Scarllet Whille – POV On
Eu já estava há algum tempo naquela sala, estava me irritando o fato de ter que ficar olhando o nada ou o a parede, eu estava com vontade de levantar e ir ao local onde todos estavam, mas foi quando minha mãe
apareceu.
– Vamos o Jantar já vai ser servido – ela disse e me chamou com as mãos.
– Claro – disse e bufei baixo.
Andei atrás de minha mãe, e quando chegamos à sala de jantar
todos já estavam sentados, a mesa era grande, minha mãe sentou do lado de Pattie, meu pai e Jeremy estavam sentados nas “pontas” da mesa, e o único lugar que havia era do lado dele, Justin.
Andei lentamente de cabeça baixa, puxei a cadeira e me sentei, aquilo era estranho, todos na mesa estavam conversando e rindo, até Justin estava no meio da conversa.
– Então Scarllet o que acha? – Jeremy me perguntou rindo, e todos olharam para mim.
– O que? – eu disse confusa e acabei corando por ter a atenção de todos na mesa.
Meu pai já não me olhava com uma cara muito feliz.
– Da piada. – alguém sussurrou para mim, e esse alguém havia sido Justin.
– Claro é ótima, eu só estava pensando um pouco e acabei me distraindo da conversa. – disse sorrindo para Jeremy.
A conversas voltaram, mas agora Justin não participava mais.
– O Jantar chegou até que em fim, estou com muita fome e vocês? – Jeremy disse enquanto os empregados colocavam os pratos e a comida na mesa.
– Claro – meu pai respondeu.
A comida era diferente, tinha uma aparência consideravelmente
boa. Todos se serviram e eu acompanhei, não sabia o que era aquilo era algo como verduras com peixe, nunca tinha visto aquilo antes, logo comecei a comer, assim que coloquei o garfo na boca fiquei enjoada era horrível, o gosto, a textura, eu nem sabia o que era aquilo, olhei para o lado e todos pareciam estar gostando minha mãe elogiava a comida, meu pai tinha uma expressão satisfeita, Jeremy e Pattie também pareciam ter gostado, olhei para Justin e ele não tinha um rosto de quem havia gostado da comida, ele estava como eu, expressando nojo, ele olhou para mim e percebeu que eu não tinha gostado da comida como ele.
– Mãe, eu posso comer outra coisa, você sabe que eu não gosto desse tipo de comida. – Justin disse olhando para Pattie.
– Justin eu me esqueci disso querido, fique aqui depois você come outra coisa – Pattie disse.
– Mas... A Scarllet não gostou assim como eu olhe para ela – Justin disse me colocando na conversa.
– Verdade Scarllet? – Pattie me perguntou.
– Um pouco, é que eu nunca experimentei isso – disse sem graça.
– Então... Justin se você for leve Scarllet com você, já que os dois não gostaram – Jeremy disse se intrometendo.
– Claro, vem Scarllet – Justin disse rispido e se levantou rapidamente.
Eu levantei e ele andou, me pus ao seu lado ele andava bem rápido, Então logo chegamos na Cozinha, eu fiquei impressionada com o tamanho. Justin já estava abrindo a geladeira e parecia procurar algum alimento bom que desse para nós dois, eu me encostei a um tipo de “balcão” que estava no centro da cozinha e me distrai olhando Justin fiquei reparando nos detalhes, no cabelo, nos olhos, na expressão dele que no momento era de calma.
– Ao invés de ficar me olhando porque não vem e me ajuda a procurar algo? –Justin disse, mas em nenhum momento olhou para mim, se ele estava de costas como sabia que eu o olhava?
– Eu não estou olhando para você – eu disse.
– Claro, e eu acredito muito nisso – ele disse e se virou para mim, ele tinha uma expressão cínica e convencida.
– Como você pode ter certeza que eu estava olhando para você? – eu disse tentando o convencer.
– Gosta de tacos? – ele disse com uma voz séria e rosto se expressão mudando totalmente de assunto.
– Como? – eu disse estranhando a pergunta e o modo com que ele mudava de astral.
– Tacos, é a única coisa que tem sem ser congelada. – ele disse balançando uma embalagem na mão.
– Sim, eu gosto – respondi, e vi ele indo em direção a um armário e o abrindo pegando dois pratos, veio em direção ao balcão que eu estava encostada e os deixou em cima dele, abriu a embalagem e tirou os tacos de dentro, pegou os talheres e arrumouos em cima dele.
– Pode pegar se quiser. – ele disse sem me olhar, o tom de voz dele era frio, eu já estava começando a achar que ele tinha um caso de Bipolaridade, eu não estava nem a uma hora se quer no mesmo local que ele, mas já podia se perceber que havia algo estranho com ele, com Pattie ele era diferente e com Jeremy também, ele sorria e ficavaFeliz, mas quando saia de perto deles, Justin mudava em tudo.
Eu não respondi, apenas me virei já que ainda estava de costas para o balcão, peguei o prato e me servi.
– Eu apenas senti. – ele disse me encarando.
– O que? Sentiu o
que? – eu disse não entendendo do que se tratava o que ele havia falado.
– Quando você estava me olhando, vai me dizer que você não sente algo estranho quando alguém está te olhando? – ele me respondeu com um pequeno sorriso no canto dos lábios.
– Não sei, depende. – eu disse dando de ombros e começando a comer.
– Depende do que? – ele falou me incentivando a continuar.
– Às vezes eu sinto, mas não é sempre. – Eu disse, e estava torcendo para aquela conversa acabar.
Justin murmurou alguma coisa que não deu para escutar, eu
apenas o olhei pelo canto dos olhos ele continuava comendo em silêncio.
Eu parei de olhar para ele e prestei atenção apenas no prato
que estava a minha frente.
Quero dizer, tentei prestar atenção no prato, porque com
alguém com ele ao meu lado ficava praticamente impossível, ele parecia me
chamar, eu olhei para o lado e ele estava encostado no mármore do balcão me
olhando, ele estava com a boca um pouco aberta, era de um vermelho intenso.
– Eu disse que você fica me olhando – ele disse e pelo que percebi sua atenção também estava nos meus lábios.
– E-e-e-eu... Podemos voltar agora? – eu disse o ignorando.
– é bom saber que te deixo nervosa sabe? No bom sentido – ele disse e se aproximou do meu corpo.
– Você não me deixa nervosa. – eu disse mais para mim do que para ele.
– Então porque você gaguejou? – ele me “encurralou” no balcão com os braços e eu me aproximei mais da bancada.
– Me deixa sair Justin. – eu disse já ficando com a respiração acelerada por aquela aproximação toda.
– Não eu não deixo – ele disse calmo e eu já sentia a respiração dele no meu rosto, eu estava ofegante.
– Qual seu problema? Nós acabamos de nos conhecer. - eu falei dando um leve empurrão nele não entendendo todo aquele contato dele, afinal nós havíamos nos conhecido a menos de horas e ele já estava querendo me beijar, por mais que eu também estivesse atraída por ele, eu não ia beijar alguém que não sei mais que o nome.
– Claro pode ir, não vou te prender, você ainda vai implorar por isso Scarllet, você vai ver. – ele disse frio e com um olhar e tirou as mãos da bancada e se virou indo em direção a pia da cozinha levando os pratos e talheres.
Eu já não entendia mais nada, Justin era um garoto com certeza diferente e sedutor, mas ele escolheu a pessoa errada para brincar.
– Scarllet seus pais já estão indo – Pattie disse entrando na cozinha.
– Então eu já vou indo – eu disse olhando para Pattie e indo em direção a sala.
Meus pais estavam se despedindo de Jeremy e agradecendo, mas eu não quis prestar atenção naquilo, Eles se despediram de Pattie e Justin.
– Foi um prazer conhecer vocês – Pattie falou e sorriu.
– O prazer foi nosso – Minha mãe respondeu.
– Espero que venham mais vezes – Jeremy disse.
– É só convidar e claro que nós vamos vir – Disse meu pai, Jason.
– E Tchau Scarllet adorei lhe conhecer – Pattie disse e veio me dar um abraço, foi bem caloroso ela devia ter realmente gostado de mim.
– Eu também Pattie, tchau – eu disse e separei o abraço. – E o senhor também, Jeremy. – disse.
– Claro. – ele disse.
– E você Justin não vai se despedir dela querido? - Pattie perguntou a Justin que estava prestes a subir as escadas.
Ele se virou lentamente e veio em minha direção passando a mão entre os fios de cabelo, assim que chegou a minha frente me abraçou forte, eu me arrepiei na hora e acabei corando.
– Foi um prazer te conhecer, espero que venha mais vezes. – ele disse sussurrando no meu ouvido e deixando um beijo em meu pescoço, aquilo me deixou mais arrepiada e corada do que já estava, acho que todo o meu sangue havia ido em direção as
minhas bochechas.
– Também gostei de te conhecer – eu disse assim que Justin me soltou, e soltei um sorriso cínico.
Ele deu uma risada que me irritou profundamente, e saiu em direção as escadas.
[...]
Havia acabado de acordar, essa madrugada foi terrível, demorei um bom tempo para conseguir dormir, eu estava com sono, mas parecia que algo assim que fechava os olhos algo me acordava, não alguém e sim alguma coisa, um sentimento, realmente foi difícil essa noite.
Levantei-me e o sono ainda me consumia por inteira, meus olhos pesavam e eu estava com a sensação de que a qualquer instante ia desabar por inteira.
Fui em direção ao banheiro e assim que me olhei no espelho pude ver a minha imagem totalmente sonolenta, eu estava com olheiras escuras logo a baixo dos olhos e minha pele estava com a cor mais branca do que o normal.
Decidi que ia apenas lavar o rosto e tentar ficar apresentável.
Depois de me arrumar abri a porta do quarto e fui em direção ao corredor logo chegando as escadas e descendo a mesma, logo cheguei à cozinha e tive a imagem de minha mãe de pé tirando a mesa do café e meu pai a ajudando a lavar a louça.
– Nem me esperaram para o café, nossa, que consideração a de vocês. – eu disse colocando a mão no peito e fazendo uma careta de ofendida.
– Claro nós achamos que você só ia acordar na hora do almoço, do jeito que você dorme. – disse meu pai secando um prato e sorrindo sem mostrar os dentes.
– Ótimo pai, agora vou ficar com fome. – disse olhando para meu pai enquanto minha mãe estava de costas.
– Eu nem tenho com fazer algo para você comer, porque ainda não fizemos compras, e o nosso café foi seu pai que ligou para o Starbucks e pediu para entregarem. – minha mãe disse sorrindo fraco, desligou a torneira, secou as mãos. – e mesmo que houvesse como eu fazer não faria porque são 8:30 e está na hora do meu programa de culinária. – ela disse e saiu em direção a sala e meu pai continuou ali secando e guardando a os pratos e talheres.
– Ela está bem? – eu disse estranhando minha mãe ter ido assistir programas de culinária.
– Claro, porque a
pergunta? – ele disse guardando o último prato e fechando o armário.
– Ela disse que vai ver programa de culinária. – eu disse apontando para a porta na direção que ela havia ido e dei uma gargalhando, porque ela sempre disse que esses programas eram perda de tempo total e sempre ensinavam coisas fáceis e que ela
já sabia cozinhar.
– Pelo que parece sim, acho que ela mudou de idéia sobre eles. – meu pai falou e suspirou pesado, e depois também deu uma risada.
– Então pai onde fica o Starbucks daqui? Vou ver se dou uma passada lá e compro um café para beber. – eu disse me encostando na porta enquanto meu pai estava encostado na pia.
– Eu tenho o folheto com o endereço, Pattie deu a Elizabeth. – ele disse se desencostando da pia e indo até um armário o abriu e tirou o folheto, veio em minha direção e me entregou. – como seu carro ainda não chegou pode usar o meu a chave está na mesa da sala, agora cuidado com ele, não bata ou estacione em lugares proibidos. – ele disse preocupado com o carro.
– Tudo bem pai eu já vou indo. – disse já para sair da cozinha analisando o papel e procurando o endereço.
– Tem certeza que vai sair de casa assim? – fiquei confusa e meu pai deu uma pausa e deu risada. – você esqueceu que está de pijama? – ele disse arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços.
– Eu tinha me esquecido, vou trocar de roupa e ir tomar café. – disse dando um sorriso.
Sai da cozinha e ouvi meu pai rindo, passei pela sala e minha mãe estava com um caderno de anotações e uma caneta olhando atenta ao programa, passei por ela e fui ao meu quarto.
Troquei de roupa vestindo um jeans azul claro e um moletom cor nude que não me deixaria passar frio, coloquei uma sapatilha simples e peguei minha bolsa, dei uma pequena olhada no espelho do closet e arrumei meu cabelo em um coque mal feito deixando minha franja solta.
Desci as escadas correndo e peguei a chave em cima da mesa.
– Já vou indo pai, mãe, volto logo. – eu disse falando alto pra que eles ouvissem e não esperei resposta logo estava fora de casa, abri a garagem com o controle, abri
a porta do carro e entrei jogando minha bolsa no banco do carona.
Liguei o carro dando ré e saindo da garagem, fechei-a com o pequeno controle e sai em direção ao endereço do folheto, como não conhecia nada por Stratford fiquei atenta a todas as placas e sinais, olhei mais uma vez o endereço do papel e continuei procurando, quase não havia carros na rua, achei algumas indicações no papel que diziam lugares próximos, logo avistei uma grande placa que tinha o nome Starbucks e dei agradeci por ter achado ele sem me perder.
Tinha uma vaga do outro lado da rua então logo parei o carro nela, o desliguei e peguei minha bolsa abrindo minha bolsa e olhando para os lados para ver se vinham carros e atravessei a rua sem problemas, abri a porta do estabelecimento e haviam poucas pessoas tomando seus cafés calmamente, fui em direção ao caixa e pedi um Café forte e um Cupcake de morangos e chocolate.
– Aqui está – a atendente disse me entregando o Café e o Cupcake.
– Obrigada. Agradeci.
Sentei em uma mesa vazia e longe de algumas pessoas, comecei a tomar meu café.
Estava calma quando vi a sombra de alguém em pé ao meu lado, levantei meu rosto e avistei aquela figura loira com um sorriso nos lábios.
– Você aqui? – Disse e suspirei pesadamente voltando meu olhar para a embalagem do café.
– Claro, não gostou? – Justin disse se sentando em frente a mim.
Dei um sorriso cínico em resposta e continuei:
– Esta cidade é muito pequena mesmo não é? – disse agora o encarando ainda com o meu sorriso e tentei ser o mais cínica possível com ele.
– O que você esperava? Isto é Stratford. – ele disse e deu uma pausa – Se quiser que ninguém te encontre sugiro que vá à parte para a parte Norte.
– Parte norte? Isso pode ser interessante. – eu disse já imaginando que quando quisesse ficar sozinha poderia ir a esse local.
– Scarllet, você é tão ingênua. – ele disse me olhando no fundo dos olhos e apoiou os braços na mesa se apoiando melhor pra me encarar.
– Ótimo cheguei ontem e você já está achando que me conhece. - eu disse dando um sorriso falso e bufando.
– Estou dizendo isso porque você não conhece nada daqui, não sabe de absolutamente nada, se soubesse não teria feito a pior coisa de toda sua vida, eu poderia dizer que tenho pena de você, mas eu não tenho, eu não sinto isso. – ele disse sendo o Justin de ontem quando cheguei, sombrio.
Eu fiquei tentando entender o que aquilo significava, mas estava difícil, ainda mais com Bieber me encarando daquele modo frio e sem expressão fixa.
– O que você quer dizer com isso? – eu disse o encarando séria, e com as sobrancelhas arqueadas.
Ele levantou ficando de frente a mesa de pé.
– Eu já vou indo, nos vemos depois. – ele disse com um olhar vazio e saiu em direção a saída.
Eu não ia deixar ele sair sem me explicar o que eu fiz que foi a pior coisa da minha vida, peguei a minha bolsa e sai correndo em direção a ele, Justin estava em frente a uma Range Rover falando com um outro garoto também loiro e alto, eu corri para atravessar a rua.
– Justin, espera. – Eu gritei do outro lado da rua quando percebi que ele ia entrar no carro o outro menino entrou no banco carona, ele olhou para mim, mas entrou no carro e o ligou, eu corri até o carro de meu pai e entrei apressada dentro dele, joguei a bolsa em qualquer lugar e liguei o carro o mais rápido que pude, o carro de Justin havia virado a esquina e foi isso que eu fiz, comecei a segui-lo eu tinha estranhado aquela conversa.
Aqui estou, “perseguindo” Justin Bieber um garoto que chega a dar calafrios só de pensar no olhar, bonito e misterioso.
Eu ainda tentava descobrir o porque ele deveria ter pena de mim, estava tudo tão estranho, eu continuava dirigindo atrás de Justin, ele estava bem na frente e já devia ter notado que eu estava atrás dele, ele começou a acelerar mais e quando percebi estávamos em uma estrada vazia que parecia ser bem no meio de uma floresta, a paisagem era obscura, eu estava com muito medo, e não valia a pena correr riscos só por um garoto doido, parei o carro assim que vi o carro de Justin entrando dentro da floresta, sim, aquilo era muito suspeito, e claro, eu estava com medo.
Eu já estava há algum tempo naquela sala, estava me irritando o fato de ter que ficar olhando o nada ou o a parede, eu estava com vontade de levantar e ir ao local onde todos estavam, mas foi quando minha mãe
apareceu.
– Vamos o Jantar já vai ser servido – ela disse e me chamou com as mãos.
– Claro – disse e bufei baixo.
Andei atrás de minha mãe, e quando chegamos à sala de jantar
todos já estavam sentados, a mesa era grande, minha mãe sentou do lado de Pattie, meu pai e Jeremy estavam sentados nas “pontas” da mesa, e o único lugar que havia era do lado dele, Justin.
Andei lentamente de cabeça baixa, puxei a cadeira e me sentei, aquilo era estranho, todos na mesa estavam conversando e rindo, até Justin estava no meio da conversa.
– Então Scarllet o que acha? – Jeremy me perguntou rindo, e todos olharam para mim.
– O que? – eu disse confusa e acabei corando por ter a atenção de todos na mesa.
Meu pai já não me olhava com uma cara muito feliz.
– Da piada. – alguém sussurrou para mim, e esse alguém havia sido Justin.
– Claro é ótima, eu só estava pensando um pouco e acabei me distraindo da conversa. – disse sorrindo para Jeremy.
A conversas voltaram, mas agora Justin não participava mais.
– O Jantar chegou até que em fim, estou com muita fome e vocês? – Jeremy disse enquanto os empregados colocavam os pratos e a comida na mesa.
– Claro – meu pai respondeu.
A comida era diferente, tinha uma aparência consideravelmente
boa. Todos se serviram e eu acompanhei, não sabia o que era aquilo era algo como verduras com peixe, nunca tinha visto aquilo antes, logo comecei a comer, assim que coloquei o garfo na boca fiquei enjoada era horrível, o gosto, a textura, eu nem sabia o que era aquilo, olhei para o lado e todos pareciam estar gostando minha mãe elogiava a comida, meu pai tinha uma expressão satisfeita, Jeremy e Pattie também pareciam ter gostado, olhei para Justin e ele não tinha um rosto de quem havia gostado da comida, ele estava como eu, expressando nojo, ele olhou para mim e percebeu que eu não tinha gostado da comida como ele.
– Mãe, eu posso comer outra coisa, você sabe que eu não gosto desse tipo de comida. – Justin disse olhando para Pattie.
– Justin eu me esqueci disso querido, fique aqui depois você come outra coisa – Pattie disse.
– Mas... A Scarllet não gostou assim como eu olhe para ela – Justin disse me colocando na conversa.
– Verdade Scarllet? – Pattie me perguntou.
– Um pouco, é que eu nunca experimentei isso – disse sem graça.
– Então... Justin se você for leve Scarllet com você, já que os dois não gostaram – Jeremy disse se intrometendo.
– Claro, vem Scarllet – Justin disse rispido e se levantou rapidamente.
Eu levantei e ele andou, me pus ao seu lado ele andava bem rápido, Então logo chegamos na Cozinha, eu fiquei impressionada com o tamanho. Justin já estava abrindo a geladeira e parecia procurar algum alimento bom que desse para nós dois, eu me encostei a um tipo de “balcão” que estava no centro da cozinha e me distrai olhando Justin fiquei reparando nos detalhes, no cabelo, nos olhos, na expressão dele que no momento era de calma.
– Ao invés de ficar me olhando porque não vem e me ajuda a procurar algo? –Justin disse, mas em nenhum momento olhou para mim, se ele estava de costas como sabia que eu o olhava?
– Eu não estou olhando para você – eu disse.
– Claro, e eu acredito muito nisso – ele disse e se virou para mim, ele tinha uma expressão cínica e convencida.
– Como você pode ter certeza que eu estava olhando para você? – eu disse tentando o convencer.
– Gosta de tacos? – ele disse com uma voz séria e rosto se expressão mudando totalmente de assunto.
– Como? – eu disse estranhando a pergunta e o modo com que ele mudava de astral.
– Tacos, é a única coisa que tem sem ser congelada. – ele disse balançando uma embalagem na mão.
– Sim, eu gosto – respondi, e vi ele indo em direção a um armário e o abrindo pegando dois pratos, veio em direção ao balcão que eu estava encostada e os deixou em cima dele, abriu a embalagem e tirou os tacos de dentro, pegou os talheres e arrumouos em cima dele.
– Pode pegar se quiser. – ele disse sem me olhar, o tom de voz dele era frio, eu já estava começando a achar que ele tinha um caso de Bipolaridade, eu não estava nem a uma hora se quer no mesmo local que ele, mas já podia se perceber que havia algo estranho com ele, com Pattie ele era diferente e com Jeremy também, ele sorria e ficavaFeliz, mas quando saia de perto deles, Justin mudava em tudo.
Eu não respondi, apenas me virei já que ainda estava de costas para o balcão, peguei o prato e me servi.
– Eu apenas senti. – ele disse me encarando.
– O que? Sentiu o
que? – eu disse não entendendo do que se tratava o que ele havia falado.
– Quando você estava me olhando, vai me dizer que você não sente algo estranho quando alguém está te olhando? – ele me respondeu com um pequeno sorriso no canto dos lábios.
– Não sei, depende. – eu disse dando de ombros e começando a comer.
– Depende do que? – ele falou me incentivando a continuar.
– Às vezes eu sinto, mas não é sempre. – Eu disse, e estava torcendo para aquela conversa acabar.
Justin murmurou alguma coisa que não deu para escutar, eu
apenas o olhei pelo canto dos olhos ele continuava comendo em silêncio.
Eu parei de olhar para ele e prestei atenção apenas no prato
que estava a minha frente.
Quero dizer, tentei prestar atenção no prato, porque com
alguém com ele ao meu lado ficava praticamente impossível, ele parecia me
chamar, eu olhei para o lado e ele estava encostado no mármore do balcão me
olhando, ele estava com a boca um pouco aberta, era de um vermelho intenso.
– Eu disse que você fica me olhando – ele disse e pelo que percebi sua atenção também estava nos meus lábios.
– E-e-e-eu... Podemos voltar agora? – eu disse o ignorando.
– é bom saber que te deixo nervosa sabe? No bom sentido – ele disse e se aproximou do meu corpo.
– Você não me deixa nervosa. – eu disse mais para mim do que para ele.
– Então porque você gaguejou? – ele me “encurralou” no balcão com os braços e eu me aproximei mais da bancada.
– Me deixa sair Justin. – eu disse já ficando com a respiração acelerada por aquela aproximação toda.
– Não eu não deixo – ele disse calmo e eu já sentia a respiração dele no meu rosto, eu estava ofegante.
– Qual seu problema? Nós acabamos de nos conhecer. - eu falei dando um leve empurrão nele não entendendo todo aquele contato dele, afinal nós havíamos nos conhecido a menos de horas e ele já estava querendo me beijar, por mais que eu também estivesse atraída por ele, eu não ia beijar alguém que não sei mais que o nome.
– Claro pode ir, não vou te prender, você ainda vai implorar por isso Scarllet, você vai ver. – ele disse frio e com um olhar e tirou as mãos da bancada e se virou indo em direção a pia da cozinha levando os pratos e talheres.
Eu já não entendia mais nada, Justin era um garoto com certeza diferente e sedutor, mas ele escolheu a pessoa errada para brincar.
– Scarllet seus pais já estão indo – Pattie disse entrando na cozinha.
– Então eu já vou indo – eu disse olhando para Pattie e indo em direção a sala.
Meus pais estavam se despedindo de Jeremy e agradecendo, mas eu não quis prestar atenção naquilo, Eles se despediram de Pattie e Justin.
– Foi um prazer conhecer vocês – Pattie falou e sorriu.
– O prazer foi nosso – Minha mãe respondeu.
– Espero que venham mais vezes – Jeremy disse.
– É só convidar e claro que nós vamos vir – Disse meu pai, Jason.
– E Tchau Scarllet adorei lhe conhecer – Pattie disse e veio me dar um abraço, foi bem caloroso ela devia ter realmente gostado de mim.
– Eu também Pattie, tchau – eu disse e separei o abraço. – E o senhor também, Jeremy. – disse.
– Claro. – ele disse.
– E você Justin não vai se despedir dela querido? - Pattie perguntou a Justin que estava prestes a subir as escadas.
Ele se virou lentamente e veio em minha direção passando a mão entre os fios de cabelo, assim que chegou a minha frente me abraçou forte, eu me arrepiei na hora e acabei corando.
– Foi um prazer te conhecer, espero que venha mais vezes. – ele disse sussurrando no meu ouvido e deixando um beijo em meu pescoço, aquilo me deixou mais arrepiada e corada do que já estava, acho que todo o meu sangue havia ido em direção as
minhas bochechas.
– Também gostei de te conhecer – eu disse assim que Justin me soltou, e soltei um sorriso cínico.
Ele deu uma risada que me irritou profundamente, e saiu em direção as escadas.
[...]
Havia acabado de acordar, essa madrugada foi terrível, demorei um bom tempo para conseguir dormir, eu estava com sono, mas parecia que algo assim que fechava os olhos algo me acordava, não alguém e sim alguma coisa, um sentimento, realmente foi difícil essa noite.
Levantei-me e o sono ainda me consumia por inteira, meus olhos pesavam e eu estava com a sensação de que a qualquer instante ia desabar por inteira.
Fui em direção ao banheiro e assim que me olhei no espelho pude ver a minha imagem totalmente sonolenta, eu estava com olheiras escuras logo a baixo dos olhos e minha pele estava com a cor mais branca do que o normal.
Decidi que ia apenas lavar o rosto e tentar ficar apresentável.
Depois de me arrumar abri a porta do quarto e fui em direção ao corredor logo chegando as escadas e descendo a mesma, logo cheguei à cozinha e tive a imagem de minha mãe de pé tirando a mesa do café e meu pai a ajudando a lavar a louça.
– Nem me esperaram para o café, nossa, que consideração a de vocês. – eu disse colocando a mão no peito e fazendo uma careta de ofendida.
– Claro nós achamos que você só ia acordar na hora do almoço, do jeito que você dorme. – disse meu pai secando um prato e sorrindo sem mostrar os dentes.
– Ótimo pai, agora vou ficar com fome. – disse olhando para meu pai enquanto minha mãe estava de costas.
– Eu nem tenho com fazer algo para você comer, porque ainda não fizemos compras, e o nosso café foi seu pai que ligou para o Starbucks e pediu para entregarem. – minha mãe disse sorrindo fraco, desligou a torneira, secou as mãos. – e mesmo que houvesse como eu fazer não faria porque são 8:30 e está na hora do meu programa de culinária. – ela disse e saiu em direção a sala e meu pai continuou ali secando e guardando a os pratos e talheres.
– Ela está bem? – eu disse estranhando minha mãe ter ido assistir programas de culinária.
– Claro, porque a
pergunta? – ele disse guardando o último prato e fechando o armário.
– Ela disse que vai ver programa de culinária. – eu disse apontando para a porta na direção que ela havia ido e dei uma gargalhando, porque ela sempre disse que esses programas eram perda de tempo total e sempre ensinavam coisas fáceis e que ela
já sabia cozinhar.
– Pelo que parece sim, acho que ela mudou de idéia sobre eles. – meu pai falou e suspirou pesado, e depois também deu uma risada.
– Então pai onde fica o Starbucks daqui? Vou ver se dou uma passada lá e compro um café para beber. – eu disse me encostando na porta enquanto meu pai estava encostado na pia.
– Eu tenho o folheto com o endereço, Pattie deu a Elizabeth. – ele disse se desencostando da pia e indo até um armário o abriu e tirou o folheto, veio em minha direção e me entregou. – como seu carro ainda não chegou pode usar o meu a chave está na mesa da sala, agora cuidado com ele, não bata ou estacione em lugares proibidos. – ele disse preocupado com o carro.
– Tudo bem pai eu já vou indo. – disse já para sair da cozinha analisando o papel e procurando o endereço.
– Tem certeza que vai sair de casa assim? – fiquei confusa e meu pai deu uma pausa e deu risada. – você esqueceu que está de pijama? – ele disse arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços.
– Eu tinha me esquecido, vou trocar de roupa e ir tomar café. – disse dando um sorriso.
Sai da cozinha e ouvi meu pai rindo, passei pela sala e minha mãe estava com um caderno de anotações e uma caneta olhando atenta ao programa, passei por ela e fui ao meu quarto.
Troquei de roupa vestindo um jeans azul claro e um moletom cor nude que não me deixaria passar frio, coloquei uma sapatilha simples e peguei minha bolsa, dei uma pequena olhada no espelho do closet e arrumei meu cabelo em um coque mal feito deixando minha franja solta.
Desci as escadas correndo e peguei a chave em cima da mesa.
– Já vou indo pai, mãe, volto logo. – eu disse falando alto pra que eles ouvissem e não esperei resposta logo estava fora de casa, abri a garagem com o controle, abri
a porta do carro e entrei jogando minha bolsa no banco do carona.
Liguei o carro dando ré e saindo da garagem, fechei-a com o pequeno controle e sai em direção ao endereço do folheto, como não conhecia nada por Stratford fiquei atenta a todas as placas e sinais, olhei mais uma vez o endereço do papel e continuei procurando, quase não havia carros na rua, achei algumas indicações no papel que diziam lugares próximos, logo avistei uma grande placa que tinha o nome Starbucks e dei agradeci por ter achado ele sem me perder.
Tinha uma vaga do outro lado da rua então logo parei o carro nela, o desliguei e peguei minha bolsa abrindo minha bolsa e olhando para os lados para ver se vinham carros e atravessei a rua sem problemas, abri a porta do estabelecimento e haviam poucas pessoas tomando seus cafés calmamente, fui em direção ao caixa e pedi um Café forte e um Cupcake de morangos e chocolate.
– Aqui está – a atendente disse me entregando o Café e o Cupcake.
– Obrigada. Agradeci.
Sentei em uma mesa vazia e longe de algumas pessoas, comecei a tomar meu café.
Estava calma quando vi a sombra de alguém em pé ao meu lado, levantei meu rosto e avistei aquela figura loira com um sorriso nos lábios.
– Você aqui? – Disse e suspirei pesadamente voltando meu olhar para a embalagem do café.
– Claro, não gostou? – Justin disse se sentando em frente a mim.
Dei um sorriso cínico em resposta e continuei:
– Esta cidade é muito pequena mesmo não é? – disse agora o encarando ainda com o meu sorriso e tentei ser o mais cínica possível com ele.
– O que você esperava? Isto é Stratford. – ele disse e deu uma pausa – Se quiser que ninguém te encontre sugiro que vá à parte para a parte Norte.
– Parte norte? Isso pode ser interessante. – eu disse já imaginando que quando quisesse ficar sozinha poderia ir a esse local.
– Scarllet, você é tão ingênua. – ele disse me olhando no fundo dos olhos e apoiou os braços na mesa se apoiando melhor pra me encarar.
– Ótimo cheguei ontem e você já está achando que me conhece. - eu disse dando um sorriso falso e bufando.
– Estou dizendo isso porque você não conhece nada daqui, não sabe de absolutamente nada, se soubesse não teria feito a pior coisa de toda sua vida, eu poderia dizer que tenho pena de você, mas eu não tenho, eu não sinto isso. – ele disse sendo o Justin de ontem quando cheguei, sombrio.
Eu fiquei tentando entender o que aquilo significava, mas estava difícil, ainda mais com Bieber me encarando daquele modo frio e sem expressão fixa.
– O que você quer dizer com isso? – eu disse o encarando séria, e com as sobrancelhas arqueadas.
Ele levantou ficando de frente a mesa de pé.
– Eu já vou indo, nos vemos depois. – ele disse com um olhar vazio e saiu em direção a saída.
Eu não ia deixar ele sair sem me explicar o que eu fiz que foi a pior coisa da minha vida, peguei a minha bolsa e sai correndo em direção a ele, Justin estava em frente a uma Range Rover falando com um outro garoto também loiro e alto, eu corri para atravessar a rua.
– Justin, espera. – Eu gritei do outro lado da rua quando percebi que ele ia entrar no carro o outro menino entrou no banco carona, ele olhou para mim, mas entrou no carro e o ligou, eu corri até o carro de meu pai e entrei apressada dentro dele, joguei a bolsa em qualquer lugar e liguei o carro o mais rápido que pude, o carro de Justin havia virado a esquina e foi isso que eu fiz, comecei a segui-lo eu tinha estranhado aquela conversa.
Aqui estou, “perseguindo” Justin Bieber um garoto que chega a dar calafrios só de pensar no olhar, bonito e misterioso.
Eu ainda tentava descobrir o porque ele deveria ter pena de mim, estava tudo tão estranho, eu continuava dirigindo atrás de Justin, ele estava bem na frente e já devia ter notado que eu estava atrás dele, ele começou a acelerar mais e quando percebi estávamos em uma estrada vazia que parecia ser bem no meio de uma floresta, a paisagem era obscura, eu estava com muito medo, e não valia a pena correr riscos só por um garoto doido, parei o carro assim que vi o carro de Justin entrando dentro da floresta, sim, aquilo era muito suspeito, e claro, eu estava com medo.
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