Você nunca se arrependeu em relação a mim
Abri os olhos na expectativa de
que tudo aquilo não passava de um sonho. Mas estava errada, o que tinha
acontecido na noite passada não tinha sido um sonho, tinha sido verdade.
Relaxei meu corpo na cama e puxei um dos travesseiros para junto de
mim, pousei minha cabeça no travesseiro me encolhendo, o silêncio ao meu
redor era insuportável, agarrei o travesseiro com mais força e soluçava
deixando minhas lágrimas humedecerem aquela fronha branca, o Justin
tinha sim feito aquilo comigo e eu estava no quarto da casa do Brian em
meio aos soluços e lágrimas que estavam sendo derramadas por culpa
daquele idiota. Escutei um barulho vindo de lá de baixo, sequei os
olhos, soltei um suspiro longo e sofrido. Me sentei na cama encostando
minha cabeça rente a cabeceira e me recuperando do meu estado de fossa,
embora soubesse que era por uma razão errada que aquelas lágrimas
rolavam eu não conseguia as controlar, respirei fundo duas vezes e na
terceira decidi sanar o choro. Eu tinha que parar com aquilo Justin não
merecia, não merecia nem uma gota do meu choro, eu tinha que manda ele
se ferrar e esquecer ele, não poderia ficar presa àquela cama e ficar
remoendo uma merda de uma paixonite de adolescente eu era mais forte que
isso. Levantei-me indo ao banheiro fiz minha higiene meu rosto estava
inchado pelo choro da noite passada e o de agora de manhã fiz um coque
no cabelo e desci procurando a cozinha sendo guiada por um cheiro de
panquecas delicioso, é já estava adorando morar com o Brian, o encontrei
na cozinha pilotando o fogão.
– Cheguei antes de você colocar o veneno na comida. – sentei-me à mesa linda de café da manhã que ele tinha preparado.
– Que Droga Caissy. Você realmente me pegou. – ele me serviu com a panqueca. – Você dorme muito.
– E você é chato. – dei a língua.
– Essa hora já era pra estarmos almoçando.
– Mas eu sou diferente então vamos tomar café.
– Vai esfriar sua panqueca. – ele apontou o meu prato.
– Prova primeiro não confio em você. – o fiz provar a panqueca antes de comer.
– Ai meu coração. – ele se jogou no chão fingindo um ataque.
– Ta Brian levanta dai, para de palhaçada. – comecei a comer e ele se levantou rindo.
– Estou vendo uma cara de choro? – ele disse e eu abaixei o olhar. – Quer me contar o que você tem? – ele se juntou a mim na mesa
– Não... Não é nada. Nada do que valha a pena. – respondi, confusa.
– Tem certeza? – ele perguntou preocupado.
– Tenho. – sorri forçadamente. Não gosto de compartilhar minhas fraquezas não gosto de me abrir assim com as pessoas o meu orgulho sempre fala mais alto do que qualquer coisa, por mais que eu e ele somos amigos não eu não contaria para ele o que eu estava sentindo, odiaria ver surgi uma cara de pena no rosto dele em relação a mim.
– Você dificultou minha vida agora. – ele mudou de assunto.
– Eu? por quê?
– Como minhas convidadas vão vir aqui sendo que agora você está aqui em casa. – ele parecia triste com esse fato.
– Já ouviu falar de um lugar chamado motel? – falei o fazendo rir.
– Garota você é muito folgada.
– Você também! – dei um sorriso artificial o fazendo rir.
– Tenho que ir pro galpão. – ele se levantou pegando a arma dele que estava na sala.
– A não, não Brian. – levantei correndo e o abracei por trás o impedindo de sair, já não bastava ficar o dia inteiro sozinha na casa do Justin ter que ficar aqui também ninguém merece. – Não quero ficar aqui sozinha. – falei manhosa.
– Caissy eu não posso ficar com você... Hoje eu tenho muitas coisas pra fazer.
– Então... Deixa eu ir com você?
– Não! Ta ficando louca?
– Ué por quê? Juro que vou me comportar e não vou te incomodar. Você nem vai notar que eu estou junto.
– Caissy não! Aquilo não é lugar para menina.
– Tudo bem... Prazer sou Beaver. – engrossei a voz para parecer homem.
– Como você é besta. – ele não conseguiu segurar o riso.
– Vai Brian deixa. – implorei mais um pouquinho.
– Ta bom, ta bom. – ele disse já sendo vencido pela minha chatice. Subi correndo e tomei um banho rápido e me arrumei rápido pois Brian estava realmente com pressa.
– Caissy vira um tumulo quando chegar ao galpão, não quero ouvir nada, você prometeu não atrapalhar então não atrapalhe. – estávamos no elevador e ele não parava de falar um monte de coisas acho que ele já estava se arrependendo de me levar.
– Ta bom Brian eu prometo. – disse entrando no carro quando ele destravou o alarme. - È longe? – perguntei ligando o som.
– Não muito... Rapidinho a gente chega lá. – ele saiu da garagem cantando pneu.
– Também você dirige feito louco. – o fiz rir, e isso me fez sorrir sozinha lembrando do Justin outro louco no volante.
– Do que você está rindo? – ele perguntou percebendo que eu pensava em algo além da nossa conversa.
– Nada...
– Bieber?
– Porque acha que estou pensando nele? – é como ele sabia disso?
– Sei lá. Você sorri feito boba apaixonada. – eu revirei os olhos.
–Claro que não. – sorri com vergonha.
– Você está gostando dele? – ele me fez silenciar, está ai uma ótima pergunta.
– Não sei.
– Não tem como não saber isso Caissy... Ou você gosta ou não gosta.
– E vai adiantar o que se eu gostar? – dei de ombro.
– Como assim vai adiantar oque?
– Todo mundo sabe que o coração dele só tem espaço para uma pessoa. E você sabe muito bem quem. Então se eu gosto ou não isso não vai fazer diferença. – ele voltou a prestar a atenção no caminho e ficou em silêncio.
– Talvez você esteja enganada sobre isso.
– Não... Não tem engano eu sei muito bem o que vejo nos olhos dele quando ela é citada.
– Não queria que você se machucasse.
– Não vou me machucar. – dei de ombros. – Isso não passa de uma aventura. – disse querendo mostrar que era forte e ele fez um silêncio, mas eu não era forte coisa nenhuma aquilo me machucava.
– Chegamos. – ele mudou de assunto, parando o carro do lado de um galpão, o lugar era deserto ali só tinha aquele galpão e muito mato em volta, aquilo era literalmente o fim do mundo.
– Esse lugar é muito escondido mesmo. – desci do carro e fiquei observando tudo o que tinha ali.
– Esse era o intuito não ser achados. – ele sorriu fraco.
– È vocês realmente estão se escondendo.
– Os caras vão me matar por você estar aqui. – ele disse com um tom arrependido depois pegou minha mão e saiu resmungando.
– Eae galera. – Brian entrou no galpão e eu estava escondida nas atrás dele.
– Fala ae Brian. – Chris e Chaz falaram juntos.
– Quem ta com você Brian? – Ryan surgiu de uma sala e perguntou notando algo atrás de Brian e eu sai sem graça de trás dele revelando que quem estava ali era eu.
– O que, que a Caissy está fazendo aqui? – Chaz perguntou confuso.
– Ela insistiu pra vir. – Brian disse inofensivo.
– Cara o Bieber vai te matar. – Chris colocou as mãos na cabeça com medo.
– Gente, o Justin não tem nada a ver com a minha vida. Eu estou na casa do Brian e eu quis vir com ele para não ficar sozinha lá e o Justin não tem nada a ver com isso. – falei quebrando o meu silêncio.
– Na casa do Brian? Ta fazendo o que lá mulher? – Chaz era o mais engraçado e o mais cagão eles tinha medo do Justin.
Fiquei sem graça não sabia o que responder eu não contaria o verdadeiro motivo por estar na casa do Brian, e Brian tomou a frente. – Eu a convidei pra passar um tempo comigo.
– E o Bieber achou o que disso? – Chris perguntou sério.
– Já disse ele não tem nada a ver com a minha vida então não tem que achar nada. – falei sendo um pouco rude.
– Eu aposto 500 pau que ele não concordou com isso. – Chaz disse lançando uma aposta.
– Eu não vou apostar nada... Já estou até vendo a confusão quando ele chegar. – Ryan disse voltando ao que ele estava fazendo.
– Vocês estão parecendo uns maricas cagando de medo dele. – me joguei em um sofá preto que tinha ali.
– Queria ganhar 500 paus... Mas ninguém vai apostar? – Chaz disse com um tom triste.
Eles balançaram a cabeça negativamente e ficaram com uma cara de que aquilo ia dar merda. O galpão era literalmente extraordinário, achei que era um galpão simples cheio de coisa velha onde eles faziam as coisas dele como eu costumo ver em filmes, mas não era um lugar cheio de computadores o negócio era todo equipado cheio de coisas diferente até carros tinha por ali e os meninos trabalhavam seriamente naquilo. Peguei o Celular do Brian e fiquei jogando, mas eu observava o que eles falavam.
– Brian na boa você é o maior barbeiro. – Chris disse.
– Eu? Por quê?
– Cara a gente teve que mandar a Mitsubishi eclipse, para fazer um checape na coitada.
– Eu ainda não consigo acreditar que você bateu aquela nave, estava toda equipada. – Ryan disse decepcionado.
– Definitivamente você não sabe dirigir Brian. – Chaz disse.
– Eu sou piloto de fuga, vocês têm é inveja. – Brian disse se gabando. – E falando nisso qual é o próximo carro?
– Ah papai esse é comigo eu que escolhi. – Ryan desenrolou um pôster de um carro laranja lindo.
– Um Toyota Supra turbo? – Brian, Chaz e Chris falaram juntos e surpresos.
– Isso mesmo e essa belezinha aqui tem... Sistema de óxido Nitroso de oxido de 100 Cavalos, Conversor de pressão de veio HKS, 544 Cavalos de potencia em 6.800 RPM e atinge a velocidade máxima de 296 km/h.
– Essa porra está todo equipado. – Brian disse quase tendo um ataque.
– E sem conta que ele atinge 0-60 km em 4,3 segundos; E 0-100 km em 9,2 segundos.
– Ual. Eu preciso de um carro desse meu irmão. – Chaz disse ainda boquiaberto, estava jogando o meu jogo quieta, mas estava prestando a atenção em tudo o que eles estavam falando.
– Qual será o carro que o Bieber vai dar fuga dessa vez? – Chris perguntou.
– Não sei ainda. Mas ele estava equipando um Honda S200 da ultima vez que falamos sobre os carros da fuga.
– Bieber também destrói com os carros que ele manda equipar.
– È. – Ryan concordou.
– Chris eu e você vamos juntos na simulação.
– Por quê? – Chris disse confuso.
– Porque você não quer que vá eu e o Bieber né? – Brian disse como se fosse obvio.
– Simulação pra que Brian? – me intrometi na conversa já tinha cansado daquele jogo bobo.
Ele me deu uma olhada, eu tinha prometido ficar quieta. – A gente faz uma simulação do roubo em um prédio com a mesma estrutura que o banco antes de atacar.
– Vocês são uns criminosos com muita tecnologia sabia? – disse e eles riram.
– E você é muito curiosa. – dei a língua pro Brian.
Escutei a porta batendo e quando todos nós olhamos era o Justin, senti o meu sangue gelar e as batidas do meu coração aumentarem em vê-lo ali. Ele tirou os óculos e fez uma cara nada boa quando me viu, ai como ele estava lindo com aquela roupa.
– O que você está fazendo aqui? – ele estava com aquele olhar de fúria e mostrava muita irritação em sua voz.
– Eu disse que ia dar merda. – Chaz soltou essa.
– Eu estou aqui conversando não está vendo?
– Conversando? – ele disse mudando o tom da sua voz para agressivo.
– Não lembro quando foi que eu comecei a dar satisfação da minha vida para você. – disse no mesmo tom que ele.
– O filho da puta o que a Cassidy está fazendo aqui? – ele me ignorou e fuzilou o Brian.
– O Justin! – gritei e tomei a frente não deixando Brian responder se não iria começar outra briga. – Para de ser ridículo eu estou aqui por que eu quero e você não tem nada a ver com isso.
– Eu quero você fora daqui agora. – ele disse com ódio.
– Eu não vou fazer isso só porque você mandou. – retruquei
– Ah vai. – ele pegou no meu braço o apertando forte e tentando me arrastar, notei Brian vindo pra cima dele, mas os garotos o impediram. – Você vai embora comigo nem que eu tenha que te arrastar.
– Ta bom, ta bom. – eu me rendi, para não gerar uma confusão pior, o que eu queria mesmo era impedir o maior número de briga possível entre os dois. – Eu vou com você, mas não é porque você mandou e sim para evitar confusões. – lancei um olhar de conforto para o Brian que estava quase voando em cima do Justin.
Deixei os meninos lá dentro acalmando o Brian e sai pra fora do galpão com o Justin.
– Cara qual é a sua? – falei nervosa.
– Qual é a minha? Eu que te pergunto isso Caralho.
– Meu você me bateu coisa que nem a minha própria mãe fez. E agora você vem querer me dar ordens? O que você tem na cabeça?
– Vai ver que é por isso que você é assim nunca tomou uns bons tapas para aprender.
– Não sou saco de pancada, e garanto que o que eu tinha para aprender, já aprendi com a vida e não há lição melhor que essa.
– Eae como foi à noite na casa do Brian? Deu muito prazer pra ele? Ou ele não conseguiu fazer você gemer como eu consigo? – ele mudou de assunto e começou a me insultar.
– Olha como você é patético. – balancei a cabeça indignada o repugnando. Escorei o meu corpo em um dos carro que tinha parado ali.
– Patético? Cassidy você dorme comigo em uma noite e na outra revela que transa com o Brian... Tem certeza que o patético sou eu? Você acha que eu estou me sentindo como em saber isso? – gritávamos feitos loucos.
– Não sei como você está se sentindo. Mas não é nada comparado, a saber, que você gosta de outra e quando transa comigo tudo não passa de prazer e diversão. Porque mesmo você não a tendo, sempre vai pertencer a ela. – falei com a voz firme sem mostrar nem um tom de fraqueza em minha voz, mas eu estava desmoronando por dentro.
– Cassidy. – ele murmurou.
– O que eu sou pra você? – alterei a voz e ele ficou em silêncio. –Pode falar não passo de mais um sexo fácil na sua vida não é?
– Você está ficando maluca... Estamos brigando feito um casal e nem temos nada.
– È talvez esse seja o erro. Eu nos vejo juntos e penso em algo a mais, mas para você isso não é nada. E sua única preocupação é que eu estou transando com o seu inimigo.
– E está? – ele ergueu a sobrancelha.
Eu ri sendo irônica. – Você acha mesmo que o Brian teria coragem de ter alguma coisa comigo? – perguntei ficando séria novamente.
– Não sei ele é homem e você já provou para mim que não é santa.
– Independente de ele ser homem ou não ele me respeita e me trata como irmã. È verdade não sou santa, mas também não sou nenhuma vadia porque o único homem que eu transei em toda a minha vida foi só você. E eu estou me arrependendo amargamente disso porque você mesmo está me provando que é um grande imbecil e que eu fui uma idiota em ter me deitado com você. – ele ficou parado me olhando sem expressão e nem reação.
Ele deu dois passos saindo achei que ele iria me deixar falando, mas depois ele voltou e disse: - Desculpa. – foi um sussurro muito baixo que quase nem ouvi. Eu tinha um pouco de culpa no que ele fez a final eu que provoquei tudo falando aquele monte de merda, mas isso não justifica o que ele fez.
– Você tem que controlar mais esse seu jeito impulsivo. Porque não é simples assim nem sempre desculpa vai consertar as merdas que você faz e fala. – disse séria baixando um pouco a guarda e olhando no fundo dos olhos dele. – Se você tem algum tipo de consideração por mim se controla porque se não você vai me perder.
Ele deu um sorriso de canto e me puxou pelo cós da caça me levando pra junto dele. – Me desculpa, eu fui um grande imbecil. – ele tentou me dar um beijo, mas eu virei o rosto.
– Você não sabe mesmo controlar esse seu jeito né. – o que eu tinha falado não valeu de nada porque lá estava ele de novo agindo por impulso tentando me beijar.
– Então me ensina como eu tenho que ser. – ele disse com uma cara de anjinho que fiquei com vontade de rir.
Dei um sorriso. – Não faça eu me arrepender disso. – falei com a voz fraca e já perdendo o controle sobre minhas ações.
– Você nunca se arrependeu em relação a mim. – ele segurou meu rosto e começamos a nos beijar. Um beijo de saudade, vontade e desejo. Já estava me esquecendo de onde estávamos e o que tinha acontecido, já estava quase sem a blusa.
– Justin. – afastei o beijo. – Para, para, para. – o empurrei para ter o controle sobre mim novamente.
– O que foi? – ele disse confuso.
– Não estamos em um lugar adequado.
– Podemos ir pra um se você quiser. – ele me agarrou de novo sorrindo.
– Não... Vamos voltar lá pra dentro.
– Não eu não quero ficar aqui vou resolver minhas coisas longe daqui. Você vem comigo ou eu te busco depois?
– Agora eu estou na casa do Brian...
Ele revirou os olhos. – Você não vai ficar na casa do Brian.
– Já disse que você não manda na minha vida.
– Caissy para com isso... Seu lugar é lá em casa. A minha mãe te deixou lá em casa.
– Eu sei.
– Volta pra casa, não faz sentido você ficar na casa do Brian. – ele disse olhando nos meus olhos e sendo muito convincente.
– Ta vou conversa com o Brian e depois ele me deixa lá. Mas não estou fazendo isso porque você quer isso é pela a sua mãe porque ela me deixou na sua casa e não quero a preocupar com nada. – ele sorriu.
– Não quero você aqui nesse lugar.
– Você não tem que querer nada. – retruquei.
– Manda o Brian te levar embora, aqui não é lugar para você. – ele me deu um selinho e depois entrou no carro e foi embora.
Voltei pra dentro do galpão com um sorriso bobo no rosto Justin não merecia eu sei, mas eu não conseguia ficar sem ele era uma necessidade louca e compulsiva de ficar com ele parecia que ele tinha mais controle sobre do que eu mesma, fui uma idiota eu sei, mas ele era irresistível sei também que desculpa não conserta nada do que ele fez, mas não conseguir me controlar. Me deparei com o Brian encostado em uma mesa com os polegares dentro do bolso da calça e não estava com uma cara nada boa.
– Vejo que ele te levou no papo facinho, outra vez. – Brian disse sendo um pouco rude.
– Cheguei antes de você colocar o veneno na comida. – sentei-me à mesa linda de café da manhã que ele tinha preparado.
– Que Droga Caissy. Você realmente me pegou. – ele me serviu com a panqueca. – Você dorme muito.
– E você é chato. – dei a língua.
– Essa hora já era pra estarmos almoçando.
– Mas eu sou diferente então vamos tomar café.
– Vai esfriar sua panqueca. – ele apontou o meu prato.
– Prova primeiro não confio em você. – o fiz provar a panqueca antes de comer.
– Ai meu coração. – ele se jogou no chão fingindo um ataque.
– Ta Brian levanta dai, para de palhaçada. – comecei a comer e ele se levantou rindo.
– Estou vendo uma cara de choro? – ele disse e eu abaixei o olhar. – Quer me contar o que você tem? – ele se juntou a mim na mesa
– Não... Não é nada. Nada do que valha a pena. – respondi, confusa.
– Tem certeza? – ele perguntou preocupado.
– Tenho. – sorri forçadamente. Não gosto de compartilhar minhas fraquezas não gosto de me abrir assim com as pessoas o meu orgulho sempre fala mais alto do que qualquer coisa, por mais que eu e ele somos amigos não eu não contaria para ele o que eu estava sentindo, odiaria ver surgi uma cara de pena no rosto dele em relação a mim.
– Você dificultou minha vida agora. – ele mudou de assunto.
– Eu? por quê?
– Como minhas convidadas vão vir aqui sendo que agora você está aqui em casa. – ele parecia triste com esse fato.
– Já ouviu falar de um lugar chamado motel? – falei o fazendo rir.
– Garota você é muito folgada.
– Você também! – dei um sorriso artificial o fazendo rir.
– Tenho que ir pro galpão. – ele se levantou pegando a arma dele que estava na sala.
– A não, não Brian. – levantei correndo e o abracei por trás o impedindo de sair, já não bastava ficar o dia inteiro sozinha na casa do Justin ter que ficar aqui também ninguém merece. – Não quero ficar aqui sozinha. – falei manhosa.
– Caissy eu não posso ficar com você... Hoje eu tenho muitas coisas pra fazer.
– Então... Deixa eu ir com você?
– Não! Ta ficando louca?
– Ué por quê? Juro que vou me comportar e não vou te incomodar. Você nem vai notar que eu estou junto.
– Caissy não! Aquilo não é lugar para menina.
– Tudo bem... Prazer sou Beaver. – engrossei a voz para parecer homem.
– Como você é besta. – ele não conseguiu segurar o riso.
– Vai Brian deixa. – implorei mais um pouquinho.
– Ta bom, ta bom. – ele disse já sendo vencido pela minha chatice. Subi correndo e tomei um banho rápido e me arrumei rápido pois Brian estava realmente com pressa.
– Caissy vira um tumulo quando chegar ao galpão, não quero ouvir nada, você prometeu não atrapalhar então não atrapalhe. – estávamos no elevador e ele não parava de falar um monte de coisas acho que ele já estava se arrependendo de me levar.
– Ta bom Brian eu prometo. – disse entrando no carro quando ele destravou o alarme. - È longe? – perguntei ligando o som.
– Não muito... Rapidinho a gente chega lá. – ele saiu da garagem cantando pneu.
– Também você dirige feito louco. – o fiz rir, e isso me fez sorrir sozinha lembrando do Justin outro louco no volante.
– Do que você está rindo? – ele perguntou percebendo que eu pensava em algo além da nossa conversa.
– Nada...
– Bieber?
– Porque acha que estou pensando nele? – é como ele sabia disso?
– Sei lá. Você sorri feito boba apaixonada. – eu revirei os olhos.
–Claro que não. – sorri com vergonha.
– Você está gostando dele? – ele me fez silenciar, está ai uma ótima pergunta.
– Não sei.
– Não tem como não saber isso Caissy... Ou você gosta ou não gosta.
– E vai adiantar o que se eu gostar? – dei de ombro.
– Como assim vai adiantar oque?
– Todo mundo sabe que o coração dele só tem espaço para uma pessoa. E você sabe muito bem quem. Então se eu gosto ou não isso não vai fazer diferença. – ele voltou a prestar a atenção no caminho e ficou em silêncio.
– Talvez você esteja enganada sobre isso.
– Não... Não tem engano eu sei muito bem o que vejo nos olhos dele quando ela é citada.
– Não queria que você se machucasse.
– Não vou me machucar. – dei de ombros. – Isso não passa de uma aventura. – disse querendo mostrar que era forte e ele fez um silêncio, mas eu não era forte coisa nenhuma aquilo me machucava.
– Chegamos. – ele mudou de assunto, parando o carro do lado de um galpão, o lugar era deserto ali só tinha aquele galpão e muito mato em volta, aquilo era literalmente o fim do mundo.
– Esse lugar é muito escondido mesmo. – desci do carro e fiquei observando tudo o que tinha ali.
– Esse era o intuito não ser achados. – ele sorriu fraco.
– È vocês realmente estão se escondendo.
– Os caras vão me matar por você estar aqui. – ele disse com um tom arrependido depois pegou minha mão e saiu resmungando.
– Eae galera. – Brian entrou no galpão e eu estava escondida nas atrás dele.
– Fala ae Brian. – Chris e Chaz falaram juntos.
– Quem ta com você Brian? – Ryan surgiu de uma sala e perguntou notando algo atrás de Brian e eu sai sem graça de trás dele revelando que quem estava ali era eu.
– O que, que a Caissy está fazendo aqui? – Chaz perguntou confuso.
– Ela insistiu pra vir. – Brian disse inofensivo.
– Cara o Bieber vai te matar. – Chris colocou as mãos na cabeça com medo.
– Gente, o Justin não tem nada a ver com a minha vida. Eu estou na casa do Brian e eu quis vir com ele para não ficar sozinha lá e o Justin não tem nada a ver com isso. – falei quebrando o meu silêncio.
– Na casa do Brian? Ta fazendo o que lá mulher? – Chaz era o mais engraçado e o mais cagão eles tinha medo do Justin.
Fiquei sem graça não sabia o que responder eu não contaria o verdadeiro motivo por estar na casa do Brian, e Brian tomou a frente. – Eu a convidei pra passar um tempo comigo.
– E o Bieber achou o que disso? – Chris perguntou sério.
– Já disse ele não tem nada a ver com a minha vida então não tem que achar nada. – falei sendo um pouco rude.
– Eu aposto 500 pau que ele não concordou com isso. – Chaz disse lançando uma aposta.
– Eu não vou apostar nada... Já estou até vendo a confusão quando ele chegar. – Ryan disse voltando ao que ele estava fazendo.
– Vocês estão parecendo uns maricas cagando de medo dele. – me joguei em um sofá preto que tinha ali.
– Queria ganhar 500 paus... Mas ninguém vai apostar? – Chaz disse com um tom triste.
Eles balançaram a cabeça negativamente e ficaram com uma cara de que aquilo ia dar merda. O galpão era literalmente extraordinário, achei que era um galpão simples cheio de coisa velha onde eles faziam as coisas dele como eu costumo ver em filmes, mas não era um lugar cheio de computadores o negócio era todo equipado cheio de coisas diferente até carros tinha por ali e os meninos trabalhavam seriamente naquilo. Peguei o Celular do Brian e fiquei jogando, mas eu observava o que eles falavam.
– Brian na boa você é o maior barbeiro. – Chris disse.
– Eu? Por quê?
– Cara a gente teve que mandar a Mitsubishi eclipse, para fazer um checape na coitada.
– Eu ainda não consigo acreditar que você bateu aquela nave, estava toda equipada. – Ryan disse decepcionado.
– Definitivamente você não sabe dirigir Brian. – Chaz disse.
– Eu sou piloto de fuga, vocês têm é inveja. – Brian disse se gabando. – E falando nisso qual é o próximo carro?
– Ah papai esse é comigo eu que escolhi. – Ryan desenrolou um pôster de um carro laranja lindo.
– Um Toyota Supra turbo? – Brian, Chaz e Chris falaram juntos e surpresos.
– Isso mesmo e essa belezinha aqui tem... Sistema de óxido Nitroso de oxido de 100 Cavalos, Conversor de pressão de veio HKS, 544 Cavalos de potencia em 6.800 RPM e atinge a velocidade máxima de 296 km/h.
– Essa porra está todo equipado. – Brian disse quase tendo um ataque.
– E sem conta que ele atinge 0-60 km em 4,3 segundos; E 0-100 km em 9,2 segundos.
– Ual. Eu preciso de um carro desse meu irmão. – Chaz disse ainda boquiaberto, estava jogando o meu jogo quieta, mas estava prestando a atenção em tudo o que eles estavam falando.
– Qual será o carro que o Bieber vai dar fuga dessa vez? – Chris perguntou.
– Não sei ainda. Mas ele estava equipando um Honda S200 da ultima vez que falamos sobre os carros da fuga.
– Bieber também destrói com os carros que ele manda equipar.
– È. – Ryan concordou.
– Chris eu e você vamos juntos na simulação.
– Por quê? – Chris disse confuso.
– Porque você não quer que vá eu e o Bieber né? – Brian disse como se fosse obvio.
– Simulação pra que Brian? – me intrometi na conversa já tinha cansado daquele jogo bobo.
Ele me deu uma olhada, eu tinha prometido ficar quieta. – A gente faz uma simulação do roubo em um prédio com a mesma estrutura que o banco antes de atacar.
– Vocês são uns criminosos com muita tecnologia sabia? – disse e eles riram.
– E você é muito curiosa. – dei a língua pro Brian.
Escutei a porta batendo e quando todos nós olhamos era o Justin, senti o meu sangue gelar e as batidas do meu coração aumentarem em vê-lo ali. Ele tirou os óculos e fez uma cara nada boa quando me viu, ai como ele estava lindo com aquela roupa.
– O que você está fazendo aqui? – ele estava com aquele olhar de fúria e mostrava muita irritação em sua voz.
– Eu disse que ia dar merda. – Chaz soltou essa.
– Eu estou aqui conversando não está vendo?
– Conversando? – ele disse mudando o tom da sua voz para agressivo.
– Não lembro quando foi que eu comecei a dar satisfação da minha vida para você. – disse no mesmo tom que ele.
– O filho da puta o que a Cassidy está fazendo aqui? – ele me ignorou e fuzilou o Brian.
– O Justin! – gritei e tomei a frente não deixando Brian responder se não iria começar outra briga. – Para de ser ridículo eu estou aqui por que eu quero e você não tem nada a ver com isso.
– Eu quero você fora daqui agora. – ele disse com ódio.
– Eu não vou fazer isso só porque você mandou. – retruquei
– Ah vai. – ele pegou no meu braço o apertando forte e tentando me arrastar, notei Brian vindo pra cima dele, mas os garotos o impediram. – Você vai embora comigo nem que eu tenha que te arrastar.
– Ta bom, ta bom. – eu me rendi, para não gerar uma confusão pior, o que eu queria mesmo era impedir o maior número de briga possível entre os dois. – Eu vou com você, mas não é porque você mandou e sim para evitar confusões. – lancei um olhar de conforto para o Brian que estava quase voando em cima do Justin.
Deixei os meninos lá dentro acalmando o Brian e sai pra fora do galpão com o Justin.
– Cara qual é a sua? – falei nervosa.
– Qual é a minha? Eu que te pergunto isso Caralho.
– Meu você me bateu coisa que nem a minha própria mãe fez. E agora você vem querer me dar ordens? O que você tem na cabeça?
– Vai ver que é por isso que você é assim nunca tomou uns bons tapas para aprender.
– Não sou saco de pancada, e garanto que o que eu tinha para aprender, já aprendi com a vida e não há lição melhor que essa.
– Eae como foi à noite na casa do Brian? Deu muito prazer pra ele? Ou ele não conseguiu fazer você gemer como eu consigo? – ele mudou de assunto e começou a me insultar.
– Olha como você é patético. – balancei a cabeça indignada o repugnando. Escorei o meu corpo em um dos carro que tinha parado ali.
– Patético? Cassidy você dorme comigo em uma noite e na outra revela que transa com o Brian... Tem certeza que o patético sou eu? Você acha que eu estou me sentindo como em saber isso? – gritávamos feitos loucos.
– Não sei como você está se sentindo. Mas não é nada comparado, a saber, que você gosta de outra e quando transa comigo tudo não passa de prazer e diversão. Porque mesmo você não a tendo, sempre vai pertencer a ela. – falei com a voz firme sem mostrar nem um tom de fraqueza em minha voz, mas eu estava desmoronando por dentro.
– Cassidy. – ele murmurou.
– O que eu sou pra você? – alterei a voz e ele ficou em silêncio. –Pode falar não passo de mais um sexo fácil na sua vida não é?
– Você está ficando maluca... Estamos brigando feito um casal e nem temos nada.
– È talvez esse seja o erro. Eu nos vejo juntos e penso em algo a mais, mas para você isso não é nada. E sua única preocupação é que eu estou transando com o seu inimigo.
– E está? – ele ergueu a sobrancelha.
Eu ri sendo irônica. – Você acha mesmo que o Brian teria coragem de ter alguma coisa comigo? – perguntei ficando séria novamente.
– Não sei ele é homem e você já provou para mim que não é santa.
– Independente de ele ser homem ou não ele me respeita e me trata como irmã. È verdade não sou santa, mas também não sou nenhuma vadia porque o único homem que eu transei em toda a minha vida foi só você. E eu estou me arrependendo amargamente disso porque você mesmo está me provando que é um grande imbecil e que eu fui uma idiota em ter me deitado com você. – ele ficou parado me olhando sem expressão e nem reação.
Ele deu dois passos saindo achei que ele iria me deixar falando, mas depois ele voltou e disse: - Desculpa. – foi um sussurro muito baixo que quase nem ouvi. Eu tinha um pouco de culpa no que ele fez a final eu que provoquei tudo falando aquele monte de merda, mas isso não justifica o que ele fez.
– Você tem que controlar mais esse seu jeito impulsivo. Porque não é simples assim nem sempre desculpa vai consertar as merdas que você faz e fala. – disse séria baixando um pouco a guarda e olhando no fundo dos olhos dele. – Se você tem algum tipo de consideração por mim se controla porque se não você vai me perder.
Ele deu um sorriso de canto e me puxou pelo cós da caça me levando pra junto dele. – Me desculpa, eu fui um grande imbecil. – ele tentou me dar um beijo, mas eu virei o rosto.
– Você não sabe mesmo controlar esse seu jeito né. – o que eu tinha falado não valeu de nada porque lá estava ele de novo agindo por impulso tentando me beijar.
– Então me ensina como eu tenho que ser. – ele disse com uma cara de anjinho que fiquei com vontade de rir.
Dei um sorriso. – Não faça eu me arrepender disso. – falei com a voz fraca e já perdendo o controle sobre minhas ações.
– Você nunca se arrependeu em relação a mim. – ele segurou meu rosto e começamos a nos beijar. Um beijo de saudade, vontade e desejo. Já estava me esquecendo de onde estávamos e o que tinha acontecido, já estava quase sem a blusa.
– Justin. – afastei o beijo. – Para, para, para. – o empurrei para ter o controle sobre mim novamente.
– O que foi? – ele disse confuso.
– Não estamos em um lugar adequado.
– Podemos ir pra um se você quiser. – ele me agarrou de novo sorrindo.
– Não... Vamos voltar lá pra dentro.
– Não eu não quero ficar aqui vou resolver minhas coisas longe daqui. Você vem comigo ou eu te busco depois?
– Agora eu estou na casa do Brian...
Ele revirou os olhos. – Você não vai ficar na casa do Brian.
– Já disse que você não manda na minha vida.
– Caissy para com isso... Seu lugar é lá em casa. A minha mãe te deixou lá em casa.
– Eu sei.
– Volta pra casa, não faz sentido você ficar na casa do Brian. – ele disse olhando nos meus olhos e sendo muito convincente.
– Ta vou conversa com o Brian e depois ele me deixa lá. Mas não estou fazendo isso porque você quer isso é pela a sua mãe porque ela me deixou na sua casa e não quero a preocupar com nada. – ele sorriu.
– Não quero você aqui nesse lugar.
– Você não tem que querer nada. – retruquei.
– Manda o Brian te levar embora, aqui não é lugar para você. – ele me deu um selinho e depois entrou no carro e foi embora.
Voltei pra dentro do galpão com um sorriso bobo no rosto Justin não merecia eu sei, mas eu não conseguia ficar sem ele era uma necessidade louca e compulsiva de ficar com ele parecia que ele tinha mais controle sobre do que eu mesma, fui uma idiota eu sei, mas ele era irresistível sei também que desculpa não conserta nada do que ele fez, mas não conseguir me controlar. Me deparei com o Brian encostado em uma mesa com os polegares dentro do bolso da calça e não estava com uma cara nada boa.
– Vejo que ele te levou no papo facinho, outra vez. – Brian disse sendo um pouco rude.
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