.
– Eu não te vi, eu estava correndo por que estou atrasado. – ele disse
dando um sorriso de canto dos lábios e com a expressão aliviada.
– Eu também, eu sou nova e estou procurando minha sala, mas não encontro de jeito nenhum. – disse o olhando e suspirando.
– Claro você é a Scarllet Whille não é mesmo? – ele
perguntou sorrindo e eu apenas assenti sorrindo sem mostrar os dentes. – e bem, eu sou Logan. – ele falou e olhou para meus horários.
– Logan, será que você pode me ajudar a achar minha sala? Eu não quero me atrasar mais do que eu já estou. – eu disse envergonhada.
– Sim, a sua primeira aula é Biologia eu te levo até ela, sala 19 não vamos demorar, vem. – ele me chamou e me coloquei ao lado dele enquanto
andávamos. – Você é de Nova York, estou certo? – perguntou me olhando pelo canto dos olhos enquanto andava e soltando uma risada.
– Sim, como sabe? – disse confusa.
– Todos meio que “investigaram” sobre você, e claro todos já sabem informações o bastante sobre você. – ele disse e parou em frente a uma
sala.
– Nossa. – disse surpresa. – É estranho saber que todos já sabem coisas sobre mim. – disse e dei uma risada.
– Sim é bem estranho. – ele riu. – Esta é sua sala, sala 19, eu queria poder dizer que sou desta aula também, mas infelizmente não. – ele disse e sorriu, um sorriso cativante. – aqui está sua mochila e seus horários,
se precisar de ajuda para achar outras salas é só me chamar.

– Vai ser mais fácil achar a sala do que te achar. – eu disse
pegando minha mochila e os horários da mão dele.
– Tudo bem então, eu te procuro depois, agora boa sorte com o professor, você vai precisar. – Logan disse e saiu rindo e virou o corredor.
 Claro que vou – disse em um sussurro para mim mesma.
Preparei-me e bati na porta da sala de aula ouvi um “Entra” e a abri entrando na sala, a maioria voltou os olhares para mim e o professor me encarou.
– Você deve ser Scarllet Whille, estou certo senhorita? – disse um
homem que parecia ter mais de 30 anos, com o cabelo ruivo e com sardas no
rosto, ele usava um óculos quadrado e grosso, ele parecia irritado.
– Sim, sou eu mesma. – eu disse com a voz baixa e olhando para o
professor que me olhava com uma expressão nada boa.
– Bem eu sou o professor de Biologia, Flyn. – ele disse e me encarou.
– Pode se sentar.
Eu olhei para a sala e não vi nenhum local vazio, todos estavam sentados com sua duplas, alguns me olhavam, outros estavam pouco se ligando em tudo o que acontecia e algumas meninas ou estavam com seus celulares ou conversando.
– Se sente com a Hayle. – ele disse e apontou para uma
menina, ela tinha os cabelos castanhos presos em uma trança baixa, usava um
óculos e roupas que não combinavam e não eram nada bonitas, e parecia ser muito tímida, todos riram quando o professor disse que ela seria meu par, mas eu não estava me importando com isso.
Andei em direção a cadeira ao
lado de Hayle e me sentei a olhei e dei um sorriso para ela que parecia
nervosa, ela deus um outro e percebi que ela usava aparelho.




– e senhorita Whille só para deixar claro, nós não suportamos atrasos, então fique mais responsável e não se atrase da outra se não quiser levar detenção. – o professor me avisou e se virou começando a explicar a matéria.
 Oi eu me chamo Scarllet. – disse para Hayle sorrindo.
– Olá. – ela disse e olhou para o quadro como se não
quisesse falar comigo.
Peguei meu livro e meu estojo dentro da mochila e comecei a prestar atenção na aula, não tive nenhuma de dificuldade para fazer os deveres que o professor passou, terminei tudo o que tinha que fazer e fiquei esperando o sinal tocar.
Depois de algum tempo o sinal tocou e todos se levantaram arrumando os cadernos e livros.
Levantei-me e fechei meu livro e guardei na minha mochila, guardei o estojo e fechei a mochila, olhei o horário e eu ia ter 10 minutos antes da próxima aula que era de Filosofia.
Sai da sala e comecei a procurar um lugar que pudesse ficar sozinha durante o tempo do próximo sinal.
Achei um corredor que estava vazio e sem barulho diferente dos outros, avistei um bebedouro e parei nele para beber um pouco de água, enquanto bebia alguém parou do meu lado vi pelo canto do olho o tênis da pessoa, terminei de beber e levantei a cabeça, virei e já estava pronta para andar quando alguém me chama.
– Scarllet é você? – diz uma voz fria e rouca, sem olhar eu já sabia
de quem era essa voz, dele, Justin, o medo veio no mesmo segundo.
Virei lentamente desejando que tudo aquilo não passasse de um pesadelo, mas não, ele estava ali, olhando para mim, ele parecia surpreso assim que viu que era eu mesma, ele usava uma calça branca caída, uma blusa preta com um casaco por cima e calçava supras vermelhos.
– Sim sou eu. – eu disse baixo e olhando para ele.
– O que você está fazendo aqui? – ele disse com a voz mais rouca do
que o normal e começou a se aproximar de mim lentamente, sem parar de olhar nos meus olhos.
– Acho que o mesmo que você, estudando. – disse com um
sorriso debochado, também o encarando.
Bieber parou bem na minha frente e suspirou forte.
– Claro, estudando. – ele murmurou num sussurro, mas pela
proximidade eu consegui escutar.
– Isso estudando. – disse séria e ouvi o sinal tocar. – E se você não se importa, eu tenho que ir para a sala agora. – disse pronta para me virar e sair daquele corredor.
– Eu me importo sim. – ele disse com a voz irritada e me segurou pelo
braço com força.
– Me larga, quem você pensa que é para me segurar desse jeito? – disse irritada e sentindo uma certa dor no local que ele apertava.
– Quem você pensa que é para me seguir? – ele disse falando entre dentes me encarando e enfatizando o “Você”.
– Você está doido? – eu disse com raiva e alterando minha voz,
Justin pareceu se irritar mais e colocou mais força no meu braço o que fez eu
sentir uma dor maior. – Bieber você está começando a me machucar, me larga agora. –eu disse tentando me soltar e com uma mão tentando o empurrar.
– Eu te solto depois que você me explicar o porque me seguiu. – ele disse afrouxando o aperto e me encarando com ódio.
– Você disse uma coisa para mim e eu não consegui entender o que você quis insinuar com aquilo, eu te chamei e você fingiu que não me escutou, por isso te segui. – eu disse olhando nos olhos dele e falando tudo com
raiva e com a voz alta, ele soltou o meu braço como se fosse algo
insignificante.
– Você não devia ter me seguido. – ele disse sem expressar
sentimento algum.
– Porque? – o encarei e logo continuei – É porque você não queria que ninguém soubesse que você fica indo pra uma floresta com um amigo é isso? – eu disse o enfrentando e segurando meu braço que ardia um pouco.
– Acho melhor você não abrir essa sua boca, eu não estou brincando. – ele disse ainda sem expressão.
– Sério? E o que você vai fazer? – eu disse me aproximando mais
dele.
– Não vou perder meu tempo com você, faça o que quiser, mas saiba que vão haver consequências. – ele disse frio e se virou saindo do corredor.
Eu não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer, eu devia estar pálida o meu estado devia ser
lastimável, eu virei e andei até virar o corredor enquanto andava eu comecei a
pensar o quanto agressivo ele havia sido, e a pensar que eu não devia ter me
colocado nesta história, eu devia ter ficado quieta, mas eu não consegui, ele
me irritou com toda aquela ignorância, o pior é que eu estava com medo.
Andei até um banheiro e entrei nele, fui até a pia e liguei a torneira lavando meu rosto em seguida, levantei a manga no meu casaco e da minha blusa para ver se havia alguma marca, mas não, só uma vermelhidão, nada demais.
Esse primeiro dia de aula não podia estar sendo pior, tudo parece estar conspirando contra mim, mas se ele acha que vou ter medo e me esconder dele, ele está errado, medo eu posso ter, mas não vou demonstrá-lo, eu não vou abaixar a cabeça e ser a medrosa, tudo isso vai ter volta.

Capítulo 2 - Out Of Town Girl



Scarllet Whille – POV On

Eu já estava há algum tempo naquela sala, estava me irritando o fato de ter que ficar olhando o nada ou o a parede, eu estava com vontade de levantar e ir ao local onde todos estavam, mas foi quando minha mãe
apareceu.

 Vamos o Jantar já vai ser servido – ela disse e me chamou com as mãos.
– Claro – disse e bufei baixo.

Andei atrás de minha mãe, e quando chegamos à sala de jantar
todos já estavam sentados, a mesa era grande, minha mãe sentou do lado de Pattie, meu pai e Jeremy estavam sentados nas “pontas” da mesa, e o único lugar que havia era do lado dele, Justin.
Andei lentamente de cabeça baixa, puxei a cadeira e me sentei, aquilo era estranho, todos na mesa estavam conversando e rindo, até Justin estava no meio da conversa.

– Então Scarllet o que acha? – Jeremy me perguntou rindo, e todos olharam para mim.
– O que? – eu disse confusa e acabei corando por ter a atenção de todos na mesa.
Meu pai já não me olhava com uma cara muito feliz.
– Da piada. – alguém sussurrou para mim, e esse alguém havia sido Justin.
– Claro é ótima, eu só estava pensando um pouco e acabei me distraindo da conversa. – disse sorrindo para Jeremy.
A conversas voltaram, mas agora Justin não participava mais.
– O Jantar chegou até que em fim, estou com muita fome e vocês? – Jeremy disse enquanto os empregados colocavam os pratos e a comida na mesa.
– Claro – meu pai respondeu.
A comida era diferente, tinha uma aparência consideravelmente
boa. Todos se serviram e eu acompanhei, não sabia o que era aquilo era algo como verduras com peixe, nunca tinha visto aquilo antes, logo comecei a comer, assim que coloquei o garfo na boca fiquei enjoada era horrível, o gosto, a textura, eu nem sabia o que era aquilo, olhei para o lado e todos pareciam estar gostando minha mãe elogiava a comida, meu pai tinha uma expressão satisfeita, Jeremy e Pattie também pareciam ter gostado, olhei para Justin e ele não tinha um rosto de quem havia gostado da comida, ele estava como eu, expressando nojo, ele olhou para mim e percebeu que eu não tinha gostado da comida como ele.
– Mãe, eu posso comer outra coisa, você sabe que eu não gosto desse tipo de comida. – Justin disse olhando para Pattie.
– Justin eu me esqueci disso querido, fique aqui depois você come outra coisa – Pattie disse.
– Mas... A Scarllet não gostou assim como eu olhe para ela – Justin disse me colocando na conversa.
– Verdade Scarllet? – Pattie me perguntou.
– Um pouco, é que eu nunca experimentei isso – disse sem graça.
– Então... Justin se você for leve Scarllet com você, já que os dois não gostaram – Jeremy disse se intrometendo.
– Claro, vem Scarllet – Justin disse rispido e se levantou rapidamente.
Eu levantei e ele andou, me pus ao seu lado ele andava bem rápido, Então logo chegamos na Cozinha, eu fiquei impressionada com o tamanho. Justin já estava abrindo a geladeira e parecia procurar algum alimento bom que desse para nós dois, eu me encostei a um tipo de “balcão” que estava no centro da cozinha e me distrai olhando Justin fiquei reparando nos detalhes, no cabelo, nos olhos, na expressão dele que no momento era de calma.
– Ao invés de ficar me olhando porque não vem e me ajuda a procurar algo? –Justin disse, mas em nenhum momento olhou para mim, se ele estava de costas como sabia que eu o olhava?
– Eu não estou olhando para você – eu disse.
– Claro, e eu acredito muito nisso – ele disse e se virou para mim, ele tinha uma expressão cínica e convencida.
– Como você pode ter certeza que eu estava olhando para você? – eu disse tentando o convencer.
– Gosta de tacos? – ele disse com uma voz séria e rosto se expressão mudando totalmente de assunto.
– Como? – eu disse estranhando a pergunta e o modo com que ele mudava de astral.
– Tacos, é a única coisa que tem sem ser congelada. – ele disse balançando uma embalagem na mão.
– Sim, eu gosto – respondi, e vi ele indo em direção a um armário e o abrindo pegando dois pratos, veio em direção ao balcão que eu estava encostada e os deixou em cima dele, abriu a embalagem e tirou os tacos de dentro, pegou os talheres e arrumouos em cima dele.
– Pode pegar se quiser. – ele disse sem me olhar, o tom de voz dele era frio, eu já estava começando a achar que ele tinha um caso de Bipolaridade, eu não estava nem a uma hora se quer no mesmo local que ele, mas já podia se perceber que havia algo estranho com ele, com Pattie ele era diferente e com Jeremy também, ele sorria e ficavaFeliz, mas quando saia de perto deles, Justin mudava em tudo.
Eu não respondi, apenas me virei já que ainda estava de costas para o balcão, peguei o prato e me servi.
 Eu apenas senti. – ele disse me encarando.
– O que? Sentiu o
que? – eu disse não entendendo do que se tratava o que ele havia falado.
– Quando você estava me olhando, vai me dizer que você não sente algo estranho quando alguém está te olhando? – ele me respondeu com um pequeno sorriso no canto dos lábios.
– Não sei, depende. – eu disse dando de ombros e começando a comer.
– Depende do que? – ele falou me incentivando a continuar.
– Às vezes eu sinto, mas não é sempre. – Eu disse, e estava torcendo para aquela conversa acabar.
Justin murmurou alguma coisa que não deu para escutar, eu
apenas o olhei pelo canto dos olhos ele continuava comendo em silêncio.
Eu parei de olhar para ele e prestei atenção apenas no prato
que estava a minha frente.


Quero dizer, tentei prestar atenção no prato, porque com
alguém com ele ao meu lado ficava praticamente impossível, ele parecia me
chamar, eu olhei para o lado e ele estava encostado no mármore do balcão me
olhando, ele estava com a boca um pouco aberta, era de um vermelho intenso.
– Eu disse que você fica me olhando – ele disse e pelo que percebi sua atenção também estava nos meus lábios.
– E-e-e-eu... Podemos voltar agora? – eu disse o ignorando.
– é bom saber que te deixo nervosa sabe? No bom sentido – ele disse e se aproximou do meu corpo.
– Você não me deixa nervosa. – eu disse mais para mim do que para ele.
– Então porque você gaguejou? – ele me “encurralou” no balcão com os braços e eu me aproximei mais da bancada.
– Me deixa sair Justin. – eu disse já ficando com a respiração acelerada por aquela aproximação toda.
– Não eu não deixo – ele disse calmo e eu já sentia a respiração dele no meu rosto, eu estava ofegante.
– Qual seu problema? Nós acabamos de nos conhecer. - eu falei dando um leve empurrão nele não entendendo todo aquele contato dele, afinal nós havíamos nos conhecido a menos de horas e ele já estava querendo me beijar, por mais que eu também estivesse atraída por ele, eu não ia beijar alguém que não sei mais que o nome.
– Claro pode ir, não vou te prender, você ainda vai implorar por isso Scarllet, você vai ver. – ele disse frio e com um olhar e tirou as mãos da bancada e se virou indo em direção a pia da cozinha levando os pratos e talheres.
Eu já não entendia mais nada, Justin era um garoto com certeza diferente e sedutor, mas ele escolheu a pessoa errada para brincar.
– Scarllet seus pais já estão indo – Pattie disse entrando na cozinha.
– Então eu já vou indo – eu disse olhando para Pattie e indo em direção a sala.
Meus pais estavam se despedindo de Jeremy e agradecendo, mas eu não quis prestar atenção naquilo, Eles se despediram de Pattie e Justin.
 Foi um prazer conhecer vocês – Pattie falou e sorriu.
– O prazer foi nosso – Minha mãe respondeu.
– Espero que venham mais vezes – Jeremy disse.
– É só convidar e claro que nós vamos vir – Disse meu pai, Jason.
– E Tchau Scarllet adorei lhe conhecer – Pattie disse e veio me dar um abraço, foi bem caloroso ela devia ter realmente gostado de mim.
– Eu também Pattie, tchau – eu disse e separei o abraço. – o senhor também, Jeremy. – disse.
– Claro. – ele disse.
– E você Justin não vai se despedir dela querido? - Pattie perguntou a Justin que estava prestes a subir as escadas.
Ele se virou lentamente e veio em minha direção passando a mão entre os fios de cabelo, assim que chegou a minha frente me abraçou forte, eu me arrepiei na hora e acabei corando.
– Foi um prazer te conhecer, espero que venha mais vezes. – ele disse sussurrando no meu ouvido e deixando um beijo em meu pescoço, aquilo me deixou mais arrepiada e corada do que já estava, acho que todo o meu sangue havia ido em direção as
minhas bochechas.
– Também gostei de te conhecer – eu disse assim que Justin me soltou, e soltei um sorriso cínico.
Ele deu uma risada que me irritou profundamente, e saiu em direção as escadas.




[...]




Havia acabado de acordar, essa madrugada foi terrível, demorei um bom tempo para conseguir dormir, eu estava com sono, mas parecia que algo assim que fechava os olhos algo me acordava, não alguém e sim alguma coisa, um sentimento, realmente foi difícil essa noite.
Levantei-me e o sono ainda me consumia por inteira, meus olhos pesavam e eu estava com a sensação de que a qualquer instante ia desabar por inteira.
Fui em direção ao banheiro e assim que me olhei no espelho pude ver a minha imagem totalmente sonolenta, eu estava com olheiras escuras logo a baixo dos olhos e minha pele estava com a cor mais branca do que o normal.
Decidi que ia apenas lavar o rosto e tentar ficar apresentável.
Depois de me arrumar abri a porta do quarto e fui em direção ao corredor logo chegando as escadas e descendo a mesma, logo cheguei à cozinha e tive a imagem de minha mãe de pé tirando a mesa do café e meu pai a ajudando a lavar a louça.
– Nem me esperaram para o café, nossa, que consideração a de vocês. – eu disse colocando a mão no peito e fazendo uma careta de ofendida.
– Claro nós achamos que você só ia acordar na hora do almoço, do jeito que você dorme. – disse meu pai secando um prato e sorrindo sem mostrar os dentes.
– Ótimo pai, agora vou ficar com fome. – disse olhando para meu pai enquanto minha mãe estava de costas.
– Eu nem tenho com fazer algo para você comer, porque ainda não fizemos compras, e o nosso café foi seu pai que ligou para o Starbucks e pediu para entregarem. – minha mãe disse sorrindo fraco, desligou a torneira, secou as mãos. – e mesmo que houvesse como eu fazer não faria porque são 8:30 e está na hora do meu programa de culinária. – ela disse e saiu em direção a sala e meu pai continuou ali secando e guardando a os pratos e talheres.
– Ela está bem? – eu disse estranhando minha mãe ter ido assistir programas de culinária.




– Claro, porque a
pergunta? – 
ele disse guardando o último prato e fechando o armário.
– Ela disse que vai ver programa de culinária. – eu disse apontando para a porta na direção que ela havia ido e dei uma gargalhando, porque ela sempre disse que esses programas eram perda de tempo total e sempre ensinavam coisas fáceis e que ela
já sabia cozinhar.
– Pelo que parece sim, acho que ela mudou de idéia sobre eles. – meu pai falou e suspirou pesado, e depois também deu uma risada.
– Então pai onde fica o Starbucks daqui? Vou ver se dou uma passada lá e compro um café para beber. – eu disse me encostando na porta enquanto meu pai estava encostado na pia.
– Eu tenho o folheto com o endereço, Pattie deu a Elizabeth. – ele disse se desencostando da pia e indo até um armário o abriu e tirou o folheto, veio em minha direção e me entregou. – como seu carro ainda não chegou pode usar o meu a chave está na mesa da sala, agora cuidado com ele, não bata ou estacione em lugares proibidos. – ele disse preocupado com o carro.
– Tudo bem pai eu já vou indo. – disse já para sair da cozinha analisando o papel e procurando o endereço.
– Tem certeza que vai sair de casa assim? – fiquei confusa e meu pai deu uma pausa e deu risada. – você esqueceu que está de pijama? – ele disse arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços.
– Eu tinha me esquecido, vou trocar de roupa e ir tomar café. – disse dando um sorriso.
Sai da cozinha e ouvi meu pai rindo, passei pela sala e minha mãe estava com um caderno de anotações e uma caneta olhando atenta ao programa, passei por ela e fui ao meu quarto.
Troquei de roupa vestindo um jeans azul claro e um moletom cor nude que não me deixaria passar frio, coloquei uma sapatilha simples e peguei minha bolsa, dei uma pequena olhada no espelho do closet e arrumei meu cabelo em um coque mal feito deixando minha franja solta.
Desci as escadas correndo e peguei a chave em cima da mesa.
– Já vou indo pai, mãe, volto logo. – eu disse falando alto pra que eles ouvissem e não esperei resposta logo estava fora de casa, abri a garagem com o controle, abri
a porta do carro e entrei jogando minha bolsa no banco do carona.
Liguei o carro dando ré e saindo da garagem, fechei-a com o pequeno controle e sai em direção ao endereço do folheto, como não conhecia nada por Stratford fiquei atenta a todas as placas e sinais, olhei mais uma vez o endereço do papel e continuei procurando, quase não havia carros na rua, achei algumas indicações no papel que diziam lugares próximos, logo avistei uma grande placa que tinha o nome Starbucks e dei agradeci por ter achado ele sem me perder.
Tinha uma vaga do outro lado da rua então logo parei o carro nela, o desliguei e peguei minha bolsa abrindo minha bolsa e olhando para os lados para ver se vinham carros e atravessei a rua sem problemas, abri a porta do estabelecimento e haviam poucas pessoas tomando seus cafés calmamente, fui em direção ao caixa e pedi um Café forte e um Cupcake de morangos e chocolate.
– Aqui está – a atendente disse me entregando o Café e o Cupcake.
– Obrigada. Agradeci.
Sentei em uma mesa vazia e longe de algumas pessoas, comecei a tomar meu café.
Estava calma quando vi a sombra de alguém em pé ao meu lado, levantei meu rosto e avistei aquela figura loira com um sorriso nos lábios.
– Você aqui? – Disse e suspirei pesadamente voltando meu olhar para a embalagem do café.
– Claro, não gostou? – Justin disse se sentando em frente a mim.
Dei um sorriso cínico em resposta e continuei:
– Esta cidade é muito pequena mesmo não é? – disse agora o encarando ainda com o meu sorriso e tentei ser o mais cínica possível com ele.
– O que você esperava? Isto é Stratford. – ele disse e deu uma pausa – Se quiser que ninguém te encontre sugiro que vá à parte para a parte Norte.
– Parte norte? Isso pode ser interessante. – eu disse já imaginando que quando quisesse ficar sozinha poderia ir a esse local.
– Scarllet, você é tão ingênua. – ele disse me olhando no fundo dos olhos e apoiou os braços na mesa se apoiando melhor pra me encarar.
– Ótimo cheguei ontem e você já está achando que me conhece. - eu disse dando um sorriso falso e bufando.
– Estou dizendo isso porque você não conhece nada daqui, não sabe de absolutamente nada, se soubesse não teria feito a pior coisa de toda sua vida, eu poderia dizer que tenho pena de você, mas eu não tenho, eu não sinto isso. – ele disse sendo o Justin de ontem quando cheguei, sombrio.
Eu fiquei tentando entender o que aquilo significava, mas estava difícil, ainda mais com Bieber me encarando daquele modo frio e sem expressão fixa.
– O que você quer dizer com isso? – eu disse o encarando séria, e com as sobrancelhas arqueadas.
Ele levantou ficando de frente a mesa de pé.
– Eu já vou indo, nos vemos depois. – ele disse com um olhar vazio e saiu em direção a saída.
Eu não ia deixar ele sair sem me explicar o que eu fiz que foi a pior coisa da minha vida, peguei a minha bolsa e sai correndo em direção a ele, Justin estava em frente a uma Range Rover falando com um outro garoto também loiro e alto, eu corri para atravessar a rua.
– Justin, espera. – Eu gritei do outro lado da rua quando percebi que ele ia entrar no carro o outro menino entrou no banco carona, ele olhou para mim, mas entrou no carro e o ligou, eu corri até o carro de meu pai e entrei apressada dentro dele, joguei a bolsa em qualquer lugar e liguei o carro o mais rápido que pude, o carro de Justin havia virado a esquina e foi isso que eu fiz, comecei a segui-lo eu tinha estranhado aquela conversa.
Aqui estou, “perseguindo” Justin Bieber um garoto que chega a dar calafrios só de pensar no olhar, bonito e misterioso.
Eu ainda tentava descobrir o porque ele deveria ter pena de mim, estava tudo tão estranho, eu continuava dirigindo atrás de Justin, ele estava bem na frente e já devia ter notado que eu estava atrás dele, ele começou a acelerar mais e quando percebi estávamos em uma estrada vazia que parecia ser bem no meio de uma floresta, a paisagem era obscura, eu estava com muito medo, e não valia a pena correr riscos só por um garoto doido, parei o carro assim que vi o carro de Justin entrando dentro da floresta, sim, aquilo era muito suspeito, e claro, eu estava com medo.

Capítulo 1 - When Love And Hate Collide

                    Fanfic Apartamento 306 - Capítulo 1 - When Love And Hate Collide



Scarllet Whille – POV On
Aquela paisagem de uma certa forma me deixava calma e
irritada ao mesmo tempo, era incrível como conseguia fazer tanto frio mesmo eu estando dentro do carro e com o aquecedor ligado, Stratford era realmente como descreviam, tinha uma paisagem sombria e ao mesmo tempo conseguia de alguma forma encantar as pessoas, o céu era um cinza com um leve dourado de fim de tarde, a paisagem ao redor da estrada tinha campos livres com uma folhagem dourada as arvores estavam em clima de outono, estavam amareladas, o sono estava começando a me invadir, mas eu não queria dormir, queria ver quando
passássemos pela entrada oficial de Stratford, queria ver o inferno que eu ia morar a partir de agora, eu estava me mudando, e tudo por causa do trabalho de meu pai, sim, eu estava mudando toda a minha vida, tudo pela empresa que meu pai é sócio, estavam o mandando pra esse fim de mundo, literalmente, por causa de uma filial da empresa que se instalou aqui, eu queria ser que nem minha mãe que não ligava para nada, estava sempre feliz, em qualquer lugar que estivesse conseguia ser simplesmente e totalmente radiante em tudo o que fazia.
Eu já estava há 4 horas dentro do carro, meu pai estava dirigindo e minha mãe logo ao seu lado dormia serena, meu pai parecia ansioso
com o que ira encontrar ele é do tipo de pessoa que gosta de conhecer novos lugares e de um modo incrível adora mudanças, ele diz que se mudar é como se você pudesse reconstruir sua personalidade e criar um novo “eu”.
Mas para uma menina como eu de 16 anos criar um novo “ eu “ é total perda de tempo, eu estava feliz em Nova York, para que ia querer vir pra esse local que todos nem civilizados devem ser?
Olhei para a direita assim que vi a placa da entrada de Stratford, a esse momento já havia várias casas, não havia variedades de cor, eram todas nos tons pastéis e branco, eraestranho.
Comecei a me perguntar se toda a cidade era assim ou apenas
o local que meu pai estava indo era dessas características. Antes de continuar vou me apresentar assim fica mais fácil de você entender essa minha mudança completa. Me chamo Scarllet Whille graças aos meu pais, tenho 16 anos e estou a exatamente 2 meses de fazer 17, eu morava em Nova York eu era feliz lá, tinha amigos, tinha o meu grupo,resumindo,
tinha uma vida.
Eu não era popular, por mais que todos me dessem atenção só
por causa do cargo de meu pai na Empresa Bieber uma grande empresa de petróleo, meu pai era um dos grandes investidores e para todos isso era o que valia mais já eu nunca gostei de pessoas “ Interesseiras
“ eu tenho pavor de pessoas com essa personalidade, elas só ligam pro seu dinheiro e no que podem ganhar se você for melhor amiga deles, o pior é que eu não sou rica, quem é rico nessa história toda são meus pais, então por que não viram amigos deles e me deixam em paz? Meu pai se chama Jason Parker Whille e é a pessoa mais ocupada e positiva que existe ele quase nunca tem tempo pra minha mãe e eu e sempre acha, acha não, tem absoluta certeza que tudo sempre vai dar certo, por mais que tudo esteja acabado e alguém esteja no fim do poço ele sempre diz que se a pessoa tiver força e perseverança ela consegue tudo o que quer e se livra dos seus pesadelos já Minha mãe Se chama Elizabeth Ghen Whille e como eu já disse ela é uma das pessoas mais felizes, ela não se força a nada ela é espontânea e tem a maior beleza que já vi em toda a minha vida, ela éperfeitamente perfeita e eu a admiro por tudo o que ela faz.
Olhei pela janela do carro e vi agora que passávamos por mansões que pareciam valer mais de milhões de dólares, não parecia nada com o
que vi há minutos a trás, os jardins de frente das mansões eram de um verde extremo, tudo tinha uma aparência de bem cuidado, eram todas grandes e tinham detalhes, só percebi que havíamos chegado a nossa nova casa quando meu pai estacionou o carro em frente a uma
casa de tamanha imensidão que me deixou de boca aberta, era bem maior do que nossa outra casa, a frente não era moderna mais era linda.
– Amor acorde, chegamos. – Disse meu pai sorrindo e balançando levemente minha mãe que estava em um sono profundo.
– Hum, Chegamos? – disse ela se bocejando e sorrindo ao mesmo tempo, sim com ela isso é possível.
 Sim, desça do carro pra ver como ela é, venha também Scarllet – ele disse olhando pra mim.
Dei um simples aceno com a cabeça assentindo que iria, minha mãe começou a conversar com meu pai em quanto o mesmo tirava as malas do porta malas, ela parecia realmente empolgada com isso tudo, meu pai parecia com problemas pra tirar as malas e ficava rindo das coisas que minha mãe falava, já eu estava parada bem em frente a casa observando cada detalhe e virei a cabeça olhando para os lados para ter a visão da vizinhança, as casa também eram grandes e bonitas mas quando virei a cabeça para a esquerda e olhei as casas deste lado e vi a casa vizinha ao lado do minha e percebi que alguém observava
todo o movimento da nossa mudança eu apertei os olhos pra conseguir enxergar a pessoa já que a distancia era significativa, percebi de imediato que era um menino, pelo que eu conseguia ver ele era bonito, assim que o olhei percebi que era um pouco branco demais, o cabelo tinha um leve movimento e eram meio loiros, a boca era rosada e grande, ele me olhava mas não me encarava, ele parecia me analisar minuciosamente, eu já tinha analisado seu rosto, ele percebeu que eu também o olhava.
– Vamos filha vai ficar parada o dia inteiro olhando o nada? Está tudo bem querida? – minha mãe falou e parou em minha frente
sorrindo, foi só ai que percebi que meu pai já havia levado todas as malas pra dentro da nova casa.
– Sim está tudo bem mãe não precisa se preocupar, só estou dando uma olhada pra ver se vou conseguir me acostumar entende? – disse sorrindo fraco, e com uma imensa vontade de olhar para o lado e ver se aquele garoto estava me olhando, era estranho eu precisava olhar, mais me segurei.
– Tudo bem, vou entrar pra ver a casa com seu pai ele está tão feliz, venha logo, 1 minuto. – ela disse enquanto se afastava e entrava na casa,
Eu fiquei ali parada no mesmo lugar sem me mover, então foi
ai que me toquei de que estava ali por causa do garoto então logo dei uma
olhada para a casa ao lado e uma coisa me assustou, o garoto continuava ali me olhando com a boca semi aberta e com a mesma aparência, ele ficou me olhando em quanto conversava com minha mãe? Por que ele tanto me encarava, um vento frio passou por mim e eu puxei meu casaco na intenção de me cobrir mais. Aqueles olhares estavam me deixando nervosa e com medo, eu nunca fui de abandonar uma
série de olhares como esse, eu sempre encarava de volta as pessoas que me encaravam, isso pra mim é como se quanto mais tempo você ficar encarando alguém mais você tem o respeito dela, mais o olhar dele me deixou com um certo medo, então logo caminhei até a porta da casa e entrei nela, ficando hipnotizada pela beleza dos móveis, e a modernidade
que o interior da casa esbanjava, era tudo muito bem arrumado parecia que tinha levado um grande tempo para ser planejado, logo ouvi conversas do segundo andar e subi as escadas e vi meus pais rindo e conversando.
– Scarllet, eu e seu pai já estamos vendo a casa ela é linda não é? – minha mãe me perguntou.
– Sim, pelo pouco que vi já achei legal. – eu disse um pouco desinteressada mais com um sorriso no rosto.
– Ótimo! Hoje você pode arrumar se closet e organizar seu quarto do seu jeito se quiser. – disse meu pai olhando para mim.
– Ah sim, eu vou arrumar, mas onde fica o meu quarto? – eu perguntei.
– Venha, que eu te mostro, em quanto isso seu pai liga para o chefe dele para resolver alguns assuntos importantes não é Jason? – Minha mãe perguntou e no final direcionou seu olhar a meu pai.
– Claro, eu já ia me esquecendo disto, então mostre a ela o quarto e a ajude se for preciso, a ligação vai ser rápida – ele disse e logo saiu entrando em um quarto já com o telefone em mãos.
– Vem Scarllet – minha mãe me chamou me puxando pelas mãos até uma porta das que pareciam dezenas e a
abriu, o cômodo era bonito, tinha paredes em um tom roxo escuro, uma cama de casal estava centralizada no quarto logo do lado da cama tinham duas cômodas baixas e uma ficava de cada lado da cama, havia uma televisão era grande e ficava bem em frente à cama em cima de um “armário” baixo e próprio para ter esse objeto, existiam mais duas portas dentro do quarto do lado direito que presumi ser o Closet e o Banheiro, tinham muitos objetos no cômodo que deixavam-no lindo.
– E então gostou? – ela perguntou empolgada.
– Óbvio mãe, como não gostar? – respondi um pouco desconfortável de repente, senti algo me observando, isso me deixou assustada, eu não costumava sentir esse medo por nada.
– Eu vou arrumar algumas coisas na casa, você sabe, deixá-la mais a minha cara, e você pode ir arrum... - ela ia dizendo só que meu pai entrou apressado no quarto logo a interrompendo com telefone nas mãos.
– Jeremy está no telefone perguntando se não queremos ir jantar na casa dele já que ainda
teremos que fazer compras e já está tarde, o que vocês acham? – 
ele disse apresado por uma resposta rápida.
– Ah sim... claro, nós vamos – minha mãe respondeu.
– E você Scarllet? – perguntou torcendo pra um sim.
– Não sei – eu estava cansada demais para ouvir três horas de conversa sobre bolsa de valores ou assuntos da empresa, isso não me interessa.
– Vamos, por favor, pelo menos uma vez na sua vida filha faça algo pelo seu pai – ele disse fazendo uma cara engraçada e de quem está implorando.
– Tudo bem... – eu
disse baixo com se fosse uma tortura, e dei um suspiro alto no final.

Ele sorriu e saiu falando no telefone com esse Jeremy.
– Estou feliz que você vai no jantar querida, agora de pelo menos uma arrumada na sua mala e
escolha uma roupa em quanto eu isso eu vou perguntar pro seu pai que horas
devemos estar prontos –
 ela disse e veio até mim dando um beijo em minha
testa, eu apenas sorri.
Assim que ela saiu de meu quarto e fechou a porta eu
observei o quarto mais um vez e procurei minhas malas, elas estavam do lado da
cama, as peguei e abri olhando as roupas e já imaginando o trabalho que ia ser
ter que arrumar tudo aquilo no closet, e não daria tempo de arrumar tudo já que
tinha um jantar a ir, então me pus a procurar uma roupa que me deixasse
apresentável, assim que terminei abri as duas portas do quarto e vi o closet e
o banheiro ambos eram grandes, entrei no banheiro e vi que já havia toalhas e
tudo o que eu preciso para tomar banho, me despi rapidamente e liguei o
chuveiro esperando a água ficar quente, assim que ela esquentou entrei de baixo
do chuveiro, fiquei pensando em como seria minha vida daqui a diante nesta
casa, nesta cidade, neste local totalmente diferente e estranho para mim,
deixei a água escorrer pelo meu corpo, e assim que me dei conta que já deveria
estar ali a muitos minutos sai me enrolando na toalha e indo para o quarto.
– Querida será que você já pode se arrumar para o jantar? – ouvi minha mãe falando do lado de
fora do quarto.
– Claro já vou me arrumar. – eu respondi.
– Não demore muito, a
casa dele pode ser ao lado, mais não queremos abusar do tempo. –
 ela disse
e ouvi os passos do corredor, ela já devia ter saído.




Mais espere... Casa ao lado? Isso quer disser que... Não
pode ser... é muita coincidência.


Eu fiquei confusa, e me perguntando se a casa que minha mãe
estava se referindo era à casa de que o garoto estava me encarando. Fiquei
torcendo para ser a outra casa
vizinha.




Vesti um vestido de cor nude que era um palmo acima dos
joelhos e com a saia um pouco “armada”,
Coloquei uma meia calça da cor da pele mais que esquentava já que eu não queria
passar frio, vesti um cardigã que esquentasse por cima e calcei um salto alto
bege.


Eu deixei meus
cabelos soltos e lisos com pequenas ondulações, passei um simples corretivo e
um pouco de base para tirar um pouco minhas olheiras, eu estava praticamente
sem maquiagem alguma, eu me achava mais bonita assim, uma mulher bonita não
precisa de quilos de maquiagem para se sentir, uma mulher bonita é linda de
qualquer jeito.




Assim que terminei abri a porta e sai do quarto, desci a
escada e assim que cheguei a sala principal meus pais já estavam lá arrumados e
conversando, assim que notaram a minha presença me olharam e minha mãe sorriu.




– Já que você já está
pronta já podemos ir. 
– ele disse já de dirigindo a porta com minha mãe
atrás dele, suspirei alto e os segui, assim que fecharam a porta de entrada eu
fiquei torcendo para que eles fossem para a esquerda ao invés de seguirem para
a casa da direita, mas foi tudo a toa por que assim que vi eles já estavam
seguindo para a casa aquela casa eu
fui andando lentamente e vi assim que eles pararam na porta e minha mãe me
chamou com um aceno de mão, como se “falasse” para eu andar mais rápido, assim
que estava chegando na entrada um mulher bonita abriu a porta e logo ao lado
dela havia um homem, eles cumprimentaram meus pais e olharam na minha direção e
deram um sorriso.




– Olá você deve ser a
filha de Jason? Scarllet não é mesmo? – 
disse a mulher ela era simpática e
tinha um grande sorriso no rosto.




– Sim, sou eu mesma.
– 
eu disse séria, eu poderia ter dado um dos meus melhores sorrisos mais
nem o mais falso de todos saiu naquele momento.




– Claro, e eu sou
Patrícia, mas me chame de Pattie sem formalidades, e esse é meu marido, Jeremy.
 ela disse e continuou. – podem
entrar, vamos. 
– ela falou sorrindo.




– Seja bem vinda
Jason fala muito de você - 
o marido de Pattie, Jeremy disse se dirigindo a
mim.




Eu apenas dei um sorriso fraco.




– Sente aqui querida
– 
Pattie disse me chamando para sentar na sala onde tinha um grande sofá em
quanto isso meu pai e Jeremy estavam conversando e se dirigindo a sala de
jantar.




A casa era grande no estilo da minha, mais os móveis eram
rústicos e pareciam de gerações, eu me sentei no sofá e minha mãe e Pattie se
sentaram em outro já conversando.




– Ah, Scarllet, eu
tenho um filho o Justin, ele já deve estar descendo. – 
ela disse sorrindo e
logo continuando – E a propósito você é
muito linda. – 
ela disse tentando ser simpática.




–Obrigada, a senhora
também é bonita. 
– disse sorrindo.




– Pattie, por favor.
– 
ela disse se referindo a eu ter chamado-a de Senhora.




– Claro Pattie. 
respondi brevemente e ela sorriu.




Eu fiquei pensando em quando o garoto ia descer, eu estava com
um frio na barriga, eu não tinha
motivos pra estar assim, mas estava.




Passaram-se vários minutos até que ouvi passos pesados na
escada, eu olhei na direção e vi um garoto, era ele, o que havia me causado
arrepios sem motivo.




– Quem bom que desceu
filho, essa é Elizabeth esposa de Jason. – 
Pattie disse ao garoto
apresentando minha mãe que sorriu e se levantou para apertar a mão dele, ele
deu um sorriso sem mostrar os dentes e apertou, depois disso ele lançou o seu
olhar para mim e eu desviei o meu rapidamente do dele.




– É um prazer te
conhecer Justin. –
 minha mãe disse sorrindo.




– O Prazer é todo meu
Elizabeth. 
– O garoto, Justin, respondeu com um leve sorriso, a voz dele
era rouca e calma, e me causou um calafrio, ele mexeu nos cabelos e os jogou, agora
que ele estava mais perto eu podia analisar cada detalhe e ele era perfeito não havia um certo defeito no
rosto dele, ele era lindo.




– E bem Justin, essa
é a Scarllet filha de Elizabeth e Jason, e Scarllet esse é meu filho que eu lhe
falei. – 
Pattie disse olhando para mim, e Justin também me olhou, eu olhei
para baixo e em instantes alguém estava parado a minha frente.




– É um prazer
Scarllet. – 
aquela voz rouca e arrepiante disse e eu olhei para cima vendo
ele me encarando.




– Oi. – respondi
simplesmente, e séria.




Minha mãe e Pattie saíram conversando em direção a algum
cômodo, e me deixaram na sala com aquele garoto me olhando, ele se sentou do
meu lado no sofá e por mais que o sofá fosse grande ele fez questão de se
sentar ao meu lado praticamente colado em mim.


Sim eu estava nervosa e com a respiração ofegante já ele
respirava calmamente, eu dei uma leve olhada pelo canto dos olhos nele e eu
tinha uma expressão neutra, ele tinha um cheiro cítrico e diferente, era bom e
naquele momento o cheiro dele parecia me “chamar”,me atrair, mas eu lentamente me afastei alguns centímetros.




– Vocês chegaram hoje
não é mesmo? – 
ele me perguntou calmo.




– Sim, hoje no fim de
tarde.





Ele deu uma leve levantada se sentando novamente mais perto
de mim, e eu mais uma vez me afastei, mas quando eu estava prestes a me
movimentar uma mão gélida me segurou com leveza, não era como se quisesse me
impedir de me afastar era como se ele quisesse me convencer de que eu não
poderia sair do lado dele, e eu não me movi.




– Por que está se
afastando? Está com medo de mim? – 
ele disse me olhando e ainda com a mão
em meu braço.




– O que? Claro que
não. Porque estaria com medo? Acabei de te conhecer não tenho motivos para
isso. –
 Eu respondi em um tom leve e pronunciei as palavras lentamente.




– Ótimo. – Justin
disse e sorriu.




Ele deslizou sua mão pelo meu braço e arrastou seus dedos
lentamente fazendo um tipo de caminho nele e depois tirando completamente as
mãos dele. Ele se levantou e parou a minha frente.




– Vou falar com minha
mãe, espero que não se importe de ficar sem companhia por algum tempo.





– Não me importo, pode ir. – eu disse olhando nos olhos dele, eles eram castanhos de uma cor intensa, e havia um brilho forte neles, eles me hipnotizaram por um tempo, mas logo parei de olhar e Justin saiu da sala.
Aquilo era estranho, nunca vi alguém como ele, havia alguma
coisa nele, naquele olhar que me deixava com medo, nervosa e me arrepiava, ele era diferente, aquele garoto era de uma beleza sobrenatural.

Apartamento 306

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Apartamento 306

Sinopse:
 
Ele era umas das pessoas que freqüentavam o Apartamento 306 de um prédio abandonado perto de uma das reservas de Stratford, as pessoas tinham medo de ir naquela parte de Stratford, era um local aonde pessoas Problemáticas como certos moradores da cidade chamavam, ficavam. Quando uma vez se entra no grupo do 306, nunca mais se pode sair, você é controlado por eles, não se pode dizer ou denunciar o que se faz dentro do grupo, por esse motivo é difícil pessoas novas entrarem. Justin era um dos integrantes do grupo, mas tudo muda quando aquela garota chega na cidade, tudo muda a partir do momento que os dois se esbarram, eles deviam ter parado ali, o problema foi que alguma coisa os prendeu a partir do momento que se encararam, tudo piorou quando ela quis saber o porque de todos terem medo dele e do resto do bando, era como se ela estivesse se jogando em um abismo sem fim, ela procurou tudo aquilo, ela não devia ter feito aquilo, ele era controlador e achava que todos deviam o obedecer e Scarllet ficou com ódio desse lado dele, esse foi o motivo que a levou a investigar o Apartamento 306 e o que acontecia dentro dele, ela tinha expectativas sobre o que encontraria nele, mal ela sabia que o que existia lá era bem pior do que tudo o que tinha imaginado, no final de tudo ela desejou nunca ter se metido com a história do Apartamento 306.
 
 
Dezoito  NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS
Gêneros: Mistério, Shoujo (Romântico), Hentai, Drama (Tragédia), Suspense, Violência
Avisos: Álcool, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Tortura, Violência, Insinuação de sexo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Destiny's Story - Capítulo 25

Im gonna make you wet the bed.


Ir á um motel com o Justin tem os lados positivos e os negativos. Ainda estava brava com ele, mas ir ao motel e não fazer nada só provocá-lo, me faria sentir um pouco melhor. Queria uma roupa diferente, já estava cansada do que estava vestindo, ultimamente eu só estava vestindo roupa preta e salto, andando dark que nem a Alexia, credo. A última coisa que quero é ser comparada á essa lambisgoia, ou pior, ter de escutar que pago um pau para ela. Ridículo!
Revirei as minhas roupas e encontrei a roupa que fui ao pega aquele dia com a Claire. Se eu desse uma adaptada ficaria melhor, mas desisti assim que encontrei uma roupa bem melhor. Não sei de onde tinha vindo aquele vestido preto, a Pattie comprou tanta roupa que eu nem reparei em todas. O vestido em minhas mãos era super colado, deixava as minhas curvas bem avantajadas, tinha dado uma engordadinha, então destacava ainda mais. Olhei-me no espelho e sim, eu estava gostosa, não tinha o peito tão grande, mas nesses últimos dias não sei o que aconteceu o meus peitos inflaram. A maquiagem eu deixei fraca, o vestido já estava bem chamativo. Cabelo solto me deixava com mais cara de safada. Então era isso, estava perfeita!

Quando estava colocando o sapato o meu celular começou a tocar freneticamente.
– Droga! – larguei os sapatos e fui atender o celular, o meu sorriso se abriu quando eu vi que era o meu Brian.
– Fala meu fã. – falei com a voz risonha.
– E ai princesa tudo bem?
– Sim e você? – não sei por que, mas me deu uma felicidade tão grande em falar com ele.
– Tô bem.
– Porque me ligou?
– Estava com vontade de falar com uma chata. – ele riu.
– HÁ HA engraçadinho. – debochei.
– Quer vim aqui pra casa? – até suspirei com essa pergunta.
– Agora? – perguntei insegura, mas eu já sabia a resposta.
– Não, semana que vem... – debochou.
– Idiota!
– Claro que é agora né Caissy.
– Eu vou sair. – falei com a voz triste. Eu queria muito ir, mas eu tinha outros planos, provocar o Bieber.
– Ah esqueci, agora você vive vida de casada. – ele fez uma pausa e eu revirei os olhos.
– Me ensina a dirigir? – mudei de assunto.
– O que? – perguntou assustado.
– Me ensina a dirigir? – repeti.
– Ué, porque você está me pedindo isso? – ele disse confuso.
– Tudo bem você não quer deixa quieto...
– Não... Eu quero, mas isso é estranho. Porque o Bieber não vai te ensinar?
– Porque eu quero que seja você. – falei como se fosse obvio e com certeza o Brian ia ficar se achando.
– Ta bom. Mas no meu carro não. – ele disse rindo.
– Egoísta. Eu ganhei um carro, não preciso do seu!
– Melhor assim. – ele riu.
Escutei duas batidas na porta, não respondi nada. Mas eu sabia que era o Justin.
– Vou ter que desligar. – tentei transparecer tristeza.
– Vou passar te buscar cedo.
– Nem ferrado, depois do almoço.
– Já dei o meu horário... Esteja pronta. – ele riu e desligou na minha cara. Mas é um viadinho mesmo.
Voltei a me arrumar e mais uma vez bateram na porta. Respirei fundo, arrumei o salto no pé e pronto eu estava pronta. Tinha que esquecer tudo o que ele fez pra poder fazer o que eu queria. Respirei fundo. Abri a porta e ele estava parado pronto para bater mais uma vez.
– Ual. – ele deu um sorriso safado.
– Vamos? – meu tom estava arrogante.
– Pra onde você quiser! – ele disse com os olhos fixo no meu corpo e eu revirei os olhos e sai andando na frente. Diminui o passo até ele me alcança porque não sabia em qual carro ele iria, mas provavelmente era o novo.
Como eu disse foi o carro novo mesmo que ele escolheu. Ele abriu a porta tentando ser todo cavalheiro e eu achei aquilo ridículo, isso não era a cara dele. Justin deu a volta no carro e depois sentou no lugar dele. Aquele carro era magnifico, quando o Justin ligou o som levei um susto leve porque era muito alto. Estava tocando “How To Love”, e está ai uma boa dica o ele precisa saber como amar. Justin batia os dedos de forma ritmada no volante e eu estava quieta no meu canto fitando a paisagem, não sabia onde ficava o tal motel, e tenho de admitir, estava um pouco curiosa.
– Não vai dizer nada? – ele repousou a mão na minha coxa que estava descoberta e eu franzi o cenho não estávamos muito bem para ele me tocar daquela forma.
– Não tenho nada pra dizer. – voltei a olhar a paisagem.
– Tem certeza? – ele desceu a mão de forma lenta até meu joelho e depois subiu, senti um calafrio passar pelo meu copo. Foco Cassidy, foco.
– Tenho. – murmurei e tirei a mão dele da minha coxa.
Ele respirou fundo e voltou a ficar com os olhos fixos no caminho. Depois de um tempo ele parou o carro e desceu. Tínhamos chegado, Justin foi andando na frente e eu logo atrás. Estava me sentindo que nem aquelas puta que fazem o serviço caladas e depois só esperam uns trocados e vão embora.
– Eu ainda sou menor. – disse assim que notei a placa em minha frente “Proibido para menores de 18 anos”.
– Eu sei. – ele deu de ombros e voltou a caminhar.

Havíamos passado tão facilmente pela recepção que até me parecia que Justin já era conhecido por ali, pois nem identificações pediram. Ah, claro, isso porque ele SEMPRE vinha aqui... Ás vezes esqueço que o Justin que amo, também foi o Justin que quando me conheceu era o pior ser do mundo. O motel era enorme, sem contar que era muito chique e as cores que o decoravam eram fortes e provocantes.

Justin segurou em minha cintura e me guiou até uma porta prata. Entramos num elevador totalmente espelhado e ao meu lado Justin parecia sossegado ainda com suas mãos em minha cintura. Respirei fundo e me afastei um pouco dele. Ele não disse nada, apenas apertou o botão e começou á balançar o pé de forma ritmada e bater as mãos na lateral do corpo. Ok, ele agia tão normalmente, mesmo perante á tudo o que tem acontecido, e eu aqui, parecendo uma idiota. Saímos do elevador e Justin me guiou até um quarto. Ele abriu a porta e sorriu para mim, segurando a porta para que eu entrasse. Não retribui o sorriso, apenas ignorei e entrei. Aquilo era diferente de tudo o que eu já havia visto, e o engraçado era que não tinha janela no quarto, era tudo fechado. Eu observava tudo àquilo com muita curiosidade no teto e na parede atrás da cama tinham espelho. Do lado externo do quarto tinha uma piscina extraordinária coberta com um teto solar, a cama era redonda e de frente á ela tinha um ferro. A decoração era magnifica as cores eram tão fortes, que só de olhar você sentia prazer. Justin pegou uma garrafa de champanhe e abriu. Eu ainda não estava completamente á vontade e ele parecia distante.
– Ta com frio? – ele perguntou bem próximo de mim.
– Não. –fugi saindo de perto dele.
– Nem eu. – quando me virei ele estava sem camisa, senti meu rosto pegar fogo. Eu já estava me perdendo naquele corpo novamente. Respirei fundo para me livrar daqueles pensamentos maliciosos.
Aproximei-me da piscina e notei que o Justin não tirava os olhos de mim, ele estava com a taça na mão fingindo estar entretido com o celular, mas eu o via tentando conter os olhares principalmente quando eu tirei o vestido para poder entrar na piscina. O fato era que eu estava louca para dar um mergulho.

Aquele lugar estava tão parado precisava de uma música. Peguei o controle remoto e liguei o som. “Wet The Bed”? Uma ótima música para o momento... Dei um sorriso de lado quando percebi que Justin me encarava e depois cai na água que estava morna para a temperatura do meu corpo. Quando submergi, vi o Justin travado na cama com os olhos fixo em mim. Eu ainda nem estava fazendo nada e ele já estava daquele jeito, o volume da cueca era visível. Mergulhei atravessando a piscina indo até a outra ponta. Quando cheguei á borda, Justin estava parado segurando uma toalha, dei um sorriso safado, aquele ali não perde tempo. Sai da piscina e ele me envolveu na toalha ficando bem próximos de mim. Sua respiração chicoteava meu pescoço, aquilo era torturante e extremamente delirante. Eu não podia me entregar tão fácil assim. Iria tortura-lo, por tudo o que ele fez comigo. Afastei-me de súbito, antes que não conseguisse mais me controlar e fui para perto da cama. Sentei-me meio desconfortável. Justin havia mudado muito desde que Alexia voltou e eu também, já não sabia mais o que esperar de suas ações, e o pior disso tudo é que mesmo sabendo que á qualquer momento ele pode me fazer sua prisioneira, eu não deixo de amá-lo. Mas bom, hoje será diferente, ele vai provar do próprio veneno, vai ver como é ruim ser tratado com tanta frieza. Se ele acha que sou como as vadias que ele estava acostumado, ou até mesmo como a Alexia, ele não viu nada. Eu também sei brincar! Arrumei minha postura e vi Justin se aproximar ainda com a expressão confusa estampada no rosto.
– Cassidy, o que foi? – Justin perguntou sentando ao meu lado.
– Nada. – disse irônica e lancei meu melhor sorriso. Justin pareceu convencido, devia estar achando que eu apenas estava receosa quanto ao local. Idiota! Justin relaxou ao meu lado e colocou uma de suas mãos em minha perna. Eu juro que estava me controlando, mas seu toque me deixava quente, fazia com que eu quisesse agarrá-lo. Eu tinha necessidade dele, de seus lábios, de seu corpo... Mexi minha cabeça tentando me livrar de meus pensamentos e respirei fundo. Tirei a mão de Justin de minha coxa e ele me encarou confuso. Era agora! Não poderia evita-lo por mais tempo. Pousei minha mão em um de seus ombros e me levantei, ficando de frente á ele. Justin me encarou e em seus olhos a confusão era clara. Ele ia abrir a boca para falar algo mais eu o silenciei com um dedo em seus lábios. Ele sorriu malicioso e ficou quieto. Ótimo! Ele já está caindo... Escorreguei minha mão por seu ombro, descendo por todo seu tronco e parando no cós de sua calça. Ele se arrepiou e me puxou para seu colo. Sorri safada e soltei seus braços de mim. Quem estaria no comando era EU! Encarei Justin e levei minhas mãos até sua nuca, mexendo em seu cabelo e acariciando seu rosto. Depositei um beijo em seu pescoço e me afastei quando ouvi um resmungo satisfatório dele. Corri meus olhos pelo quarto e parei no ferro que ficava de frente para a cama. Eu poderia tornar esse joguinho ainda melhor... Já tinha visto algumas mulheres dançando nesse negócio, e não me parecia difícil, e poderia ser mais uma coisa ao meu favor. Passei a língua pelos lábios, encarei bem o objeto e fui a sua direção. Deixei minha toalha escorregar pelo meu corpo e ouvi Justin arfar. Com a mão direita eu segurei aquele ferro gelado e comecei a dar voltas nele. Justin me olhava chocado, e eu já estava me sentindo poderosa. Parei do lado do ferro ainda segurando-o e fui balançando meu corpo para frente e para trás sensualmente, depois parei de costas para Justin, descendo até o chão e depois inclinando minha bunda para subir. Arrisquei um olhar em direção á Justin, que estava se contorcendo naquela cama. Bom, está funcionando. Arrisquei alguns movimentos mais ousados, um pouco mais chamativos e sensuais. Virei-me de frente para Justin e comecei a dançar com o poste como se ele fosse Justin, rebolava meu corpo e descia frequentemente até o chão. Minhas pernas estavam abertas, para que fosse mais fácil de descer. Minha lingerie estava molhada e grudava em minha pele, deixando-me um pouco mais vadia... Meu cabelo caia no olho e eu passava minha mão por eles tentando mantê-los distantes de meu rosto. Sem sucesso, é claro! Justin tinha sua mão pressionada contra seu membro ainda coberto pelas calças e seus olhos não saiam de meu corpo. Fiquei de costas para o ferro agora, segurei-o com minhas mãos no alto de minha cabeça e comecei a esfregar minha bunda nele. Justin tentava controlar seus gemidos pressionando seus lábios, ele já estava totalmente duro, mas eu ainda queria provoca-lo mais. Dei a volta no ferro novamente, o segurei com as duas mãos, peguei impulso e dei um salto, saindo do chão. Dei a volta nele com minhas pernas nele e voltei ao chão colada ao ferro. Desci até o chão rapidamente e tornei a subir. Inclinei minha bunda e enquanto segurava firme o ferro com minha mão direita, deslizava a esquerda por toda sua extensão. Sorri maliciosa e vi que Justin tinha suas mãos agora dentro de suas calças. Mordi o lábio inferior e prossegui com meu showzinho. Rocei minha intimidade no ferro e vi que aquilo fora a perdição de Justin. O garoto tentava se livrar de suas calças desesperado. Sorri satisfeita e decidi ir a sua direção. Caminhei lentamente e quando cheguei bem perto, segurei sua mão, passando-a por todo meu corpo, de meus seios ás minhas coxas. Justin mordeu os lábios e eu soltei sua mão. Passei minhas pernas pela cintura de Justin e sentei em seu colo. Puxei seus cabelos que escapavam sob meus dedos e mordi seu lábio inferior. Justin apertou minhas coxas e um gemido escapou por entre meus lábios. Arranhei suas costas e apertei seu membro com força. Justin arfou e eu me levantei, caminhando lentamente até a lateral da cama. Justin me seguiu com o olhar e eu sorri. Ele havia caído perfeitamente em meu jogo até agora, mas aqueles olhos, aquilo me tirava do sério, aquilo era pedir para minha integridade evacuar. Seus olhos eram claros ao descreverem o desejo que o possuía e eu sabia que o meu não deveria mostrar coisa diferente. Subi naquela cama gigante e me deitei sobre os travesseiros e as rosas que enfeitavam o lugar. Justin passou a língua entre os lábios, tirou sua calça e veio até mim, apenas com sua boxer preta. O volume em sua calça era perceptível, e posso garantir que eu não estava menos excitada que ele. Concentração Cassidy! Concentração! Que concentração o que? Puta homem gostoso na minha frente, extremamente excitado e eu ainda querendo brincar? Não sei se aguento por muito mais tempo... Justin se aproximou ainda mais de mim e subiu em minha cintura. Seu corpo era sustentado por seus braços, seus lábios estavam entre abertos e a respiração pesada. Nossos rostos estavam muito pertos, de repente meu coração começou a bater mais forte, meu foco eram seus lábios e toda a minha consciência e meu plano foram por água a baixo, assim que nossos lábios se encontraram. Seus lábios quentes e macios... Justin pediu passagem para um beijo mais profundo e eu cedi, sem nem pensar nas consequências. Eu sabia onde aquele simples beijo nos levaria, mas bem no fundo eu sabia que não resistiria á ele até o fim. Agora simplesmente me entreguei. Me entreguei de corpo e alma, para que ele me possuísse da maneira que bem entendesse e que se foda o que ele irá fazer comigo depois, pois sinceramente? Estou preocupada com o agora, e nesse momento, meu homem está louco para me foder e eu não irei mais rejeitar, pois eu estava louca para ser fodida.

POV JUSTIN

Confesso que o que Cassidy estava fazendo comigo era torturante, entrar naquela água só de lingerie, me tratar estranho, e depois dançar naquele negócio de ferro? Porra, que homem que resiste á isso? Juro que á princípio pensei em Alexia, esse jeito autoritário e selvagem, mas depois só o que conseguia pensar era no corpo de Caissy junto ao meu. Aquela garota estava me matando. Só tinha cara de santinha, porque de santa essa ai passa longe. Não sabia que ela fosse capaz do que estava fazendo agora, e ás vezes até fico em dúvida se realmente eu fui o primeiro cara da vida dela, mas de fato, as evidencias são que sim, mas ultimamente... Deus, a Caissy parece uma mulher e puta mulher experiente.

A beijei com toda a vontade possível queria demonstrar o quão louco ela me deixava, e não que só meu colega lá me baixo me denunciasse, mas eu precisava mostrar de outras formas. Minhas mãos percorriam toda a extensão do corpo de Caissy e ela se arrepiava á cada toque. A única coisa que nos separavam eram aquelas malditas peças intimas, pedaços de pano inúteis... Não tinha como negar, Caissy deixava qualquer cara louco, e esse é um dos motivos de eu querer protege-la, pois sei que na primeira oportunidade, algum otário pode tirá-la de mim, e não vou deixar que isso aconteça. NUNCA! Desci meus beijos para o pescoço dela e mordiquei. Caissy arfou e então eu fui á procura do fecho daquele sutiã. Assim que o encontrei, abri e Caissy arqueou as costas para que eu pudesse me livrar daquela peça e assim que consegui a atirei em algum canto daquele quarto. Seus seios estavam mais fartos do que eu me recordava, mas isso não era ruim, pelo contrário, acho que ela ficava até melhor assim... Belisquei um se seus seios com as pontas dos dedos e Caissy soltou um gemido rouco. Lambi seu pescoço e enquanto abocanhava seu peito, desci uma mão até sua calcinha que já estava completamente úmida, e não acho que fora só por causa da piscina... Afastei um pouco sua calcinha e passei um dedo por sua intimidade. Como imaginei! Completamente molhada e apertada. Essa é minha Cassidy! A penetrei com dois dedos de uma vez e ela deu um impulso para trás. Depois relaxou e começou a mexer seu quadril á procura de satisfação. Aquela garota era a peste me pessoa. Comecei á estimulá-la, cada vez mais rápido e mais fundo. Beijei seus lábios mais uma vez e pude encarar seus olhos que transbordavam luxúria.
– Awn Justin, mais rápido! – Caissy pediu e assim o fiz. Aumentei os movimentos e ela se contorceu sob meus dedos. – Porra Justin, vai! – gemeu e eu pude sentir que ela estava quase lá. Belisquei seu clitóris e então Caissy se contorceu mais uma vez e liberou seu líquido em meus dedos. Lambi o pouco que escorria por meus dedos e sorri.
– Gostosa como sempre, quer experimentar? – perguntei malicioso e ela assentiu. Levei meus dedos até sua boca e ela abocanhou meus dedos, experimentando seu próprio gosto. Ela lambeu os lábios e sorriu maliciosa. Ri fraco e a beijei com fervor. Puta mina gostosa, acho que devo ser o cara mais sortudo desse mundo. Meu membro pulsava sob minha cueca, ele exigia atenção e acho que Caissy também reparou nisso, pois me encarou, segurou em meus ombros e inverteu nossas posições, subindo em cima de mim. Ela tratou de logo se livrar de minha boxer e eu a ajudei a tirar sua calcinha jogando em algum lugar do quarto que eu não estava interessado em saber onde. Caissy sentou sobre meu membro e começou á cavalgar. Minha cabeça estava tombada para o lado, aquela menina era fantástica, e sabia como me satisfazer... Segurei na cintura dela e a ajudei com os movimentos. Escapavam gemidos safados dos lábios de minha garota, aqueles peitões pulavam conforme seus movimentos e aquilo era meu paraíso.
– Justin, eu...
– Tudo bem, eu também já estou chegando... – disse enquanto aumentávamos os movimentos. Caissy mastigou meu pau e o lambuzou com seu gozo, logo em seguida a preenchi com o meu. Fui diminuindo os movimentos, exausto. Caissy também. Ela caiu ao meu lado ofegante e se deitou em meu peito depois de alguns minutos.

POV CAISSY

Eu tinha certeza de que não conseguiria me segurar, e sinceramente, ultimamente eu não tenho controle sobre mim mesma, mas tinha uma coisa que estava me deixando angustiada, o motivo pelo qual eu demoro para dormir a noite, e a coisa que mais me incomoda.
– Porque você me escolheu? – perguntei com a respiração ainda ofegante. Com a cabeça no peito dele ouvindo os batimentos do coração que eram ritmados. Eu precisava saber, afinal, ela sempre foi o amor da vida dele, e agora ele diz que eu sou quem importa... Justin fez uma pausa breve. Estava com a respiração ainda muito forte.
– Porque você tem um belo sorriso, um bom senso de humor, é honesta, amável e confiável. – ele disse e beijou o alto da minha cabeça.
Cansados? Eu e Justin estávamos acabados. Se o sexo foi bom? Foi um dos melhores. Poderia morrer agora nesse exato momento que morreria satisfeita. Ele enrolava o dedo na ponta dos meus cabelos grudados nas costas.
– 05h20min da manhã. – Justin sussurrou e eu levantei um pouco o corpo para ter a visão do rosto dele.
– O que, que tem? – perguntei confusa.
– Vamos dar uma volta. – ele saiu de baixo de mim ficando de pé.
– Você tá doido, é? – me sentei na cama me cobrindo com o lençol.
– Vai ficar ai? – ele perguntou abotoando as calças e eu sorri. Levantei de pressa da cama e peguei meu vestido que estava no chão, vesti minha calcinha e coloquei o vestido sem sutiã meus peitos estavam doloridos.

Fiquei pronta em três tempos o meu estado não tinha nada a ver com o que eu cheguei. Meu cabelo já estava liso de mais sem nenhum volume nas pontas, meu corpo estava pregando e eu ainda estava cansada, joguei meu sutiã fora. Justin sorriu pra mim assim que terminei de me vesti. Peguei meus sapatos e ele pegou na minha mão livre. Passou uma mão em volta do meu pescoço, eu estava tão radiante. Chegamos à recepção e eu estava rindo sem parar das gracinhas do Justin.

– Ai patrão. – ele chamou a atenção do atendente. – Valeu. – ele jogou um bolo de dinheiro e as chaves do quarto pro cara que assentiu com a cabeça. Pegou na minha mão e corremos até o carro o sorriso em meu rosto não negava o quanto eu estava feliz e o dele? O dele nem se fala. Toda hora ele sorria com os olhos me deixando mais alucinada.
Os vidros do carro estavam abaixados e o vento batia fazendo meus cabelos voarem. Aquela sensação de soma só estava aumentando dentro de mim. 150 km/h na estrada e meu homem do meu lado sem nada e nem ninguém pra interromper... Queria que fosse todos os dias assim.
– Pra onde vamos? – perguntei com a voz um pouco risonha e ele apenas sorriu não dizendo nada.
A madrugada ainda estava um pouco escura e mais um pouquinho já clarearia. Estávamos na estrada km 75 em direção a Roswell. Ele parou o carro no acostamento. Aquele lado da estrada parecia ser perigoso... Quatro pistas, duas que vai e duas que vem, achei aquilo louco.
Desci do carro acompanhando o Justin até a ponta do penhasco. Visão maravilhosa.
– Nascer do sol. – ele me abraçou e beijou minha bochecha. O sol já estava aparecendo no horizonte na direção leste.
– Você está agindo amavelmente. – ele me encarou.
– Você me faz bem. – ele disse esbarrando os lábios nos meus.
– Eu amo você. – selei nossos lábios com calma.
– Eu amo mais. – Justin disse entre o beijo me fazendo rir. O telefone dele começou. Ele bufou.
– Atende. – peguei o celular do bolso dele.
– Por que minha mãe tá me ligando à uma hora dessas? – ele disse confuso e saiu se afastando.
Respirei fundo sentido o cheiro bom que vinha daquele lugar, enquanto Justin falava com a Pattie.
– Caissy. – ele me chamou. – Ela quer falar com você. – ele estendeu o celular.
– Oi Pattie. – falei um pouco sem graça.
– Querida, está tudo bem?
– Sim e você? – perguntei cautelosa.
– Estou ótima. – ela disse contente.
– Você e o Justin estão voltando da balada essa hora. – travei. – Caissy cuidado.
– Ah Pattie, o Justin está cuidando muito bem de mim. – ele tapou a boca segurando o riso.
– Eu volto essa semana ainda... Já que vocês não vão vim mais. – meu coração disparou e um frio me passou pela espinha.
– Sério? Ain que bom. – tentei ser a mais animada possível.
– Tenho que resolver uns negócios. E ir ao convento né? Afinal o seu tempo de férias está acabando. – aquilo me deixou triste.
– É. – acho que ela percebeu a tristeza em minha voz.
– Eu vou pegar sua guarda... Estou correndo atrás disso. – não tive nem o que falar.
– Eu não sei nem o que dizer. Muito obrigada. – agradeci
– De nada meu amor... Querida vou desligar, se cuida viu!
– Tudo bem Pattie, beijos. – desliguei o telefone. Pelo meu sorriso Justin já sabia do que se tratava, eu pulei no colo dele saindo do chão.
– Ela vai pegar minha guarda. – distribui beijos no rosto dele.
– Não precisa de guarda você já é minha! – ele disse sorrindo e eu revirei os olhos.
– Vamos embora? – me lembrei de que tinha um compromisso com o Brian e não tinha dormido nada.
– Vamos. – ele me deu um selinho. – Hoje eu vou ficar o dia todo com você. – fudeo!
– È-È. – gaguejei. – Hoje, hoje eu vou sair com o Brian. – queria sair correndo depois daquilo. Na hora ele fechou a cara.
– Sair com o Brian? – ele franziu o cenho.
– Ele vai me ensinar a dirigir. – me recuperei.
– Hum. – a expressão dele já tinha mudado completamente. – Vamos embora então. – ele saiu e entrou no carro, pela cara dele as coisas já não estavam mais bem como antes.