É com você que eu estou
Meu coração estava apertado, meu
estômago, embrulhando. Pude ver aqueles cabelos loiros voarem no vento
me afrontando, estremeci! Os braços do Justin me apertaram, parecia que
ele iria desmoronar, havia dentro de mim uma confusão interna impossível
de explicar. Fomos pegos de surpresa nunca na minha vida eu iria
imaginar encontrar com ela, não daquele jeito. Não queria que o dia da
celebração se tornasse o dia da tortura, mas aquilo seria mais doloroso
do que eu imaginava. Logo agora que o Justin me passava confiança sobre o
que ele dizia, logo agora que os olhos dele me mostravam que eu
realmente era importante. É normal que minha mente fosse tomada por
pensamento terríveis e cruéis, e sim eu teria que ser mais forte e não
demonstrar que eles me
perturbavam.
POV Justin
Sempre soube que ela voltaria pra casa, mas agora eu já não queria mais isso. Me senti abalado por ter a pessoa que eu mais amei de volta e sentir medo. Medo por ter aquela vida de volta, medo por perder a vida que eu estava tendo. Por mais que ela quisesse o melhor para ela, na época eu era egoísta não aceitava ficar longe dela, mas hoje eu tenho alguém que me faz melhor, alguém que faz as pequenas coisas se tornarem grandiosas para mim. Senti minha cabeça latejar, parecia que tinha uma caixa de som controlando as batidas dentro de mim. Senti o corpo da Caissy enrijecer em baixo do meu braço. Não queria demonstrar emoção, mas era impossível. A Alexia marcou muito a minha vida, mas nesse momento eu queria só uma mulher do meu lado, a Caissy, não foi fácil para eu a ver entrar pela porta e tirar aquele capacete depois de tudo o que aconteceu, mas de uma coisa eu sei não vou errar é a Caissy que eu quero. O meu passado já tinha morrido.
– Alexia. – Brian gritou e se deslocou com velocidade de onde ele estava. E a abraçou a erguendo.
– Brian. – ela gritava feliz e aquele parecia mais um dos meus sonhos. Pisquei os olhos com força não eu não estava sonhando ela estava ali.
– Alexia? – Chris disse incrédulo. Cada vez que ouvia o nome dela sentia uma dor rachar meu cérebro.
–Caralho! – Chaz falou surpreso. – Como você está gostosa. – ele a abraçou e a ergueu.
Estava atordoado, não queria sentir aquilo. Mas meu coração estava disparado e minha boca estava seca.
– Justin. – a Caissy me tirou dos devaneios. – Justin você está bem?
– Tô. – demorei um pouco para responder. – E você está bem? – perguntei, e enfiei a cabeça no ombro dela sentindo o cheiro doce e sutil que os cabelos dela tinham.
– Humhum. – ela respondeu sem muito animo.
Senti as coisas piorarem quando Alexia se. Caissy deu uma leve afastada.
– Que saudade de vocês. – ela veio na minha direção sorrindo. Em outros tempos daria o mundo para ver aquele sorriso de volta, mas agora eu só queria estar longe daquilo tudo.
– Oi Justin. – ela sorriu sem graça. – Estava com saudade de você também. – ela se precipitou e me abraçou.
– Oi Alexia. – respondi ainda muito estagnado e me afastei do abraço.
– Como você está? – ela estava diferente. Isso poderia ser notado só em olha-la no jeito de se vestir, o olhar não era mais o mesmo. Olhei para Caissy e ela estava serena não tinha expressão no rosto, só estava a observar aquilo tudo.
– Tô bem. – um silêncio pairou e ela ficou me encarando– Essa é a Cassidy. – quebrei o silêncio. – Minha namorada. – trouxe a Caissy para perto de mim.
Ela olhou a Caissy por um tempo sem dizer nada.
– Oi. – ela falou simpática e beijou o rosto dela.
– Oi. – Caissy respondeu com um sorriso lindo no rosto.
– Já terminaram de contar essa porra? – fugi da conversa indo para a mesa onde estava o dinheiro
POV Caissy.
Mas é claro que eu não estava bem. Na noite em que ele diz que me ama por um acaso a Alexia o amor de perdição dele volta. Será que tem alguém contra mim lá em cima? Vou ser forte como sempre fui em toda minha vida, não vou deixar que duvidas e incertezas atrapalhe o que eu sinto por ele e nem o que ele sente por mim. Ela foi sim um grande amor pra ele, mas eu não estava disposta a entregar tudo de bandeja para ela. Não sei como seria a nossa relação, mas pra mim não mudaria nada, pois eu sempre vou amar ele.
Os meninos se divertiam contando o dinheiro e estava parada com os braços cruzados encostada no sofá viajando. E a Alexia sentado no sofá ao meu lado começou a puxar assunto.
– Você e o Justin estão juntos há quanto tempo? – ela perguntou forçando simpatia.
– Já faz um tempinho. – dei um sorriso amarelo.
– Se conheceram aonde? – ela estava tentando puxar assunto, mas eu não me sentia tão confortável em falar do meu relacionamento logo com ela.
– Na casa dele.
– Na casa dele? – ela arqueou as sobrancelhas.
– Sou sobrinha de consideração da Pattie.
– Hum... Namoro arranjado para amenizar o sofrimento do Justin? – olhei para ela com uma expressão bem sínica.
– É pode ser. – dei de ombro dando um sorriso falso. – Mas acho que eu cumpri o meu dever. – ela acompanhou o meu olhar quando o Justin me mandou um beijo ele estava ajudando os meninos. Ela me fuzilou e sutilmente estávamos trocando farpas. É a minha convivência com ela não seria nada boa.
– Estava com tanta saudade disso aqui. – ela disse mudando de assunto e examinando o galpão.
Dei um sorriso. – Porque não voltou antes?
– Tinha coisas importantes para fazer. – ela respondeu com tanta seriedade.
– Hum. – respondi sem assunto.
– Mas agora. – ela molhou os lábios e se levantou parando em minha frente de forma que só eu via o que ela fazia. – Agora eu já voltei. – a voz tinha mudado de angelical para um tom ameaçador. – Voltei para ter a minha vida de volta. – ela disse como um aviso e depois saiu indo até os meninos sem me dar tempo para resposta. Ter a vida dela de volta? Franzi o cenho tentando entender se era isso mesmo o que ela quis dizer.
– Ai meu deus. – bufei e falei pensando um pouco alto.
– Eae o que você estão fazendo? – Alexia falou se juntando aos meninos.
– Contando as verdinhas. – Chris disse feliz.
– Não acredito acabaram de fazer outro roubo? – ela falou empolgada. – Eu deveria ter chagado mais cedo...
– Aqui tem cerca de 164,7 milhões de dollars. – Justin cortou o que Alexia dizia. – Pode dividir três pilhas para cada um que vai dar aproximadamente 32,94 milhões pra cada um.
– Demoro! – Ryan separou as pilhas dele. – E as obras Justin?
– Deixa com o Chaz. – Justin já estava guardando o dinheiro na mala dele. – Depois vamos vender em leilão alto. – ele falou sério.
– Leilão alto? Isso é perigoso Justin. – Chris falou. – Isso pode colocar os federais na nossa cola.
– Eu não peguei isso para vender em leilão baixo, vou vender em leilão alto. – ele pegou a mala e saiu do galpão.
Colocaram os carros que usaram no roubo dentro do galpão iriam queimar tudo para não sobrar provas e nem vestígios, eles planejaram os primeiros roubos ali, mas agora teriam que achar outro lugar, pois foram descobertos e ali já não era tão seguro quanto antes. Chris e Brian já tinham trocado de roupa estávamos todos do lado de fora do galpão só esperando o Justin. Eu estava com o corpo escorado no capô da Ranger Rover mexendo no celular. Quando o Justin saiu do galpão com a jaqueta na mão dei um sorriso e ele veio até mim.
– Segura pra mim? – ele me entregou a jaqueta e foi pegar algo dentro do carro. Brian estava com uma garrafa de bebida na mão quando o Justin saiu com outra de dentro do carro e uma folha na mão.
Brian abriu a garrafa e enrolou um papel colocando na boca da garrafa.
– Ô Chris cadê o isqueiro? – Brian perguntou e Chris jogou o isqueiro para ele. Depois ele acendeu a ponta do papel que em segundos a chama se espalhou. Ele arremessou a garrafa dentro do galpão. E depois de um tempo uma chama subiu e a garrafa tinha explodido. Todos olhavam as primeiras chamas se espalharem ali.
Justin começou a fazer a mesma coisa que o Brian.
– Caissy vem cá! – ele falou já pronto pra colocar fogo na garrafa. Coloquei a jaqueta dele em cima do carro e o celular no bolso e me aproximei dele. – Acende. – ele me entregou o isqueiro.
Demorei um pouco para entender, mas acendi a garrafa. Vi o fogo começar a pegar no papel. Ele me puxou pra perto dele e segurou a garrafa um pouco longe de nossos corpos.
– Eu amo você! – ele me deu um beijo rápido e passou a mão livre em volta do meu pescoço. – E é com você que eu estou! – o braço dele ainda estava em volta do meu pescoço quando ele arremessou a garrafa incendiando outra parte do galpão. Acho que aquilo foi um jeito dele me dizer que para não ficar insegura em relação à Alexia. Abracei-o com força e escutei os batimentos do coração dele.
– Ae casal. – Ryan chamou nossa atenção, e eu e Justin nos viramos para ver o que ele queria. – Demoro ir lá pra casa? – Justin voltou a me olhar e nossos narizes se esbarraram.
– Quer ir? – ele falou em um sussurro.
– Você que sabe. – dei de ombros pra mim não fazia diferença. As chamas do galpão estavam crescendo, e uma explosão nos assustou, o fogo devia ter chegado a algum carro. Dei um pequeno pulo de susto e o Justin riu.
– Ae Ryan a gente vai sim. – Justin deu a volta e entrou no carro e depois eu entrei. A moto da Alexia passou por nós, e nossa ela corria feito louca.
Os carros dos meninos estavam indo na frente e eu e Justin logo atrás.
A casa do Ryan para a surpresa de todos nós era outra mansão diferente da casa do Justin não era cheia de seguranças, tinha alguns, mas era tudo moderado.
Estávamos do lado de fora da casa na área externa da piscina, os meninos estavam bebendo, mas eu permaneci só tomando coca. Justin estava de pé atrás de mim encostado em um corrimão com uma das mãos na minha cintura e a outra segurando o seu copo, meu corpo estava relaxado escorado no dele.
– Vou comprar o meu jatinho agora. – Chaz disse feliz.
– Tô pensando seriamente em mudar de casa. – Ryan disse e eu notei o Brian com o pensamento longe.
– E você Brian? – chamei a atenção dele. –Você vai fazer o que com o seu dinheiro?
– Ainda não sei. – ele se levantou ficando mais próximo da alexia. – Mas o que eu quero agora é curtir um tempo com a minha irmãzinha. – ele abraçou a Alexia de forma carinhosa e eu senti uma eletricidade de ciúmes passar sobre mim.
– Eu estava com tanta saudade de vocês. – Alexia estava sentada em uma cadeira próximo a mim e eu Justin. Eu entortei um pouco o nariz, agora eu teria que dividir o meu lugar com ela? Eu era a única garota no meio deles antes.
– Também senti muito sua falta Alexia. – Chaz disse abrindo uma cerveja e enchendo o copo do Chris, ela sorriu mandando um beijo para ele. O engraçado era ver o Justin ele estava sendo tão indiferente, parecia que não estava nem ai com a presença dela vi os dois trocando algumas palavras, mas só isso, ele estava distante, muito distante dela.
– Justin. – Alexia chamou e eu senti meu corpo enrijecer. – E a sogrinha? – todos viraram a cabeça no mesmo minuto olhando ela incrédulos. – Digo a Pattie. – ela sorriu sem graça. – Como ela está?
– Tá bem! – Justin foi seco não demostrando nenhum tipo de emoção. E eu conhecia bem aquela voz de quando ele não queria assunto.
– Preciso fazer uma visitinha agora que eu voltei. – não sei o que é, mas o meu santo não bateu com o dela. Sei que já tinha implicância e ciúmes dela bem antes de conhecer, mas o jeito dela não me convenceu muito.
– Ela está no Canadá, cuidando da minha vó. – a voz dele parecia não ter muito animo em responder ela.
– Meu deus! – ela falou chocada. – O que a vovó tem? – ela estava era a fim de puxar mais assunto isso sim.
– Alzheimer. – ele foi seco e grosso novamente. – Chaz traz outra cerveja pra mim? - Justin pediu outra cerveja cortando completamente o assunto com ela. Ele me virou para ele e eu sorri, ele abriu um pouco as pernas e eu me encaixei no meio delas ficando ainda encostada nele, só que de frente. Todos estavam conversando enquanto ele mordia a maçã do meu rosto.
– Eu queria estar em casa. – ele disse ainda brincando com o meu rosto
– Ae JB. – Chaz chamou o Justin, depois se aproximou e encheu o copo dele.
– Valeu. – ele falou pro Chaz que saiu com o resto da cerveja na mão.
– Eu não sei dirigir. – falei para ele que já estava no terceiro copo porque o primeiro foi de Whisky.
– Ainda tenho todos os meus sentindos. – ele falou em um tom brincalhão.
– Espero. Não estou a fim de morrer antes de conhecer um motel. – ele riu.
– Você ainda quer ir pra um motel? – ele perguntou sorrindo.
– Lógico! – dei um beijo rápido nele. – Você me assanhou, não tinha vontade em conhecer. Mas agora a curiosidade está falando bem mais alto.
– Pode ser amanhã? – ele perguntou.
Parei e fiquei olhando para ele. Furão, me atiça e foge.
– De amanhã não passa. – gesticulei com o dedo e ele me beijou e puxou meu lábio inferior.
– Sim senhora. – ele sorriu me fazendo sorrir também. – Mas não quer dizer que só porque não vamos para um motel que você não pode me recompensar em casa, né? – ele meteu a mão na minha bunda e a apertou com força.
– Você é um safado! – selei nossos lábios com força.
– Nós somos safados. – ele falou esbarrando os lábios nos meus.
– Ryan onde é o banheiro? – Alexia falou alto chamando a atenção e por força do hábito eu virei para olhar o que estava acontecendo.
– Só subir as escadas é a terceira porta a direita. Pode usar o do meu quarto. – Ryan sorriu safado.
– Olha a brincadeira com a minha irmã. – Brian deu um soco de leve no braço do Ryan.
– Cara sua irmã tá uma gostosa. – Ryan disse e fugiu do Brian fazendo todos rirem, menos o Justin que estava sério e com o olhar perdido.
– Justin? – chamei o tirando do transi. – Tudo bem?
– Tô. – ele balançou a cabeça e me deu um selinho. – Vamos embora?
– Vamos. – dei outro beijo nele. – Preciso fazer xixi antes. – ele bateu na minha bunda e eu olhei feio para ele. – Para com isso. – sussurrei.
Ele sorriu. – Tá bom.
– Ryan... Onde é o banheiro mesmo?
– É hoje, é hoje que as mulheres do Drew querem fazer festa no meu quarto. – me senti sem graça com o comentário.
– Todo cheio de graça. – Justin disse e deu um gole na cerveja.
– Meu amor. – Ryan colocou a mão no meu ombro e o Justin olhou feio. – É só subir as escadas é a terceira porta a direita. – dei um sorriso e fui seguindo as instruções dele.
– Eu espero que você não tenha mandado a Caissy para o seu quarto. – escutei a voz brava do Justin e depois risadas, revirei os olhos e continuei subindo as escadas. Achei a terceira porta a direita e entrei. Pensei que a Alexia já tinha descido, mas não, ela estava com uma maleta de primeiros socorros em cima da cama com a calça dobrada até o joelho e limpando um machucado que parecia ser recente.
– Se você não cuidar disso vai inflamar. – me encostei-me à porta observando o que ela fazia. E ela se assustou com a minha presença.
– Ah! – ela me olhou assustada. – Não foi nada... Queimei na moto.
– Nossa. Mas foi feio em. – falei inocente.
– É, me esqueci que o escapamento estava quente.
– Mas você está fazendo o curativo errado. – me aproximei dela.
– Por um acaso você é médica? – ela disse se alterando.
– Não, mas se você continuar fazendo isso vai inflamar. E vai ficar nojento – falei me defendendo no mesmo tom que ela.
– Obrigada pela dica. – ela piscou e cobriu o machucado com a calça. Achei aquilo nojento ela estava com uma ferida na perna e nem colocou nada para proteger.
– Tomou um tiro? – ela perguntou mudando de assunto e olhando o meu machucado, mas estava tampado não dava para saber que eu tinha tomado um tiro de raspão. Quem tinha contado isso pra ela?
Franzi o cenho e não entendi. – Tomei, de raspão. – respondi confusa.
– Hum. – ela começou a guardar as coisas que estava usando.
– Como você sabe? – perguntei sem entender.
– É... – ela gaguejou. – Os meninos estavam contando. – não me lembro em que hora eles falaram isso, mas tudo bem.
– Hum. – me fiz de desentendida.
– Já devem estar sentindo a minha falta. – ela disse sorrindo e depois saiu do quarto.
Fiquei parada ainda tentando entender o que foi aquilo. Quando escutei a voz do Justin no corredor.
– Caissy? – ele chamou e eu me recompus.
– Ta me chamando. – apareci no corredor.
– Nossa que demora. – ele resmungou.
– Estava arrumando a minha maquiagem. – As mãos dele passaram na minha cintura e depois pararam na minha bunda.
– Justin! – falei enquanto mordia os lábios dele delicadamente.
–Que foi? – ele perguntou com uma voz de inocente como se não tivesse feito nada, apertou minha bunda e colou nossos corpos. Me dando um beijo.
Abracei ele e nossos lábios se sugavam com ferocidade. Ele me deu impulso e o meu corpo saiu do chão, entrelacei minhas pernas na cintura dele. Ele deus uns dois passos parando bem em frente à porta do quarto do Ryan.
– Justin. – falei entre o beijo.
– Hum. – ele disse descendo para o meu pescoço.
– Vamos embora. – tentei afasta-lo, mas ele ainda continuava brincando com o meu pescoço. – Justin para. – comecei a rir ele tinha tocado um ponto que fazia cocegas. – Para! – o afastei definitivamente.
– Caissy? – ele fez uma carinha triste e eu desci do colo dele.
– Amor, a gente está na casa do Ryan. – ele me olhou estreito e eu fiquei sem graça. Nunca tinha o chamado daquele jeito. Senti minhas bochechas corarem e ele sorriu safado.
– Amor? – ele perguntou com aquele sorriso lindo no rosto me deixando mais sem graça. – Gostei disso. – ele me deu outro beijo e depois mordicou minha bochecha.
– A gente está na casa do Ryan. – falei o lembrando de que não estávamos em um lugar apropriado.
– Por isso que digo que temos que transar aqui. – voltou a me beijar.
– Nada disso. – parei o beijo. – Vamos embora.
– Tá bom. – ele bufou – Vamos embora logo antes que... – ele balançou a cabeça sorrindo e não terminou a frase.
– Vou dar tchau para os meninos. – disse enquanto descíamos as escadas.
– Não Caissy. Ah não, você vê esses panacas direto. – ele disse tentando me convencer.
– Pelo menos o Brian. – Larguei a mão dele e fui para a parte externa da casa e ele foi para o carro.
POV Justin.
Estava indo para o carro quando senti mãos agarrarem meu rosto e taparem meus olhos.
– Caissy? Já deu tempo de dar tchau para todo mundo? – perguntei confuso.
Um silêncio pairou e depois eu escutei uma voz que eu desejaria nunca mais escutar. – Acho que você errou. – Alexia parou em minha frente. – Oi. – ela disse com um sorriso safado no rosto e eu fiquei sem reação.
– O que você quer? – falei nervoso.
– Só assim pra gente ter privacidade e ficar sozinhos... Porque aquela vagabunda não desgruda de você nem um minuto.
– Lava a sua boca para falar da Caissy. – parei abrindo a porta do carro e ela entrou na minha frente de novo.
– Ual. – ela disse sarcástica. – Você sabe que eu fico muito excitada quando você fica agressivo. – ela começou a passar a mão pelo meu corpo sendo um pouco provocante, mas eu a empurrei sendo um pouco rude. – O que, que você quer Alexia? – perguntei sem paciência quando ela me impediu de entrar novamente no carro.
–Jus eu estava com tanta saudade. – ela me abraçou e eu pude sentir o cheiro tentador dos cabelos dela.
– Alexia me solta. – tentei me livrar dos braços dela, mas ela lutou contra isso.
– Eu sei que você também sentiu minha falta. Eu sei que você ainda me ama. – ela falava descontrolada e aquelas palavras me atormentavam.
– Alexia para. – falei tentando me livrar dela.
– Ah Justin, não minta para você mesmo. Eu sei que você quer. – ela juntou nossos corpos. E eu fui perdendo a noção até que me beijou.
Porra Justin, mas que merda você está fazendo? Vai cair no papo dela? Minha mente lutava contra aquele beijo, mas uma parte de mim queria aquilo.
– Me solta! – a empurrei quebrando o beijo e ela ficou me olhando sem entender. – Não chega perto de mim. – limpei a boca com as costas da mão.
Vi a fúria chegar ao rosto dela.
– Não acredito que você está me rejeitando. – ela disse incrédula.
– Pois é, sinto muito. – tentei entrar no carro e ela me impediu mais uma vez e aquilo já estava me irritando.
– Eu sei muito bem da sua loucura e a sua fascinação por mim. Você me ama e está usando aquela pobre garota para me substituir. Mas tanto eu quanto você sabemos que isso é impossível.
– Você não sabe o que está falando... Amor? O que eu sentia por você não era amor, aquilo era um sentimento abominável, aquilo fazia mal para mim e para você.
– Você nunca fez mal para mim.
– Fiz... Você podia ter uma vida diferente, mas eu estraguei tudo. Eu quero mudar, e você também pode. – falei com toda a sinceridade do mundo.
– Eu não quero mudar! – ela falou nervosa.
– Você se foi. Foi e não voltou. Hoje eu não quero mais eu aprendi a parar de ir atrás de você, eu aprendi a parar de correr atrás de você, porque nós já não temos mais futuro juntos.
– Como você pode dizer isso? Depois de coisas lindas que vivemos.
– Você decidiu voar, você decidiu ter liberdade. Infelizmente a nossa realidade é essa. Você partiu você desejou ficar longe de mim você deixou tudo para trás. E agora não tem mais volta.
– Eu ainda vou ser a Alexia de dois anos atrás e eu quero o que é meu de volta. Eu vou ter você de volta!
– O seu tempo já passou. Espero que você seja feliz, porque eu estou sendo.
– O meu tempo não passou. E você mais do que ninguém sabe disso.
– Eu tô com a Caissy, tô feliz. O que eu sinto por ela está me fazendo cada vez melhor, o que eu vivo com ela está me tornando uma pessoa melhor.
Ela gargalhou com maldade. – Isso você podia dizer enquanto eu estava fora, agora que eu voltei, as coisas são bem diferentes.
– Para mim não vai mudar em nada. Eu sei o que eu quero e sei com quem eu vou ficar. A nossa história já morreu.
– Eu não morri... A nossa história não acabou, não vou desistir tão fácil de você.
– Para mim a nossa história já acabou desde que você foi embora. Eu só não conseguia aceitar, mas agora isso já está bem mais claro para mim. E nessa vida que eu estou vivendo só tem espaço para uma mulher, a Caissy. – destaquei o nome da Caissy mostrando o quanto ela era importante para mim.
– Vamos ver se é isso mesmo ou se você só está fugindo de mim, para não se magoar de novo. – ela saiu nervosa e voltou para dentro da casa.
POV Caissy.
– Vai Brian. Vai Brian. Vai Brian. Vai Brian. – eu e os meninos gritávamos em couro enquanto o Brian virava um copo gigante cheio de bebidas misturadas. – Vai Brian. – gritei e ele matou a bebida e depois bateu o copo na mesa fazendo eu e os meninos vibrarem. Essa brincadeira só começou por minha causa eu tinha apostado um negócio e ele perdeu então mandei fazer isso, queria ver o Brian bêbedo, queria ver ele soltinho.
– Quem é o foda agora? – Brian bateu no peito e eu pulei no colo dele.
– Você é o foda maninho, você é de mais. – distribui vários beijos melecando o rosto dele.
– Maninho? – escutei a voz da Alexia em um tom irônico atrás de nós. – Não sabia que tínhamos uma irmã bastarda. – ela disse dando uma leve alfinetada.
– Acho que você está se enganando. Esse negócio é só entre mim e o Brian. – dei um sorriso forçado e desci do colo do Brian.
– É Ale, a gente se adotou. – Brian passou a mão no meu pescoço me abraçando.
– Percebi que muitas coisas mudaram com a minha ausência. – ela saiu e pegou uma cerveja.
– Vou nessa Brian.
– Já? Cansou de comemorar?
– Justin quer ir embora. – ele entortou o nariz. – Ele está cansado.
– O Bieber está fugindo de festa? Ual Caissy você está mudando o garoto.
Dei um sorriso gostando do que ele tinha dito. – Vou ir lá. – dei um beijo no rosto dele e ele me abraçou forte.
– Te adoro pequena.
– Também te adoro Brian. – me soltei dos braços de urso dele.
– Tchau meninos.
– Tchau Caissy. – Ryan e Chris falaram em um coral.
– Tchau Caissy... Meu amor. – Chaz gritou de algum lugar que eu não o via. Revirei os olhos e sai rindo.
– Boo. – encostei-me à porta do carro tentando assustar o Justin que estava com a cabeça deitada no volante. Ele levantou a cabeça e eu notei que ele tinha alguma coisa, apenas com o olhar que ele me deu sabia que tinha acontecido algo. – O que aconteceu? – dei a volta e ocupei o meu lugar no carro.
– Nada... Preciso de um banho. – ele engatou o carro e saímos dali.
perturbavam.
POV Justin
Sempre soube que ela voltaria pra casa, mas agora eu já não queria mais isso. Me senti abalado por ter a pessoa que eu mais amei de volta e sentir medo. Medo por ter aquela vida de volta, medo por perder a vida que eu estava tendo. Por mais que ela quisesse o melhor para ela, na época eu era egoísta não aceitava ficar longe dela, mas hoje eu tenho alguém que me faz melhor, alguém que faz as pequenas coisas se tornarem grandiosas para mim. Senti minha cabeça latejar, parecia que tinha uma caixa de som controlando as batidas dentro de mim. Senti o corpo da Caissy enrijecer em baixo do meu braço. Não queria demonstrar emoção, mas era impossível. A Alexia marcou muito a minha vida, mas nesse momento eu queria só uma mulher do meu lado, a Caissy, não foi fácil para eu a ver entrar pela porta e tirar aquele capacete depois de tudo o que aconteceu, mas de uma coisa eu sei não vou errar é a Caissy que eu quero. O meu passado já tinha morrido.
– Alexia. – Brian gritou e se deslocou com velocidade de onde ele estava. E a abraçou a erguendo.
– Brian. – ela gritava feliz e aquele parecia mais um dos meus sonhos. Pisquei os olhos com força não eu não estava sonhando ela estava ali.
– Alexia? – Chris disse incrédulo. Cada vez que ouvia o nome dela sentia uma dor rachar meu cérebro.
–Caralho! – Chaz falou surpreso. – Como você está gostosa. – ele a abraçou e a ergueu.
Estava atordoado, não queria sentir aquilo. Mas meu coração estava disparado e minha boca estava seca.
– Justin. – a Caissy me tirou dos devaneios. – Justin você está bem?
– Tô. – demorei um pouco para responder. – E você está bem? – perguntei, e enfiei a cabeça no ombro dela sentindo o cheiro doce e sutil que os cabelos dela tinham.
– Humhum. – ela respondeu sem muito animo.
Senti as coisas piorarem quando Alexia se. Caissy deu uma leve afastada.
– Que saudade de vocês. – ela veio na minha direção sorrindo. Em outros tempos daria o mundo para ver aquele sorriso de volta, mas agora eu só queria estar longe daquilo tudo.
– Oi Justin. – ela sorriu sem graça. – Estava com saudade de você também. – ela se precipitou e me abraçou.
– Oi Alexia. – respondi ainda muito estagnado e me afastei do abraço.
– Como você está? – ela estava diferente. Isso poderia ser notado só em olha-la no jeito de se vestir, o olhar não era mais o mesmo. Olhei para Caissy e ela estava serena não tinha expressão no rosto, só estava a observar aquilo tudo.
– Tô bem. – um silêncio pairou e ela ficou me encarando– Essa é a Cassidy. – quebrei o silêncio. – Minha namorada. – trouxe a Caissy para perto de mim.
Ela olhou a Caissy por um tempo sem dizer nada.
– Oi. – ela falou simpática e beijou o rosto dela.
– Oi. – Caissy respondeu com um sorriso lindo no rosto.
– Já terminaram de contar essa porra? – fugi da conversa indo para a mesa onde estava o dinheiro
POV Caissy.
Mas é claro que eu não estava bem. Na noite em que ele diz que me ama por um acaso a Alexia o amor de perdição dele volta. Será que tem alguém contra mim lá em cima? Vou ser forte como sempre fui em toda minha vida, não vou deixar que duvidas e incertezas atrapalhe o que eu sinto por ele e nem o que ele sente por mim. Ela foi sim um grande amor pra ele, mas eu não estava disposta a entregar tudo de bandeja para ela. Não sei como seria a nossa relação, mas pra mim não mudaria nada, pois eu sempre vou amar ele.
Os meninos se divertiam contando o dinheiro e estava parada com os braços cruzados encostada no sofá viajando. E a Alexia sentado no sofá ao meu lado começou a puxar assunto.
– Você e o Justin estão juntos há quanto tempo? – ela perguntou forçando simpatia.
– Já faz um tempinho. – dei um sorriso amarelo.
– Se conheceram aonde? – ela estava tentando puxar assunto, mas eu não me sentia tão confortável em falar do meu relacionamento logo com ela.
– Na casa dele.
– Na casa dele? – ela arqueou as sobrancelhas.
– Sou sobrinha de consideração da Pattie.
– Hum... Namoro arranjado para amenizar o sofrimento do Justin? – olhei para ela com uma expressão bem sínica.
– É pode ser. – dei de ombro dando um sorriso falso. – Mas acho que eu cumpri o meu dever. – ela acompanhou o meu olhar quando o Justin me mandou um beijo ele estava ajudando os meninos. Ela me fuzilou e sutilmente estávamos trocando farpas. É a minha convivência com ela não seria nada boa.
– Estava com tanta saudade disso aqui. – ela disse mudando de assunto e examinando o galpão.
Dei um sorriso. – Porque não voltou antes?
– Tinha coisas importantes para fazer. – ela respondeu com tanta seriedade.
– Hum. – respondi sem assunto.
– Mas agora. – ela molhou os lábios e se levantou parando em minha frente de forma que só eu via o que ela fazia. – Agora eu já voltei. – a voz tinha mudado de angelical para um tom ameaçador. – Voltei para ter a minha vida de volta. – ela disse como um aviso e depois saiu indo até os meninos sem me dar tempo para resposta. Ter a vida dela de volta? Franzi o cenho tentando entender se era isso mesmo o que ela quis dizer.
– Ai meu deus. – bufei e falei pensando um pouco alto.
– Eae o que você estão fazendo? – Alexia falou se juntando aos meninos.
– Contando as verdinhas. – Chris disse feliz.
– Não acredito acabaram de fazer outro roubo? – ela falou empolgada. – Eu deveria ter chagado mais cedo...
– Aqui tem cerca de 164,7 milhões de dollars. – Justin cortou o que Alexia dizia. – Pode dividir três pilhas para cada um que vai dar aproximadamente 32,94 milhões pra cada um.
– Demoro! – Ryan separou as pilhas dele. – E as obras Justin?
– Deixa com o Chaz. – Justin já estava guardando o dinheiro na mala dele. – Depois vamos vender em leilão alto. – ele falou sério.
– Leilão alto? Isso é perigoso Justin. – Chris falou. – Isso pode colocar os federais na nossa cola.
– Eu não peguei isso para vender em leilão baixo, vou vender em leilão alto. – ele pegou a mala e saiu do galpão.
Colocaram os carros que usaram no roubo dentro do galpão iriam queimar tudo para não sobrar provas e nem vestígios, eles planejaram os primeiros roubos ali, mas agora teriam que achar outro lugar, pois foram descobertos e ali já não era tão seguro quanto antes. Chris e Brian já tinham trocado de roupa estávamos todos do lado de fora do galpão só esperando o Justin. Eu estava com o corpo escorado no capô da Ranger Rover mexendo no celular. Quando o Justin saiu do galpão com a jaqueta na mão dei um sorriso e ele veio até mim.
– Segura pra mim? – ele me entregou a jaqueta e foi pegar algo dentro do carro. Brian estava com uma garrafa de bebida na mão quando o Justin saiu com outra de dentro do carro e uma folha na mão.
Brian abriu a garrafa e enrolou um papel colocando na boca da garrafa.
– Ô Chris cadê o isqueiro? – Brian perguntou e Chris jogou o isqueiro para ele. Depois ele acendeu a ponta do papel que em segundos a chama se espalhou. Ele arremessou a garrafa dentro do galpão. E depois de um tempo uma chama subiu e a garrafa tinha explodido. Todos olhavam as primeiras chamas se espalharem ali.
Justin começou a fazer a mesma coisa que o Brian.
– Caissy vem cá! – ele falou já pronto pra colocar fogo na garrafa. Coloquei a jaqueta dele em cima do carro e o celular no bolso e me aproximei dele. – Acende. – ele me entregou o isqueiro.
Demorei um pouco para entender, mas acendi a garrafa. Vi o fogo começar a pegar no papel. Ele me puxou pra perto dele e segurou a garrafa um pouco longe de nossos corpos.
– Eu amo você! – ele me deu um beijo rápido e passou a mão livre em volta do meu pescoço. – E é com você que eu estou! – o braço dele ainda estava em volta do meu pescoço quando ele arremessou a garrafa incendiando outra parte do galpão. Acho que aquilo foi um jeito dele me dizer que para não ficar insegura em relação à Alexia. Abracei-o com força e escutei os batimentos do coração dele.
– Ae casal. – Ryan chamou nossa atenção, e eu e Justin nos viramos para ver o que ele queria. – Demoro ir lá pra casa? – Justin voltou a me olhar e nossos narizes se esbarraram.
– Quer ir? – ele falou em um sussurro.
– Você que sabe. – dei de ombros pra mim não fazia diferença. As chamas do galpão estavam crescendo, e uma explosão nos assustou, o fogo devia ter chegado a algum carro. Dei um pequeno pulo de susto e o Justin riu.
– Ae Ryan a gente vai sim. – Justin deu a volta e entrou no carro e depois eu entrei. A moto da Alexia passou por nós, e nossa ela corria feito louca.
Os carros dos meninos estavam indo na frente e eu e Justin logo atrás.
A casa do Ryan para a surpresa de todos nós era outra mansão diferente da casa do Justin não era cheia de seguranças, tinha alguns, mas era tudo moderado.
Estávamos do lado de fora da casa na área externa da piscina, os meninos estavam bebendo, mas eu permaneci só tomando coca. Justin estava de pé atrás de mim encostado em um corrimão com uma das mãos na minha cintura e a outra segurando o seu copo, meu corpo estava relaxado escorado no dele.
– Vou comprar o meu jatinho agora. – Chaz disse feliz.
– Tô pensando seriamente em mudar de casa. – Ryan disse e eu notei o Brian com o pensamento longe.
– E você Brian? – chamei a atenção dele. –Você vai fazer o que com o seu dinheiro?
– Ainda não sei. – ele se levantou ficando mais próximo da alexia. – Mas o que eu quero agora é curtir um tempo com a minha irmãzinha. – ele abraçou a Alexia de forma carinhosa e eu senti uma eletricidade de ciúmes passar sobre mim.
– Eu estava com tanta saudade de vocês. – Alexia estava sentada em uma cadeira próximo a mim e eu Justin. Eu entortei um pouco o nariz, agora eu teria que dividir o meu lugar com ela? Eu era a única garota no meio deles antes.
– Também senti muito sua falta Alexia. – Chaz disse abrindo uma cerveja e enchendo o copo do Chris, ela sorriu mandando um beijo para ele. O engraçado era ver o Justin ele estava sendo tão indiferente, parecia que não estava nem ai com a presença dela vi os dois trocando algumas palavras, mas só isso, ele estava distante, muito distante dela.
– Justin. – Alexia chamou e eu senti meu corpo enrijecer. – E a sogrinha? – todos viraram a cabeça no mesmo minuto olhando ela incrédulos. – Digo a Pattie. – ela sorriu sem graça. – Como ela está?
– Tá bem! – Justin foi seco não demostrando nenhum tipo de emoção. E eu conhecia bem aquela voz de quando ele não queria assunto.
– Preciso fazer uma visitinha agora que eu voltei. – não sei o que é, mas o meu santo não bateu com o dela. Sei que já tinha implicância e ciúmes dela bem antes de conhecer, mas o jeito dela não me convenceu muito.
– Ela está no Canadá, cuidando da minha vó. – a voz dele parecia não ter muito animo em responder ela.
– Meu deus! – ela falou chocada. – O que a vovó tem? – ela estava era a fim de puxar mais assunto isso sim.
– Alzheimer. – ele foi seco e grosso novamente. – Chaz traz outra cerveja pra mim? - Justin pediu outra cerveja cortando completamente o assunto com ela. Ele me virou para ele e eu sorri, ele abriu um pouco as pernas e eu me encaixei no meio delas ficando ainda encostada nele, só que de frente. Todos estavam conversando enquanto ele mordia a maçã do meu rosto.
– Eu queria estar em casa. – ele disse ainda brincando com o meu rosto
– Ae JB. – Chaz chamou o Justin, depois se aproximou e encheu o copo dele.
– Valeu. – ele falou pro Chaz que saiu com o resto da cerveja na mão.
– Eu não sei dirigir. – falei para ele que já estava no terceiro copo porque o primeiro foi de Whisky.
– Ainda tenho todos os meus sentindos. – ele falou em um tom brincalhão.
– Espero. Não estou a fim de morrer antes de conhecer um motel. – ele riu.
– Você ainda quer ir pra um motel? – ele perguntou sorrindo.
– Lógico! – dei um beijo rápido nele. – Você me assanhou, não tinha vontade em conhecer. Mas agora a curiosidade está falando bem mais alto.
– Pode ser amanhã? – ele perguntou.
Parei e fiquei olhando para ele. Furão, me atiça e foge.
– De amanhã não passa. – gesticulei com o dedo e ele me beijou e puxou meu lábio inferior.
– Sim senhora. – ele sorriu me fazendo sorrir também. – Mas não quer dizer que só porque não vamos para um motel que você não pode me recompensar em casa, né? – ele meteu a mão na minha bunda e a apertou com força.
– Você é um safado! – selei nossos lábios com força.
– Nós somos safados. – ele falou esbarrando os lábios nos meus.
– Ryan onde é o banheiro? – Alexia falou alto chamando a atenção e por força do hábito eu virei para olhar o que estava acontecendo.
– Só subir as escadas é a terceira porta a direita. Pode usar o do meu quarto. – Ryan sorriu safado.
– Olha a brincadeira com a minha irmã. – Brian deu um soco de leve no braço do Ryan.
– Cara sua irmã tá uma gostosa. – Ryan disse e fugiu do Brian fazendo todos rirem, menos o Justin que estava sério e com o olhar perdido.
– Justin? – chamei o tirando do transi. – Tudo bem?
– Tô. – ele balançou a cabeça e me deu um selinho. – Vamos embora?
– Vamos. – dei outro beijo nele. – Preciso fazer xixi antes. – ele bateu na minha bunda e eu olhei feio para ele. – Para com isso. – sussurrei.
Ele sorriu. – Tá bom.
– Ryan... Onde é o banheiro mesmo?
– É hoje, é hoje que as mulheres do Drew querem fazer festa no meu quarto. – me senti sem graça com o comentário.
– Todo cheio de graça. – Justin disse e deu um gole na cerveja.
– Meu amor. – Ryan colocou a mão no meu ombro e o Justin olhou feio. – É só subir as escadas é a terceira porta a direita. – dei um sorriso e fui seguindo as instruções dele.
– Eu espero que você não tenha mandado a Caissy para o seu quarto. – escutei a voz brava do Justin e depois risadas, revirei os olhos e continuei subindo as escadas. Achei a terceira porta a direita e entrei. Pensei que a Alexia já tinha descido, mas não, ela estava com uma maleta de primeiros socorros em cima da cama com a calça dobrada até o joelho e limpando um machucado que parecia ser recente.
– Se você não cuidar disso vai inflamar. – me encostei-me à porta observando o que ela fazia. E ela se assustou com a minha presença.
– Ah! – ela me olhou assustada. – Não foi nada... Queimei na moto.
– Nossa. Mas foi feio em. – falei inocente.
– É, me esqueci que o escapamento estava quente.
– Mas você está fazendo o curativo errado. – me aproximei dela.
– Por um acaso você é médica? – ela disse se alterando.
– Não, mas se você continuar fazendo isso vai inflamar. E vai ficar nojento – falei me defendendo no mesmo tom que ela.
– Obrigada pela dica. – ela piscou e cobriu o machucado com a calça. Achei aquilo nojento ela estava com uma ferida na perna e nem colocou nada para proteger.
– Tomou um tiro? – ela perguntou mudando de assunto e olhando o meu machucado, mas estava tampado não dava para saber que eu tinha tomado um tiro de raspão. Quem tinha contado isso pra ela?
Franzi o cenho e não entendi. – Tomei, de raspão. – respondi confusa.
– Hum. – ela começou a guardar as coisas que estava usando.
– Como você sabe? – perguntei sem entender.
– É... – ela gaguejou. – Os meninos estavam contando. – não me lembro em que hora eles falaram isso, mas tudo bem.
– Hum. – me fiz de desentendida.
– Já devem estar sentindo a minha falta. – ela disse sorrindo e depois saiu do quarto.
Fiquei parada ainda tentando entender o que foi aquilo. Quando escutei a voz do Justin no corredor.
– Caissy? – ele chamou e eu me recompus.
– Ta me chamando. – apareci no corredor.
– Nossa que demora. – ele resmungou.
– Estava arrumando a minha maquiagem. – As mãos dele passaram na minha cintura e depois pararam na minha bunda.
– Justin! – falei enquanto mordia os lábios dele delicadamente.
–Que foi? – ele perguntou com uma voz de inocente como se não tivesse feito nada, apertou minha bunda e colou nossos corpos. Me dando um beijo.
Abracei ele e nossos lábios se sugavam com ferocidade. Ele me deu impulso e o meu corpo saiu do chão, entrelacei minhas pernas na cintura dele. Ele deus uns dois passos parando bem em frente à porta do quarto do Ryan.
– Justin. – falei entre o beijo.
– Hum. – ele disse descendo para o meu pescoço.
– Vamos embora. – tentei afasta-lo, mas ele ainda continuava brincando com o meu pescoço. – Justin para. – comecei a rir ele tinha tocado um ponto que fazia cocegas. – Para! – o afastei definitivamente.
– Caissy? – ele fez uma carinha triste e eu desci do colo dele.
– Amor, a gente está na casa do Ryan. – ele me olhou estreito e eu fiquei sem graça. Nunca tinha o chamado daquele jeito. Senti minhas bochechas corarem e ele sorriu safado.
– Amor? – ele perguntou com aquele sorriso lindo no rosto me deixando mais sem graça. – Gostei disso. – ele me deu outro beijo e depois mordicou minha bochecha.
– A gente está na casa do Ryan. – falei o lembrando de que não estávamos em um lugar apropriado.
– Por isso que digo que temos que transar aqui. – voltou a me beijar.
– Nada disso. – parei o beijo. – Vamos embora.
– Tá bom. – ele bufou – Vamos embora logo antes que... – ele balançou a cabeça sorrindo e não terminou a frase.
– Vou dar tchau para os meninos. – disse enquanto descíamos as escadas.
– Não Caissy. Ah não, você vê esses panacas direto. – ele disse tentando me convencer.
– Pelo menos o Brian. – Larguei a mão dele e fui para a parte externa da casa e ele foi para o carro.
POV Justin.
Estava indo para o carro quando senti mãos agarrarem meu rosto e taparem meus olhos.
– Caissy? Já deu tempo de dar tchau para todo mundo? – perguntei confuso.
Um silêncio pairou e depois eu escutei uma voz que eu desejaria nunca mais escutar. – Acho que você errou. – Alexia parou em minha frente. – Oi. – ela disse com um sorriso safado no rosto e eu fiquei sem reação.
– O que você quer? – falei nervoso.
– Só assim pra gente ter privacidade e ficar sozinhos... Porque aquela vagabunda não desgruda de você nem um minuto.
– Lava a sua boca para falar da Caissy. – parei abrindo a porta do carro e ela entrou na minha frente de novo.
– Ual. – ela disse sarcástica. – Você sabe que eu fico muito excitada quando você fica agressivo. – ela começou a passar a mão pelo meu corpo sendo um pouco provocante, mas eu a empurrei sendo um pouco rude. – O que, que você quer Alexia? – perguntei sem paciência quando ela me impediu de entrar novamente no carro.
–Jus eu estava com tanta saudade. – ela me abraçou e eu pude sentir o cheiro tentador dos cabelos dela.
– Alexia me solta. – tentei me livrar dos braços dela, mas ela lutou contra isso.
– Eu sei que você também sentiu minha falta. Eu sei que você ainda me ama. – ela falava descontrolada e aquelas palavras me atormentavam.
– Alexia para. – falei tentando me livrar dela.
– Ah Justin, não minta para você mesmo. Eu sei que você quer. – ela juntou nossos corpos. E eu fui perdendo a noção até que me beijou.
Porra Justin, mas que merda você está fazendo? Vai cair no papo dela? Minha mente lutava contra aquele beijo, mas uma parte de mim queria aquilo.
– Me solta! – a empurrei quebrando o beijo e ela ficou me olhando sem entender. – Não chega perto de mim. – limpei a boca com as costas da mão.
Vi a fúria chegar ao rosto dela.
– Não acredito que você está me rejeitando. – ela disse incrédula.
– Pois é, sinto muito. – tentei entrar no carro e ela me impediu mais uma vez e aquilo já estava me irritando.
– Eu sei muito bem da sua loucura e a sua fascinação por mim. Você me ama e está usando aquela pobre garota para me substituir. Mas tanto eu quanto você sabemos que isso é impossível.
– Você não sabe o que está falando... Amor? O que eu sentia por você não era amor, aquilo era um sentimento abominável, aquilo fazia mal para mim e para você.
– Você nunca fez mal para mim.
– Fiz... Você podia ter uma vida diferente, mas eu estraguei tudo. Eu quero mudar, e você também pode. – falei com toda a sinceridade do mundo.
– Eu não quero mudar! – ela falou nervosa.
– Você se foi. Foi e não voltou. Hoje eu não quero mais eu aprendi a parar de ir atrás de você, eu aprendi a parar de correr atrás de você, porque nós já não temos mais futuro juntos.
– Como você pode dizer isso? Depois de coisas lindas que vivemos.
– Você decidiu voar, você decidiu ter liberdade. Infelizmente a nossa realidade é essa. Você partiu você desejou ficar longe de mim você deixou tudo para trás. E agora não tem mais volta.
– Eu ainda vou ser a Alexia de dois anos atrás e eu quero o que é meu de volta. Eu vou ter você de volta!
– O seu tempo já passou. Espero que você seja feliz, porque eu estou sendo.
– O meu tempo não passou. E você mais do que ninguém sabe disso.
– Eu tô com a Caissy, tô feliz. O que eu sinto por ela está me fazendo cada vez melhor, o que eu vivo com ela está me tornando uma pessoa melhor.
Ela gargalhou com maldade. – Isso você podia dizer enquanto eu estava fora, agora que eu voltei, as coisas são bem diferentes.
– Para mim não vai mudar em nada. Eu sei o que eu quero e sei com quem eu vou ficar. A nossa história já morreu.
– Eu não morri... A nossa história não acabou, não vou desistir tão fácil de você.
– Para mim a nossa história já acabou desde que você foi embora. Eu só não conseguia aceitar, mas agora isso já está bem mais claro para mim. E nessa vida que eu estou vivendo só tem espaço para uma mulher, a Caissy. – destaquei o nome da Caissy mostrando o quanto ela era importante para mim.
– Vamos ver se é isso mesmo ou se você só está fugindo de mim, para não se magoar de novo. – ela saiu nervosa e voltou para dentro da casa.
POV Caissy.
– Vai Brian. Vai Brian. Vai Brian. Vai Brian. – eu e os meninos gritávamos em couro enquanto o Brian virava um copo gigante cheio de bebidas misturadas. – Vai Brian. – gritei e ele matou a bebida e depois bateu o copo na mesa fazendo eu e os meninos vibrarem. Essa brincadeira só começou por minha causa eu tinha apostado um negócio e ele perdeu então mandei fazer isso, queria ver o Brian bêbedo, queria ver ele soltinho.
– Quem é o foda agora? – Brian bateu no peito e eu pulei no colo dele.
– Você é o foda maninho, você é de mais. – distribui vários beijos melecando o rosto dele.
– Maninho? – escutei a voz da Alexia em um tom irônico atrás de nós. – Não sabia que tínhamos uma irmã bastarda. – ela disse dando uma leve alfinetada.
– Acho que você está se enganando. Esse negócio é só entre mim e o Brian. – dei um sorriso forçado e desci do colo do Brian.
– É Ale, a gente se adotou. – Brian passou a mão no meu pescoço me abraçando.
– Percebi que muitas coisas mudaram com a minha ausência. – ela saiu e pegou uma cerveja.
– Vou nessa Brian.
– Já? Cansou de comemorar?
– Justin quer ir embora. – ele entortou o nariz. – Ele está cansado.
– O Bieber está fugindo de festa? Ual Caissy você está mudando o garoto.
Dei um sorriso gostando do que ele tinha dito. – Vou ir lá. – dei um beijo no rosto dele e ele me abraçou forte.
– Te adoro pequena.
– Também te adoro Brian. – me soltei dos braços de urso dele.
– Tchau meninos.
– Tchau Caissy. – Ryan e Chris falaram em um coral.
– Tchau Caissy... Meu amor. – Chaz gritou de algum lugar que eu não o via. Revirei os olhos e sai rindo.
– Boo. – encostei-me à porta do carro tentando assustar o Justin que estava com a cabeça deitada no volante. Ele levantou a cabeça e eu notei que ele tinha alguma coisa, apenas com o olhar que ele me deu sabia que tinha acontecido algo. – O que aconteceu? – dei a volta e ocupei o meu lugar no carro.
– Nada... Preciso de um banho. – ele engatou o carro e saímos dali.
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